POR Redação
Depois de perambular por partidos de todas as tendências, dentre eles o PT de Lula e o PL do presidente Jair Bolsonaro, o pré-candidato ao governo, Gustavo Mendanha (sem partido) teve a filiação recusada nesta segunda-feira (07) em Brasília. Após diversas tentativas frustradas de conversar com Bolsonaro, Mendanha só conseguiu ter acesso ao filho do 01 do presidente, senador Flávio Bolsonaro, que segundo a fonte do blog, dispensou Mendanha em apenas 4 minutos de conversa.
Com a impossibilidade da filiação no PL e segundo especulações estaria com dificuldades para ingressar também no Podemos, que tem o ex-juiz Sérgio Moro como pré-candidato a presidente. Com as portas fechadas para ele no PL e de incerteza no Podemos, Gustavo, que já está sem partido desde sua desfiliação do MDB em setembro de 2021, parece não tem outra saída viável no horizonte em termos de opção partidária. Até agora, ele tem o apoio apenas do PTC e do Patriota, que também possui pequena estrutura.
De acordo com pessoas próximas do pré-candidato, diante da crise por falta de opção partidária, o mais provável é que Gustavo Mendanha anuncie em breve a desistência da candidatura, com o argumento de que pensou melhor e chegou à conclusão que o melhor a fazer neste ano é permanecer à frente da Prefeitura de Aparecida, para concluir o mandato.
Num artigo publicado aqui há poucos dias, previu que depois do insucesso de suas andanças improdutivas pelo interior, tentando obter apoio para o projeto de sua candidatura, que chegou até aqui sem apoio de prefeitos de cidades expressivas, sem deputados, sem lideranças de maior peso político, o destino da candidatura de Mendanha parece caminhar mesmo para a desistência.
Segundo revelação de um parlamentar, diante do não recebido para a filiação no PL, Mendanha ficou sem partidos para lhe dar sustentação na campanha, sem dinheiro, sem apoios de lideranças políticas expressivas, sem perspectivas, sem tempo de TV para a propaganda eleitoral e sem chapas de deputado. É isso mesmo, Mendanha tem dificuldade para montar chapas de deputado, por falta de ânimo dos pretendentes a disputar eleição para estes cargos.
Dos atuais 41 deputados estaduais, Mendanha o apoio de apenas três e dois dos 17 federais. Assim mesmo, segundo um ex-deputado estadual de vários mandatos, para a Assembleia Legislativa, no partido em que estiverem dois dos deputados que apoiam o aparecidense – Cláudio Meirelles e Paulo César Martins – dificilmente os pré-candidatos que não detêm mandato se filiarão, por receio de que os seus votos servirão apenas para reeleger os dois e eles ficando apenas com o trabalho de conseguir os votos na campanha.
Em vídeo postado na sua rede social nesta segunda-feira, o deputado federal major Vitor Hugo reafirmou que será candidato a governadodr com o apoio do presidente Jair Bolsonaro. O major deverá se filiar no PL em março. Homem de confiança do presidente Jair Bolsonaro, Vitor Hugo, muito provavelmente receberá o apoio do público bolsonarista em Goiás, que em boa parte vinha apoiando Gustavo mas com a reafirmação da candidatura do major Vitor Hugo, prevê-se que haverá uma corrida migratória dos seguidores do presidente para a candidatura do major, que por sinal possui maior autenticidade com a linha de Bolsonaro. Houve quem comentasse que “entre a candidatura autêntica e a genérica ou similar, é preferível ficar com a autêntica”.
Até o momento, as pesquisas de maior conceito em Goiás colocam Mendanha em terceiro lugar, atrás do tucano Marconi Perillo que, segundo pessoas próximas, é candidato a deputado federal. A pesquisa Serpes/Acieg divulgada no Jornal O Popular mostra o tucano em segunda posição e Mendanha em terceiro, com diferença fora da margem de erro.
Dos três deputados estaduais que lhe apoiam, Paulo César Martins (MDB) tem dado sinais de que seu entusiasmo para com o projeto de Gustavo já foi maior.
Segundo um deputado que conhece em detalhes o dia a dia do prefeito de Aparecida, a situação da candidatura dele atingiu estágio insustentável. Avalia que a desistência é só uma questão de semanas ou dias.
