Um juiz da Corte Nacional de Justiça do Equador determinou uma medida de detenção domiciliar contra o ex-controlador Carlos Pólit, que se encontra nos Estados Unidos e que foi acusado por delito de concussão (exigir vantagem indevida) dentro do caso Odebrecht. As informações são da agência de notícias EFE.
Em uma audiência realizada na Corte Nacional, o juiz Luis Enríquez fixou a detenção domiciliar em substituição à prisão preventiva (com fins de investigação) porque o réu tem mais de 65 anos.
Além disso, ordenou a apreensão de fundos e a proibição de alienar bens móveis e imóveis de Pólit como parte das medidas solicitadas pelo Ministério Público na investigação do caso de concussão ou cobrança ilegal por prestações em proveito próprio.
Na audiência, o procurador-geral do Estado, Carlos Baca, acusou Pólit de ter se beneficiado com cobranças ilegais, em troca de efetuar reparos em contas não claras de certas obras executadas pela construtora brasileira.
Segundo a acusação fiscal, Pólit teria pedido a um ex-executivo da Odebrecht US$ 6 milhões pelo desvanecimento de glosas e outros US$ 4 milhões por relatórios da Controladoria a favor da construtora.
"Estamos investigando novas vinculações que poderiam existir especialmente com empresas e outras pessoas. Não descartamos que potencialmente outros funcionários de Controladoria poderiam estar envolvidos", acrescentou Baca.
Ele disse que o Ministério Público solicitará a extradição de Pólit dos Estados Unidos, para onde foi no último mês de junho, pouco antes que explodisse o escândalo contra ele.
Sobre o fato de Pólit também possuir a cidadania americana, o procurador-geral admitiu que isso será uma complicação, mas que, de todas maneiras, a extradição será solicitada.
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