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COLUNISTAS

ECONOMIA

CRESCIMENTO

Mercado imobiliário mantém reação positiva e cresce no segundo trimestre

O volume de imóveis novos cresceu 59,8% e as vendas aumentaram 17,4%

31/08/2017 às 21h55


POR Redação

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O lançamento de novas unidades e as vendas do mercado imobiliário brasileiro voltaram a crescer no segundo trimestre de 2017. Esse é o principal resultado da segunda rodada do estudo “Indicadores Nacionais do Mercado Imobiliário”, apresentado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). No período, o volume de imóveis novos cresceu 59,8% e as vendas aumentaram 17,4%. “O mercado oferece muitas oportunidades e as pessoas voltaram a buscar o sonho da casa própria”, avalia José Carlos Martins, presidente da CBIC.

“O destaque no trimestre continua sendo a predominância dos lançamentos e venda dos imóveis de 2 dormitórios, com 74% e 65% respectivamente, indicando uma presença muito forte do produto econômico no país”, avalia o economista Celso Luiz Petrucci, presidente da Comissão da Indústria Imobiliária (CII) da CBIC e coordenador desse projeto. Ele destaca que as vendas no primeiro semestre superaram em 41,2% os lançamentos no período, com 17.135 unidades a mais vendidas. Esse movimento, entretanto, não é suficiente para recuperar o desempenho do mercado, quando comparado com o primeiro semestre de 2016: o primeiro semestre de 2017 ainda apresenta queda, tanto em vendas como em lançamentos em 5,1 e 21,6%, respectivamente.

Formulado pela CBIC em correalização com o Senai Nacional, o estudo “Indicadores Nacionais do Mercado Imobiliário” é trimestral e mapeou a atividade do setor em 18 localidades, oferecendo um panorama nacional desse mercado. As amostras da pesquisa são colhidas e avaliadas com a mesma metodologia, o que confere consistência aos dados. A primeira rodada foi apresentada nos primeiros dias de maio, já sinalizando a reação do setor.

A segunda rodada registra queda de 3,5% na oferta final de imóveis para venda e um desempenho desigual entre as diversas regiões brasileiras. Para o presidente da CBIC, a queda nos preços, gerada pela crise econômica, torna 2017 um bom ano para a aquisição ou troca de imóveis. “Os estoques estão caindo e a tendência é que falte produto no futuro”, diz Martins.

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Sinduscon-GO), Carlos Alberto Moura, avaliou o cenário da construção no Brasil com otimismo, sobretudo quanto à Região Metropolitana de Goiânia, compreendendo a Capital e Aparecida de Goiânia na referida pesquisa.

Seu otimismo se deve ao fato de que a região goiana pesquisada obteve variações positivas em todos os quesitos. Goiânia e Aparecida de Goiânia estão classificadas entre as nove regiões que apresentaram aumento no número de lançamentos imobiliários, dentre as 18 regiões analisadas, sendo que a outra metade teve decréscimo no número de lançamentos, em comparação com o ano anterior. Foram lançadas 1.406 unidades habitacionais no 1º semestre deste ano, frente a 1.247 no 1º semestre de 2016.

A região também apresentou variação positiva no índice de vendas. Foram comercializadas 1.134 unidades no 1º trimestre e 1.260 unidades no 2º trimestre deste ano, frente a 950 e 901 unidades vendidas, respectivamente, no primeiro e segundo trimestres de 2016, conforme o estudo “Indicadores Nacionais do Mercado Imobiliário”.

Outro dado que traz ânimo, segundo o presidente do Sinduscon-GO, é a recuperação do emprego no segmento, puxada pela retomada dos lançamentos imobiliários. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego (Caged/MTE), referentes ao mês de julho/2017 ilustra o motivo da boa expectativa.

No mês, o saldo foi de 782 novas vagas, posicionando o setor à frente de segmentos como agropecuária e comércio. O saldo de vagas ocupadas no ano, até julho, é de 4.330; resultando em uma variação positiva de 6,26%.

Dados do balanço dos primeiros quatro meses de 2017, da “Pesquisa Mercado Imobiliário”, realizada pelo Grupom Consultoria e Pesquisas para a Associação das Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-GO) também apontam para a recuperação do segmento em Goiânia e Aparecida de Goiânia. O V.G.V. (Valor Geral de Vendas) relativo às Vendas Brutas apresentou no primeiro quadrimestre de 2017 média mensal de R$ 275 milhões, frente à média mensal de R$ 225 milhões no mesmo período de 2016.

Para Moura, esse cenário se deve em parte ao contexto de equilíbrio econômico que o Estado de Goiás conseguiu manter neste período de crise, em comparação a outros Estados do País, e em parte ao bom planejamento e estratégias assertivas desenvolvidas pelos empresários goianos. Ele afirma que Goiás não corre o risco de sofrer com falta de imóveis para comercialização, apesar de haver, de fato, uma redução de estoque de imóveis no último ano. “Esse é um movimento que integra a estratégia dos empreendedores para manter o equilíbrio do mercado e os lançamentos já retomaram o fôlego para suprir a demanda existente”.

Ele também enfatizou a importância do Programa Goiás na Frente, por meio do qual o Governo do Estado está investindo na melhoria da infraestrutura, além de contemplar a execução de 30 mil unidades habitacionais da faixa 1,5 do Programa Minha Casa Minha Vida. Com os subsídios complementares oferecidos pelo Estado, a parcela dos imóveis deverá ficar em torno de R$ 500,00, facilitando o acesso às famílias. “Com isso esperamos a reativação do setor além da Região Metropolitana de Goiânia, o que envolverá o Entorno de Brasília, Anápolis e demais cidades do interior goiano. Acreditamos na geração de 120 mil empregos diretos e 120 mil empregos indiretos com essas iniciativas”, avaliou Carlos Alberto Moura. 

Foto: Divulgação