POR NOTÍCI@PURA | Divino Olávio
Zé Eliton passa no “teste” do primeiro mês, como governador
Por questão de Justiça, não há como deixar de reconhecer que o tucano Zé Eliton não se saiu mal, como estreante à frente do governo estadual nesse seu primeiro mês. Atacou pontos considerados nevrálgicos pela sociedade, como a designação de policiamento permanente em terminais de ônibus, para conter os altos índices de violência que vinham ocorrendo contra os usuários, o que motivou a redução significativa das ocorrências nesse setor. Priorizou ações visando melhorias no atendimento à saúde, uma das áreas que acumulam maior quantidade de reclamações dos cidadãos. Outro ponto que vale um registro foi o de conter o ímpeto na realização de gastos em outras áreas, para priorizar o pagamento da folha do mês. Há muita coisa para melhorar nas demandas da população e é muito provável que faltará dinheiro para honrar todos os compromissos deixados pelo antecessor, diante de uma acentuada falta de recursos. Para os que temiam que, à frente do governo, fracasse no primeiro mês como gestor, ainda não foi dessa vez que Zé Eliton deixou o barco afundar e nem o caldo entornar. Mas ainda falta um queijo e a rapadura a serem digeridas daqui até a realização das eleições e o fim desse governo, como diriam os sertanejos. A continuar com esse padrão de administrador público, poderá colher muitos votos em reconhecimento pelo trabalho a ser realizado.
Violência no campo
Segundo matéria publicada no Estadão desse domingo, citando dados oficiais, o Estado de Goiás apresentou aumento de 20% nos registros de roubos e furtos no campo, no período entre 2014 a 2017. O maior índice ocorreu em Mato-Grosso, com 60% e o menor, em Minas Gerais, com 4%. Por causa do aumento da violência no campo de 2014 para cá, lideranças do Agronegócio elegeram a segurança pública como um dos principais entraves para o desenvolvimento do setor e um dos maiores desafios para os pré-candidatos que buscam o apoio e voto dos produtores agrícolas.
Caiado recebe apoios
A pré-campanha do democrata Ronaldo Caiado ao governo foi a que apresentou maior movimentação de apoios recebidos durante a semana passada. Na quinta-feira, lideranças de 15 cidades provenientes do MDB de outros partidos anunciaram apoio tanto a Caiado, para governador quanto para à reeleição do senador Wilder Morais. Na sexta-feira foi a vez do deputado Iso Moreira (DEM), levar uma dezenas de lideranças de diversos partidos, a anunciar o apoio a fazerem o mesmo.
Balão de ensaio
A famigerada entrevista do ex-prefeito de Aparecida, Maguito Vilela a Rádio Sagres 730, admitindo aliança entre os pré-candidatos Daniel Vilela (MDB) e Zé Eliton (PSDB), pode não ter sido apenas um acidente verbal. Há dos dois lados quem acredite que o tema vem sendo discutido entre eles. E até quem se diz convicto de que já teriam sido acertadas as linhas gerais da composição, que somente ocorrerá caso a pré-candidatura de Daniel não consiga decolar nas pesquisas, até o mês de julho. Assim, a declaração de Maguito teria sido usada como um balão de ensaio, para testar a reação da opinião pública, sobre a eventual composição entre os dois partidos.
Idades de Baldy
“A idade civil do ministro das Cidades, Alexandre Baldy é de 37 anos, mas a sua idade política é de 107 anos”, comentário de um deputado da oposição, durante uma reunião realizada em Goiânia no fim de semana. Avaliam que o ministro adota cauteloso e capacidade de surpreender. Fala pouco e demonstra habilidade nas tomadas de decisões.
Iris à mineira
A declaração do prefeito de Goiânia, Iris Rezende, na sexta-feira de que seria sensível à tese de aliança entre o MDB e o PSDB, desde que houvesse “reação social favorável”, é a forma mais ‘tancrediana’ de dizer “sim” e “não” ao mesmo tempo, ante a uma pergunta de difícil resposta, feita por um político há pelo menos dez anos, em Goiás. Merece troféu.
Volta, volta...
Circula em escritórios da oposição em Goiás a informação segundo a qual o ex-governador Marconi Perillo vem tentando convencer líderes religiosos, principalmente das Assembleias de Deus, que migraram da base aliada para a oposição a voltar para o seu barco.
Ao pé do ouvido
Marconi estaria mantendo conversas individuais com pastores, na tentativa de demovê-los de apoiar a oposição e até fazendo uso de “argumentos apelativos”, segundo comentou um líder político da oposição, no intuito de reverter o estrago sofrido na sua base junto ao meio evangélico, principalmente junto ao seguimento das Assembleias de Deus. Se tais conversas têm surtindo o efeito esperado não se sabe ainda. O que se tem notícia até agora é que o resultado dessas conversas mantidas com as lideranças religiosas estariam chegado rapidamente aos líderes da oposição.
Kajuru é forte
Era final do primeiro governo de Marconi e o liquidante do Cerne mandou para execução uma dívida que o radialista Jorge Kajuru tinha por não pagar o aluguel de uma cabine no Estádio Serra Dourada, que ele teve na época do governo de Maguito Vilela. Marconi mandou brecar e a dívida dorme em berço esplêndido nos escaninhos da liquidação. Kajuru já era forte naquela época.
Tá difícil
Não está fácil para o governo estadual manter as contas em dia, especialmente na Agetop, onde ouvem-se pelos corredores várias histórias de atraso no pagamento das empreiteiras, por obras que foram realizadas. O governo vai negar, é claro. Os empreiteiros, no entanto, não põem a boca no trombone com medo de não receberem. Mas quem tiver ouvido bom, escuta muito bem essas histórias. Há delas em que as obras foram concluídas, mas o pagamento não.
Se liguem
Aos interessados no desfecho de uma composição entre Daniel Vilela e Zé Eliton, é bom ficar atentos aos movimentos de ambos, à medida que for se aproximando a chegada de julho. Pelo sim pelo não, é bom não perder de vista também as inúmeras trocas de amabilidades entre o ainda prefeito de Aparecida, Maguito Vilela (MDB), e o então governador Marconi Perillo (PSDB), a partir de 2016.
Dá namoro?
Surgiram naquela época muitas especulações negadas sem muita convicção de que pudesse estar havendo algo mais entre eles, politicamente falando, do que simples parcerias administrativas.
Daniel critica balanço
O pré-candidato Daniel Vilela (MDB) reprovou o balanço das ações do primeiro mês do governo de Zé Eliton (PSDB), apresentado ontem. Para Vilela, o governo do concorrente está adormecido e sem capacidade de reação diante dos problemas que afligem a população e tenta “disfarçar com pirotecnia”. Daniel continua criticando o tucano pelo fato de encaminhar à Assembleia Legislativa em seu primeiro dia, nomeando o cunhado do ex-governador Marconi Perillo, Sérgio Cardoso, conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).
PT diz não a Daniel
A direção estadual do PT comunicou ao deputado Daniel Vilela (MDB), há pouco mais de uma semana, a decisão de não composição com o seu partido nessa eleição. Até que haja eventual mudança de posicionamento, essa decisão do PT pretende ser definitiva.
Ainda o Impeachment
O voto do deputado Daniel a favor da cassação do mandato da ex-presidente Dilma Rousseff, na Câmara Federal, em 2016, é o motivo da recusa do PT em não se aliar ao MDB de Daniel, segundo revelou ontem à noite uma destacada fonte petista.
Nepotismo
É a palavra que está assustando algumas pessoas em Goiás ultimamente.
Humor
Texto: Divino Olavio
Foto: Wildes Barbosa
