
Zé Eliton e Daniel Vilela acirram disputa pela segunda posição em debate na Interativa
Sem apresentar novidade de maior relevância, além do que os candidatos já haviam mostrado, o 1º debate entre os candidatos a governador, promovido ontem pela Rádio Interativa FM, deu a senha de como os eles deverão se postar nos demais debates a serem realizados daqui para frente. O programa mostrou que dos representantes das três maiores coligações, Daniel Vilela (MDB) é quem vai disparar mais a “metralhadora” contra Zé Eliton (PSDB) e Ronaldo Caiado (DEM). Contra o tucano, por ser do partido que comanda a política estadual há 20 anos; quanto a Caiado, por ser o 1º colocado isolado nas pesquisas, entre os três. Tecnicamente empatado com Zé nas pesquisas, Daniel emite sinais de que não dará trégua ao tucano, na briga pela segunda posição. Para isso, valem até umas estocadas no líder maior da oposição, para tentar atrair alguns votos. Tido em outros tempos com o perfil de que “não levava desaforos para a casa”, Ronaldo Caiado parece ter abusado na ingestão de chá de flores e laranjeiras e suco de maracujá, antes de ir para o debate: respondeu calmamente a todos os questionamentos, com réplicas e tréplicas, sem elevar o tom de voz nem quando mesmo diante dos questionamentos de Wesley Garcia (PSOL). Carregando o peso do desgaste de 20 anos de “tempo novo” no poder, Zé Eliton (PSDB) não se saiu mal dentro da sua proposta de dar continuidade ao que já está aí. Apenas acabou sendo o mais atacado e cobrado. Com isso, teve que passar boa parte do seu tempo se defendendo e dano explicações. De fácil comunicação e demonstrando conhecimento dos assuntos abordados, a professora Kátia Maria (PT) demonstrou conhecimento dos temas abordados. Ela questionou com firmeza os concorrentes, porém, sem deixar de lado a ternura dos anos que passou ensinando em salas de aula. Defendeu desinibidamente os governos de Lula e Dilma, bem como a candidatura do ex-presidente, que cumpre pena de prisão em Curitiba (PR). O debate foi mediado pelo diretor da Interativa, José Luís, auxiliado por Pablo Costa.
Cordialidades suspensas
Como essa coluna já havia previsto recentemente, a relação harmoniosa e cordial entre os candidatos Zé Eliton e Daniel Vilela, está suspensa até o dia sete de outubro. Por causa do risco de ficar fora do 2º turno, caso haja, a relação entre os dois de agora em diante será de muitos ataques e contra-ataques entre eles. Em que pese o fato de o tucano ter sido convencido por Marconi Perillo a lhe dar uma “mãozinha”, abrindo mão do apoio do PP para fazer aliança com o seu o MDB.
De olho no MDB
Quanto ao candidato Ronaldo Caiado (DEM), ele sequer deu importância às provocações recebidas de alguns concorrentes, a exemplo do emedebista Daniel Vilela. Mas há uma explicação para isso: é que, na hipótese de vir ocorrer segundo turno na eleição eventualmente contra o tucano Zé Eliton, Caiado espera receber o apoio do MDB. Até porque os assuntos motivos dessas provocações dificilmente lhe tirarão votos, por sua pouca relevância, dizer que já foi aliado do tucano Marconi Perillo, no passado.
Procuram-se votos do PP 1
A se tomar por base a última rodada as pesquisas Ibope/TV Anhanguera, Grupon/Diário da Manhã e Serpes/O Popular, divulgadas de uma semana para cá, o apoio do PP, PRB e PHS ainda não produziram os efeitos esperados na campanha de Daniel Vilela, que eram fazê-lo crescer nas pesquisas. O emedebista continua empatado com o tucano Zé Eliton, como antes da convenção. Mas também há que se considerar que, com base no histórico eleitoral de suas lideranças, dificilmente o PP impulsionará a candidatura do emedebista. A maior expressão político-eleitoral do partido é o deputado Roberto Balestra, que continua apoiando o candidato Zé Eliton.
Procuram-se votos do PP 2
O ministro Alexandre Baldy (Cidades), presidente estadual do PP, parece apostar mais num eventual apoio dos prefeitos do PP e de outros partidos para, sob sua liderança, virem a dar apoio a Daniel a partir de algum momento da campanha. Dificilmente isso acontecerá, porque se existe algo que a prefeitada menos gosta de fazer em ano eleitoral de eleição é dar apoio a candidato que está em baixa nas pesquisas. A menos que haja um crescimento convincente do candidato, para motivá-los a mudar de lado. Caso contrário, a maior probabilidade é que eles continuem “empurrando com a barriga” a decisão de apoiar outro candidato.
A força do MDB
A maior força eleitoral a Daniel Vilela só quem pode oferecer é o seu partido, o MDB, que ainda é a maior estrutura partidária em Goiás, mesmo estando na planície há 20 anos. O MDB está presente em todos os municípios com diretórios ou comissões provisórias. Embora os prefeitos de algumas das mais importantes cidades como os de Catalão, Rio Verde, Formosa, Goianésia e de Turvânia apoiem Ronaldo Caiado, o partido ainda tem condição de oferecer boa votação ao seu candidato, desde que haja o engajamento da sua militância, fato que ainda não ocorreu.
Iris é candidato
Depois de passar o primeiro ano da sua atual administração “lambendo sabão”, por conta da crise financeira vivida pela prefeitura, o prefeito Iris Rezende (MDB) parece ter voltado a sentir gosto pela política, e já anda pensando em reeleição. Com obras importantes para serem inauguradas em 2019, a exemplo do BRT, Iris, agora, já estaria decidido a buscar novo mandato em 2020, segundo um auxiliar com assento no Paço Municipal. Como se vê, a palavra “aposentadoria” ainda não entrou para o dicionário de Iris Rezende.
Samba do crioulo doido
A divulgação de “fake news”, ou notícias falsas, para os que preferem o termo em português, é prática deplorável seja ela praticada por qualquer cidadão, independente de classe social, instrução, idade ou cor, mas principalmente por parte daqueles que têm o dever de dar bons exemplos com suas condutas. Mas imaginem que tal iniciativa tenha sido colocada em prática envolvendo os candidatos majoritários da chapa na eleição estadual, do partido da situação. Pior ainda é quando a tal “fake news” é reiteradamente confirmada pela assessoria na rede social. Deve ser por isso que o candidato Zé Eliton (PSDB) estava com o semblante carregado e aspecto de cansaço, durante o debate entre candidatos a governador, promovido ontem pela Rádio Interativa FM.
Assessoria envolve Zé Eliton e Marconi em “Fake News“
No momento que o candidato da situação ao governo faz de tudo para não perder a segunda posição no ranking para Daniel Vilela (MDB), eis que alguém aparece com uma ideia diferente: espalhar “fake news” para ver se pega. Talvez esteja na hora de o candidato começar a pensar em fazer alterações na sua equipe, antes que a “vaca vai para o brejo com corda e tudo, para não sair mais de lá”. Afinal de contas, campanha eleitoral normalmente é feita pelos partidos, com o suporte de bons profissionais de marketing, para uma comunicação eficiente das mensagens dos candidatos. E definitivamente não é lançando mão de “fake news” que o candidato alcançará desempenho satisfatório na campanha.
Cavalos “não fogem” de fogo
Diferentemente dos bovinos, que segundo a sabedoria popular no interior, os cavalos não fogem de fogo. Por isso, fazendeiros costumavam mandar recolher seus animais de montaria e colocá-los em locais seguro, antes de atear fogo nos pastos, prática ainda usada até hoje em algumas regiões, para evitar a morte desses animais, porque eles costumam continuar pastando até serem alcançados por labaredas. Daí, serem comuns as comparações da falta de providências por parte dos responsáveis, em situações que exigem providências emergenciais, ante o risco de consequências nefastas, em determinadas situações.
É mito, diz veterinária
Ouvida pela coluna sobre a suposta imobilidade dos equinos diante do fogo, a veterinária Andreia Peixoto disse ser “mito” a história segundo a qual esses animais não fogem de fogo. Segundo ela, talvez por problemas nas cercas, possam ocorrer queimaduras de animais. Mas fora essa situação, ela não tem conhecimento de nenhum caso.
Zé Luiz no DC
O jornalista José Luiz Bittencourt Filho é a nova contratação do Diário Central, com estreia acertada para a próxima semana. Ex-sócio fundador do Jornal Opção, no início da década de 80, com Hebert de Morais Ribeiro; repórter e editor nos principais jornais e emissoras de Goiás, José Luiz Bittencourt vai assinar uma coluna com informações e análise no DC, duas vezes por semana. Profundo conhecedor de história geral, especialmente a história política do Estado, José Luiz (foto) será certamente um referencial do processo de destrinchar para os leitores o emaranhado de informações em todas as suas nuances, do importante momento político vivido pelo Estado e pelo País.
Boas vindas
Notíci@pura dá boas vindas a José Luiz, desejando-lhe desde já todo sucesso em sua nova jornada. Esteja à vontade, pois a partir de agora essa casa, que já abriga outros profissionais, passa a ser também sua casa. Parabéns ao diretor do jornal, Thiago Moura Fé, pela contratação desse grande profissional. E tudo indica que vêm mais novidades por aí, nas páginas do Diário Central.

Fotos: Divulgação