
PP e PSD discutem adesão em bloco a Daniel Vilela e travam campanhas
Zé Eliton (PSDB) e Daniel Vilela (MDB) vão precisar tomar muito chá de camomila, para controlar a ansiedade até 5 de agosto, data limite para o PP e o PSD definirem sobre qual dos dois pré-candidatos receberá o apoio deles. Nessa mesma data encerrará o prazo para que os partidos realizem suas convenções. Com o Palácio do Planalto pressionando de um lado, pelo apoio do PP a Daniel e de outro, Zé Eliton tentando segurá-lo, eis que o PSD entra em cena e bate o pé: “Se o PP for apoiar Daniel, o PSD também limpa a poeira dos sapatos e segue o mesmo caminho”, principalmente depois que o nome do presidente do partido, Vilmar Rocha, foi turbinado e já aparece tecnicamente empatado com os primeiros colocados na disputa para o Senado, em algumas pesquisas. Vilmar e o empresário Vanderlan Cardoso (PP) se reuniram ontem, no escritório de Vilmar (foto) para tratar da possível decisão em bloco no apoio ao emedebista. A reunião contou com as presenças também dos deputados do PSD, Francisco Júnior e Simeyson Silveira. Ficaram de voltar a se encontrar hoje para dar sequência ao assunto. Durante a reunião, chegou a ser aventada a formação de uma terceira alternativa, que seria a da composição de uma nova chapa. Por enquanto nenhuma hipótese está descartada. Mas enquanto eles não se definem, uma coisa é certa: Zé Eliton e Daniel Vilela ficam com suas campanhas travadas, impossibilitados de participarem de eventos de campanha com chapa completa.
Perguntinha inocente - 1
Na hipótese de se confirmar a saída do PP e PSD da base, para apoiar o emedebista Daniel Vilela, o PTB, PSB e o PPS continuarão fiéis no apoio a Zé Eliton?
Perguntinha inocente – 2
Não raras têm sido as menções feitas pelo ex-governador tucano, Marconi Perillo, em reuniões com líderes políticos de sua confiança, que põem em dúvida a efetivação de sua candidatura ao Senado. Ou se na última hora, ele podera recuar para disputar mandato na Câmara Federal. Marconi teria mencionado novamente essa possibilidade, na reunião com Zé Eliton e dirigentes de partidos da base, terça-feira, no Palácio das Esmeraldas. Marconi fala sério, quando menciona o assunto em reuniões ou é só uma brincadeirinha, para ver a cara de espanto dos amigos?
Pesquisa confirma consolidação de Caiado e empate para o Senado
Nova rodada da pesquisa do Instituto Grupon divulgada ontem pelo Diário da Manhã mostra quase que nenhuma alteração na corrida para o governo. O democrata Ronaldo Caiado continua isolado na dianteira, Zé Eliton (PSDB) e Daniel Vilela estão tecnicamente empatados com apenas 0,2 porcentuais de diferença de um para o outro. O mesmo fenômeno ocorre na disputa para o Senado, entre a senadora Lúcia Vânia (PSB) e o ex-governador Marconi Perillo (PSDB).
Lúcia Vânia e Marconi empatados para o Senado
Para o Senado, a senadora Lúcia Vânia (PSB) e o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) aparecem empatados tecnicamente, respectivamente com 25% e 24,4%. Vanderlan Cardoso (PP) tem 20,1%; Kajuru (PRP), 17,4%; Demóstenes Torres (PTB) tem 10,6% e Vilmar Rocha (PSD), 8,8%.
Governador – estimulada
Ronaldo Caiado............37,6%
Zé Eliton........................10,5%
Daniel Vilela.................10,3%
Kátia Maria.....................3,6%
Wesley Garcia................ 2,1%
Sara Mendes.....................1,6%
Edson Vaz.........................1,0%.
Não sabe...........................15,1%
Brancos e nulos.................18,1%
Senado (2 vagas) – Estimulada
Lúcia Vânia.......................25,0%
Marconi Perillo.................24,4%
Vanderlan..........................20,1%
Kajuru...............................17,3%
Demóstenes.......................10,6%
Vilmar Rocha....................8,8%
Pedro Chaves..................4,9%
Wilder Morais..................3,40%
Agenor Mariano...............2,6%
Luiz César Bueno............2,4%
Luana Baldy....................2,4%
Fabrício Rosa..................2,0%
Brancos/nulos..................24,2%
Não avaliou/indecisos.....20,9%
Risco I
Há um sentimento quase que generalizado entre líderes de partidos aliados de que o projeto de candidatura à reeleição do atual governador Zé Eliton (PSDB) vive o seu pior momento, desde o lançamento. E o risco decorre da crescente probabilidade de perder o apoio do PP e do PSD – os dois principais partidos da base, depois do PSDB.
Risco 2
E um ponto que vem causando grande preocupação nessa história, na avaliação de alguns líderes, é a falta de iniciativas do Palácio das Esmeraldas, para tentar evitar a consumação da consumação do rompimento dos dois partidos com a base, que será trágica para a candidatura de Zé Eliton podendo ser completamente desmantelada.
De olho
Vale à pena ficar de olho também nas movimentações do PDT e do PRB, liderados regionalmente respectivamente pelos deputados Flávia Morais e João Campos.
Comparação a casamento forçado
O provável apoio do PP a Daniel Vilela, sob pressão cerrada do Palácio do Planalto, sob pena da demissão do ministro Alexandre Baldy (Cidades), já está sendo comparado àqueles “casamentos” feitos em delegacias de polícia até há alguns anos, em que o rapaz era coagido a se casar com a moça, quando o casal “avançava o sinal” nas intimidades antes do casamento. Dificilmente os casamentos feitos na polícia davam certo. Em boa parte dos casos, o casal se separava ali mesmo na saída da delegacia, com cada um dos nubentes tomando o caminho de suas casas. No caso do apoio político na base da coerção, fica a pergunta: será que funciona?
Férias
Eu saio férias para descansar por uma semana porque afinal, o ritmo de trabalho nessa campanha promete ser intenso. Eu volto na primeira semana de agosto. Até lá, se Deus quiser.
