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COLUNISTAS

NOTÍCI@PURA | Divino Olávio

POLÍTICA

Coluna Notíci@ Pura - 11 de setembro de 2018

11/09/2018 às 08h14


POR NOTÍCI@PURA | Divino Olávio

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Pesquisa sinaliza vitória de Caiado no 1º turno

A pesquisa Serpes divulgada na edição desse domingo de O Popular, elevando o percentual de Ronaldo Caiado (DEM) para 42% das intenções de voto para o governo, dois a mais em relação à pesquisa anterior, e a estagnação de Zé Eliton (PSDB) e de Daniel Vilela (MDB), autoriza a dedução de que, se aliada a outros fatores, a “Inês está morta”, e o democrata já pode encomendar o terno para a festa de posse, no dia 1º de janeiro de 2019. O primeiro fator é que não se trata apenas de um crescimento episódico, acidental, mas a confirmação de uma tendência na sequência de cinco pesquisas do mesmo instituto; outros institutos também detectaram o crescimento do candidato, aumentando, assim, a convicção da militância de que a eleição será definida já no 1º turno. Com isso, esse fator gera inevitavelmente dois efeitos quase que de imediato na campanha: a corrida por parte de lideranças políticas do interior, prefeitos e vereadores, tanto dos partidos aliados quanto dos poucos do MDB que ainda restam com Daniel, para a base de Caiado, receosos de que, sem 2º turno, o melhor a fazer é aderir o quanto antes, para não correr risco de virem a ser considerados de oposição ao futuro governo. O segundo efeito é a intensificação das adesões da militância tucana e emedebista, em geral, para a campanha de Caiado, na expectativa de manterem suas posições no futuro governo. O clima entre ocupantes de cargos de confiança no governo é de pânico. Muitos já estão beirando os comitês de Caiado, enquanto outros já não estão mais conseguindo dormir, sem auxílio de Lexotan, ou equivalentes.  

Fuga de financiadores

Os financiadores das campanhas dos outros candidatos param de contribuir ou migram suas contribuições para o candidato que apresenta maior probabilidade de vencer; muitos candidatos a deputado começam a fazer as contas e a reduzir os gastos em suas campanhas, o que indiretamente ajuda a colocar a campanha dos candidatos a governador em ritmo de “marcha lenta.”

Difícil reviravolta

Para que possa ocorrer uma reviravolta no atual quadro da eleição de governador, é preciso haver fatos de grande impacto na sociedade, o que não parece haver nenhuma sinalização de que isso ocorrerá a essa altura da campanha. Mas não pode ser apenas fatos corriqueiros não, teria que ser grandes fatos. Não digo que não acontecerão, mas por enquanto não há nenhum indicativo de que acontecerão.

Disputa emocionante

Mas ainda de acordo com a pesquisa Serpes de domingo, quem deve estar muito preocupado com os resultados do levantamento, são os candidatos ao Senado, Marconi Perillo (PSDB) e Lúcia Vânia (PSB), que concorre à reeleição, pela chapa da base aliada. É que os adversários Jorge Kajuru (PRP) e Vanderlan Cardoso (PP) estão cada vez mais próximos deles. Kajuru foi o que apresentou maior crescimento, 4,5% num prazo de pouco mais de 15 dias. Se mantiver o mesmo ritmo de crescimento nos próximos 15 dias, pode encostar ou até passar Lúcia e Marconi. Haja emoção.

Candidatura de Kajuru ao Senado começou em 2016

A inserção do vereador Jorge Kajuru como um dos nomes mais competitivos para a eleição de senador, em 2018 não é de agora. Vem de longe. Essa coluna foi a primeira e única a divulgar números de um dos principais institutos de pesquisa do País, feita a pedido da direção nacional de um partido político, a partir de 2016, quando nem o próprio vereador acreditava que estivesse em tão alta conta na cabeça do eleitor goiano. Até então, o seu projeto era disputar mandato de deputado federal. Foram pelo menos quatro levantamentos do mesmo instituto e mesmo cliente, aferindo as tendências de voto no Estado, antes de iniciar o período em que há exigência legal do registro da pesquisa na Justiça Eleitoral, antes da publicação. Kajuru (foto) foi o primeiro colocado em todas elas, com boa margem em relação ao segundo colocado. Embora tendo acesso aos números de tais pesquisas na época em que elas foram feitas, o contratante só concordou em liberar a divulgação dos resultados na coluna, na condição de não divulgar os nomes do contratante e da empresa de pesquisa, porque havia cláusulas contratuais que impediam essa divulgação das partes, em veículos de comunicação.  

Começo em 2016

A primeira da série de quatro pesquisas feitas no Estado se deu no segundo semestre de 2016, quando Notíci@pura ainda era publicada no Jornal Diário do Estado. Kajuru chegou a esnobar a informação da coluna na sua rede social, na ocasião, achando que pudesse ser algum arranjo de adversários, para levá-lo a desistir de disputar mandato para a Câmara Federal. Embora esnobando a informação, ele recortou a nota da coluna e a publicou na rede social no mesmo dia.

Novos levantamentos

Algumas semanas se passaram e vieram novas rodadas do mesmo instituto, feitas a pedido do mesmo cliente. E em pelo menos duas delas, o nome do vereador apareceu com quase 10 pontos de vantagem em relação ao segundo colocado, ambas divulgadas nessa coluna, mas já publicadas no Diário Central. Em uma delas, na edição de 7 novembro/2017, o segundo lugar foi Maguito Vilela (MDB), que embora especulado na época como possível candidato a senador, optou por não disputar. Na segunda, divulgada na edição do dia 12 de dezembro do mesmo ano, o vereador do PRP também ficou quase 10 pontos de frente em relação ao segundo colocado, Marconi Perillo (PSDB), ainda no exercício do mandato de governador.

Confirmando os números

E há que se salientar que, conforme a coluna apurou na época, Marconi Perillo encomendou pesquisa ao mesmo instituto, para ter certeza se aqueles números estavam corretos, informação que ele acabou tendo a confirmação, conforme a coluna foi informada na época. Mais que adversário – inimigo mesmo de Kajuru, conforme já dizia o próprio vereador, e ciente da necessidade de que alguma providência fosse tomada para tentar neutralizar a força eleitoral do inimigo -, Marconi acabou estimulando a aliança do PP com o MDB de Daniel Vilela, com dois objetivos bem definidos: dividir os votos da oposição para tentar levar a eleição para o segundo turno e dividir os votos de Kajuru com Vanderlan Cardoso (PP) na grande Goiânia, região que concentra o seu maior reduto eleitoral.  

Faltou combinar com os eleitores

Mas o fato com o qual Marconi não contava é que Daniel passasse a dividir foi com o tucano Zé Eliton, os votos da situação, conforme tem demonstrado por algumas pesquisas, enquanto o democrata Ronaldo Caiado continuou navegando em “céu de brigadeiro”, visto pelos eleitores até agora, como melhor alternativa na oposição. Ao dar aquela mãozinha na migração do PP para o MDB de Daniel, parece que Marconi se esqueceu de combinar com os eleitores qual era o seu propósito com a reengenharia.

 Ameaça real

Com o maior índice de crescimento entre os candidatos ao Senado nessa campanha, com 4,5% na pesquisa Serpes de domingo, em relação à rodada anterior em pouco mais de 15 dias, o vereador Jorge Kajuru caminha para dar um sufoco nos concorrente da situação, nessa resta final da campanha. Se tivesse contratado uma boa equipe de criação e de produção para a propaganda na TV, rádio e internet, a essa altura já se poderia afirmar com boas possibilidades de acerto, que Kajuru seria eleito para uma das vagas de senador. Mas o fato é que os seus programas parecem não se preocupar nem em apontar um foco na sequência e dos temas abordados, nem com a qualidade de produção de vídeo dos programas.

Campanha confusa

Se estivesse produzindo os programas para a propaganda eleitoral na TV, com uma qualidade melhor, sem aquele áudio ruim captado na gravação de imagens externas, além faltar foco na sequência dos temas abordados, é bem provável que Kajuru já pudesse estar colhendo melhores resultados da propaganda. Programa eleitoral é diferente de transmissões feitas de estádios de futebol ou de reportagens do dia a dia, feitas em locais de grandes aglomerações. Propaganda eleitoral pela TV já é cansativa de se ver para os eleitores nos dias atuais, se não for muito bem produzida, a audiência cai significativamente.

Último “colete” tucano é para tentar salvar o comandante

No PSDB já não se sabe mais o que fazer para alavancar a candidatura de Zé Eliton e conter a ameaça de derrota de Marconi Perillo, para o Senado. Mas diante da distância quilométrica entre Zé Eliton e Caiado, alguns estrategistas da campanha tucana já defendem a concentração das forças que ainda restam é para tentar salvar a candidatura de Marconi Perillo. De acordo com um bem humorado ex-deputado tucano, a situação de quase pânico vivida pelo PSDB atualmente é semelhante à de um navio afundando e restando um único salva vidas, que no caso, será usado para tentar salvar o comandante da embarcação chamada de “tempo novo”.

Weslei e suas provocações

Concorrendo na eleição de governador pelo Psol, o candidato Weslei Garcia ainda não sinalizou qualquer possibilidade de obter sucesso eleitoral nessa eleição. Entretanto, ninguém poderá negar sua competência em tentar criar situações embaraçosas para os demais concorrentes, nos debates.

Colunas estão disponíveis no blog

Para os interessados em ler na íntegra as colunas com a divulgação dos números das pesquisas a que referimos acima, decidimos disponibilizá-las no Blog Notíci@pura, nesse site. Lá os interessados têm a oportunidade de acompanhar a sequência de assuntos tratados em todas elas e também de reler números mais antigos da coluna. Boa leitura. 

Veja abaixo os fac-símiles de Notíci@pura, com as menções e os números de algumas das referidas pesquisas, com as respectivas datas de publicação.

1ª  Diário do Estado, 24.01.2017 – Jorge Kajuru chegou a aparecer em 3º lugar numa pesquisa para o governo.

2ª  Com título “Kajuru 2018” dessa coluna, já fazia referência à pesquisa em que o vereador havia ficado quase 9 pontos percentuais à frente do segundo colocado para Senado.   Diário do Estado, 7 de fevereiro de 2017 -  

3ª  Diário Central, 07.11.2017 – “Kajuru tem quase o dobro do 2º colocado para o Senado”.

4ª Diário Central, 12.12.2017 – As quatro primeiras notas da coluna, inclusive para governador.