POR NOTÍCI@PURA | Divino Olávio
200 prefeitos dizem estar com Zé Eliton, mas até onde são sinceros?
O candidato do PSDB ao governo, Zé Eliton, tem destacado com certa frequência, contar com o apoio de cerca de 200 prefeitos. O mais prudente nesse momento para o tucano seria não contar com o apoio sincero de todos eles. A história tem demonstrando, com base no que aconteceu em eleições anteriores, que de forma geral, os prefeitos só se posicionam mesmo, em relação à eleição de governador, é quando faltam entre 20 e 15 dias para a eleição. Até lá, suas estratégias para conseguir o apoio, é fazer com que o governo estadual acredite que estão todos apoiando os candidatos indicados, mas de olhos bem abertos para o caixa do governo, esperando que sejam feitos os últimos repasses às prefeituras, provenientes de convênios. Na hora que perceberem que começar a falta dinheiro para repassar às prefeituras, eles começam fazer suas opções. E como é sabido que a situação financeira do Estado não anda assim tão boa, como se desejava, melhor é não acreditar na sinceridade de muitos prefeitos, quando juram fidelidade a esse ou àquele candidato.
Sem alteração
Candidato à reeleição, o governador Zé Eliton (PSDB) não pretende fazer mudança na Secima, por conta da mudança de lado do deputado Heuler Cruvinel (PP), responsável pelas indicações de todos os cargos de confiança da pasta, começando pelo de titular da pasta, Hwaskar Fagundes. Heuler foi indicado pelo PP no fim de semana, para compor a vice na chapa de Daniel Vilela, candidato do MDB ao governo.
Escolhas são políticas
Os cargos de dirigentes na Secima – são técnicos como em outras áreas, como Saúde e Educação – mas as indicações das pessoas para ocupá-los são política. Tanto é verdade que a migração do deputado Heuler Cruvinel do PSD para o PP, no começo do ano, teve como um dos principais ingredientes na negociação, o direito de indicar o novo titular da pasta, Hwaskar Fagundes e de todos os demais cargos de direção na pasta. A Secima se encontrava vaga desde a saída de Vilmar Rocha, no final de janeiro.
Em 1998
A região Nordeste foi a primeira onde o então candidato Marconi Perillo (PSDB) assumiu a liderança, na campanha de 1998. Foi o prenúncio de uma virada que na sequência, começou a ocorrer em outras regiões do Estado, culminando com a derrocada do PMDB, após 16 anos de governos do partido.
Em 2018
É na região Nordeste onde o agora candidato do DEM ao governo, Ronaldo Caiado, vem ostentando o primeiro lugar nas pesquisas, com diferença de até 45% em algumas cidades em relação ao segundo colocado, Zé Eliton (PSDB), atual governador e candidato à reeleição. Detalhe: Zé Eliton é de Posse, maior cidade da região. Mera coincidência ou prenúncio de mudança no governo, após 20 anos de governos tucanos?
Índices de Caiado
Administrado pelo prefeito Adib Elias (MDB), o município de Catalão, situado na região Sudeste do Estado, é onde o candidato Ronaldo Caiado tem os maiores índices nas preferências dos eleitores, nas pesquisas. Adib Elias assumiu a coordenação geral de campanha do democrata, há dez dias. Itumbiara, no Sul, vem na sequência.
Índices de Daniel
Natural de Jataí, cidade onde Maguito Vilela, seu pai, começou a carreira política como vereador pela antiga “Arena 2”, o candidato do MDB, Daniel Vilela tem seus maiores índices em Aparecida de Goiânia, onde Maguito Vilela foi prefeito por dois mandatos consecutivos, e em Jataí.
Índices de Zé Eliton
Governador e candidato à reeleição, curiosamente, o tucano Zé Eliton vem obtendo melhor desempenho é em Goiânia, mas perde para Ronaldo Caiado na sua cidade natal, Posse, distante 500 Km de Goiânia. Segundo alguns institutos de pesquisa, o tucano já se atingiu a casa dos 18% na capital. Outra cidade onde ao que tudo indica haverá uma briga boa na disputa pelos votos dos eleitores, no dia sete de outubro: Anápolis, onde nasceu o candidato do DEM, porém, onde ao longo dos últimos 20 anos, o tucano Marconi Perillo recebeu suas maiores votações proporcionalmente falando. Caiado lidera com folga em Anápolis certamente Marconi fará campanha por lá, pedindo votos para Zé Eliton. Haverá, como que um teste sobre quem é quem na Manchester, atualmente, se o democrata ou o tucano.
Santo de casa...
A posição de inferioridade de Zé Eliton em Posse, em relação ao democrata Ronaldo Caiado, faz lembrar aquele velho ditado segundo o qual, “Santo de casa não faz milagre”. Mas costumam aparecer outros produzidos pelos adversários, que muitas vezes são até impublicáveis.
Plano de governo
O Plano de Governo do candidato Zé Eliton deverá ser apresentado logo após o dia 15. E de acordo com a Legislação Eleitoral, os candidatos e os partidos estarão liberados para desenvolver as atividades de rua das campanhas, a partir do dia 16, quando começarão a serem programados os tradicionais comícios nos palanques armados nas praças, caminhadas e carreatas. O comício de abertura da campanha do PSDB, por exemplo, será em Goianésia, como nas campanhas anteriores.
À espera da pesquisa
A baixa intensidade de atividades dos partidos e candidatos nessa semana de pós-convenções, em Goiás, é contrastada com as expectativas em torno da divulgação da primeira pesquisa Serpes, no Jornal O Popular, prevista para ocorrer entre sábado e segunda-feira. Embora não tenha ocorrido ainda nenhum fato para justificar alterações significativas no quadro político estadual, pelo menos já se tem definidos os candidatos que estarão disputando mandatos nessa eleição, tanto majoritários quando proporcionais. Os números da pesquisa certamente terão importância significativa no planejamento das campanhas.
Mudança de opinião de Zé sobre Bittencourt suscita desconfiança
Há quem acredite que a entrega da Coordenação de Comunicação da campanha de Zé Eliton, ao jornalista João Bosco Bittencourt, tenha por trás alguma “pegadinha” tanto para excluí-lo do governo, o que já ocorreu, quanto da campanha, ao menor gesto que contrariar o candidato. Dos três integrantes do governo, anunciados para assumir coordenações na campanha, apenas João Bosco foi desligado do cargo que ocupava no governo – a presidência da Agência Brasil Central, para o qual foi nomeado às vésperas da desincompatibilização do governador Marconi Perillo, no início de abril. Seria exagero pensar que tal medida pudesse ocorrer, não fosse o fato sabido por todo mundo no meio, que o sobrenome “Bittencort” não figura na lista dos favoráveis de Zé Eliton, principalmente o precedido de “João Bosco”.
Relação é a melhor possível, diz João
Apesar das desconfianças de alguns, o jornalista João Bosco Bittencourt negou à coluna, qualquer possibilidade de tal medida ocorrer para lhe prejudicar. Segundo ele, sua relação com o governador Zé Eliton tem sido a melhor possível. “Despacho com ele todos os dias pela manhã e a nossa relação é ótima, e vamos vencer a eleição”, disse ele. Além da campanha estadual, João Bosco Bittencourt revelou que vem auxiliando também na campanha nacional do PSDB.
