Sem chapa competitiva no MDB, dona Iris pode recuar, prevê auxiliar
Em contato ontem com a coluna, um integrante do primeiro escalão da Prefeitura de Goiânia previu que se o PP permanecer na base aliada, e Daniel Vilela não conseguir outros partidos para fazer aliança com o MDB, a primeira-dama da cidade, Iris Araújo, pode desistir de disputar mandato de deputada federal. O gesto, segundo o auxiliar do prefeito Iris Rezende, seria em decorrência do elevado risco de o partido não atingir o quociente eleitoral, por falta de chapa competitiva. Alguns nomes previstos para a disputa na Câmara. A disputa travada quase que na unha entre MDB e partidos da base aliada, pelo apoio do PP, pode ter consequências desastrosas para o lado que vier a ser preterido. Se o PP optar por permanecer na base e Daniel Vilela não conseguir outro partido de porte equivalente, para compor aliança com o seu partido, haverá o risco até de haver outras consequências negativas para o pré-candidato Daniel Vilela, como por exemplo da migração de apoio dos prefeitos do MDB para outras candidaturas. Na hipótese de a opção do PP for por se aliar com o MDB, o gesto poderá encorajar outros partidos da base a “chacoalharem a poeira das sandálias” e buscar abrigo em outros “ninhos”. PDT, PRB e alguns nanicos são especulados, nessa hipótese. E com uma base totalmente destroçada, ninguém pode garantir que o tucano Zé Eliton manteria sua candidatura até o fim, se não vislumbrar alguma possibilidade sucesso nas urnas.
Disputa e emoção
José Eliton e Daniel Vilela vivem provavelmente os momentos de maior emoção de suas vidas, até agora, na disputa travada pelo apoio do Partido Progressista (PP). Empatadinhos no ranking das pesquisas dos institutos de maior credibilidade, na casa dos 10% cada, os dois pré-candidatos veem no apoio do partido do ministro Alexandre Baldy (Cidades), Roberto Balestra e Sandes Júnior e agora também de Vanderlan Cardoso, um ponto de sustentação de seus projetos. De um lado, o tucano tem consciência do altíssimo risco da sua candidatura derreter prematuramente, com o “efeito manada”, que uma eventual migração do PP da base, para se aliar ao MDB, poderia provocar, com outros partidos da situação seguindo o exemplo pepista.
Risco de ficar só
De outro lado, o emedebista Daniel Vilela corre o risco de ficar sozinho se o PP optar por continuar na base governista, fato que será simplesmente desastroso para o seu projeto. E a primeira consequência poderá ser a desistência da primeira-dama da capital, Dona Iris Araújo, da candidata à deputada federal. Caso isso ocorra, a previsão é que o casal Iris – Iris pode até tomar outro rumo na campanha, segundo um auxiliar do prefeito.
Maguito candidato (?)
Especulava-se ontem após às 22:00 a possibilidade de o ex-governador Maguito Vilela assumir a candidatura pelo MDB ao governo, em eventual substituição ao atual pré-candidato, Daniel Vilela, filho de Maguito. A iniciativa teria sido do ex-governador Marconi Perillo (PSDB). Antes, o tucano teria tentado, sem sucesso, um acordo entre Daniel e Zé Eliton, com o emedebista saindo de vice de Eliton.
Disputa por apoio gera insatisfação
A disputa pelo apoio do PP entre José Eliton e Daniel Vilela vem gerando crise na relação entre PSDB e MDB, nesses últimos dias. Uma informação que circulou ontem à noite, ainda não confirmada pela coluna, devido ao avançado da hora, por causa de incursões do ex-governador Marconi Perillo junto ao presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), nos últimos dias, o deputado Daniel Vilela teria procurado o coordenador da campanha tucana em Goiânia, Jayme Rincón, para protestar contra a iniciativa. A conversa entre o emedebista e Rincón, segundo se especulava no final da noite, foi marcada por momentos de tensão, com Daniel chegando alertá-lo para a possibilidade até de renunciar ao projeto agora, compor com o democrata Ronaldo Caiado, caso persistam as ações tucanas com vista a manter o PP na base.
PP continua indefinido, diz Vanderlan Cardoso
Em resposta à coluna às 23:04, o ex-prefeito de Senador Canedo, Vanderlan Cardoso, afirmou por meio da assessoria que as conversas sobre definição do candidato a ser apoiado pelo partido, para o governo estadual, avançaram bastante na reunião da Executiva estadual, realizada ontem à noite. Entretanto, ainda não há definição. “Há uma ala bastante forte que quer ir para a oposição, apoiar a candidatura de Daniel Vilela (MDB)”, disse Vanderlan (foto). Segundo ele, serão necessárias outras conversas para se chegar ao entendimento. Mas uma coisa é certa entre os pepistas, segunto Vanderlan: “O partido estará unido, independentemente da posição a ser tomada”. Em uma entrevista dada na terça-feira, o empresário Vanderlan Carodoso negou interesse pela composição da vice mas admite disputar mandato de senador.
Vaga garantida
Nas avaliações que já começam a ser feitas no meio jurídico estadual, uma das seis novas vagas de desembargadores aprovadas pela Assembleia Legislativa, há poucos dias, certamente será indicação da categoria de advogados. E o primeiro nome cogitado para ser indicado em lista tríplice, no final do ano, é o do atual governador José Eliton, caso ele não seja reeleito esse ano. Detalhe: o Dr. José Eliton possui fortes ligações com a poderosa ala OAB Forte.
Com Caiado
A direção estadual do PDT conversa hoje com o pré-candidato do PDT ao governo, senador Ronaldo Caiado (DEM), por determinação do presidente nacional do partido, Carlos Lupi. Decisão sobre quem apoiar na eleição de governador deverá ser anunciada até amanhã, segundo o presidente do partido, George Morais.
PSD faz convenção
PSD faz convenção nesse domingo às 9h, na sede do partido, quando oficializará decisão de se coligar com o PSDB. A previsão, segundo dirigentes do partido, é que o ato dure cerca de 30 minutos. Não haverá festa e nem discursos.
Consultor
O ex-superintendente de Relações Públicas no governo de Maguito Vilela, Semi Peres, atua como uma das cabeças pensantes no staff da candidata a deputada federal pelo MDB, advogada Wdineia Oliveira.
Advogado prevê impugnação
Embora disponha de liminar obtida junto ao STF que lhe autoriza disputar mandato nessas eleições, o ex-senador Demóstenes Torres (PTB) deverá ter sua candidatura à Câmara Federal impugnada pelo procurador Regional Eleitoral, tão logo seja requerido o registro na Justiça Eleitoral. A análise é do advogado Dalmi de Faria, especialista em Direito Eleitoral.
Validade provisória
Dalmi de Faria argumenta que por se tratar de liminar, a sua validade é provisória. Assim, a qualquer tempo que houver a apreciado do mérito da ação, o registro da candidatura cairá por terra, se a liminar não for confirmada. O advogado, contudo, avalia que por se tratar de liminar do próprio STF, é pouco provável que ela deixe de ser confirmada no julgamento do mérito. Para o advogado, é praticamente certo que a candidatura será impugnada pelo procurador eleitoral. Mas por sua vez, o T.R.E. não terá como negar o registro, mas o concederá condicionado à confirmação da liminar.
Fotos: Divulgação/Divulgação/Fernando Leite