Goiás é o quinto estado no País em incidência de casos de dengue. Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) apontam que nas primeiras cinco semanas de 2024, Goiás registrou 22.275 casos de dengue e duas mortes, o que representa um aumento de 58% na comparação com o mesmo período de 2023. Por essa razão, o governo de Goiás decretou situação de emergência em saúde pública, depois que o Estado atingiu, por quatro semanas epidemiológicas consecutivas, a taxa de incidência de casos suspeitos de dengue acima do limite definido no Plano de Contingência Estadual para Arboviroses.
Em resposta à situação, a busca por meios de afastar o Aedes aegypti, mosquito responsável pela transmissão da doença, vem aumentando, e um dos setores que mais consegue observar essa mudança é o de supermercados. O presidente da Associação Goiana de Supermercados (Agos), Sirlei Antônio do Couto, conta que houve uma procura maior por repelentes e inseticidas de vários tipos: “Produtos espirais, eletrônicos, loções líquidas e em creme, citronela. O aumento é significativo, de 20% a 30%, na venda desses produtos. Mas os supermercados estão abastecidos com estoques para atender a demanda”, assegura.
Vendas
O proprietário da rede goiana de supermercados Super Zé, José Elias de Paula, relata ter notado o crescimento nas vendas de repelentes entre dezembro e o início do mês de fevereiro. “Estamos até aumentando o espaço nas gôndolas para esses produtos”, afirma. Para ele, é notável que a saída desses itens se destaca pelo medo da dengue, causada pelo mosquito Aedes aegypti e de outras doenças que podem ser transmitidas pelo inseto, como a Chikungunya e a Zika, que também tiveram alta no Estado.
Prevenção
Os repelentes possuem algumas substâncias que afastam os mosquitos, como as DEET, Icarina (ou Picaridina) e EBAAP (ou IR3535), mas nem todos podem ser usados pelo público em geral. Para crianças acima de 6 meses é indicado o uso de produtos com EBAAP; produtos com DEET são recomendados apenas para crianças acima de 2 anos, assim como algumas versões de produtos com Icaridina. Não há contraindicações ao uso de repelentes para gestantes ou idosos.
A seguir, saiba como se prevenir das picadas, mas sem colocar a saúde da sua família em risco.
Na hora da compra
Crianças: cuidado especial
O uso de repelentes em crianças requer cuidado ainda maior. Não é porque o produto possui a indicação “kids” ou termos semelhantes no rótulo que significa que o uso é irrestrito. Para bebês de até seis meses, por exemplo, não é recomendado utilizar repelentes, pois o risco de intoxicação é alto.
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, após essa idade, há fórmulas com substâncias em concentrações específicas mais adequadas para os pequenos. Além disso, o número de aplicações se diferem. Confira:
É importante lembrar que o rótulo do produto deve indicar a forma e frequência de uso.
Gestantes
De acordo com a Anvisa, o uso de repelentes não é contra-indicado para gestantes, mas é importante conferir na embalagem se a marca escolhida é liberada para mulheres nessa condição.
Adultos
Para adultos em geral, a Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda o uso de repelente com as seguintes substâncias em suas fórmulas: Icaridina 20 - 25%, duração de 10 horas; DEET 10-15%, duração de 6 a 8 horas; e IR3535, duração de 4 horas. Todos devem ser aplicados até três vezes ao dia.
Durante o uso