O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, sancionou nesta quarta-feira (30/7) a Lei nº 92/2025, que define um novo horário de funcionamento para distribuidoras de bebidas alcoólicas na capital. De acordo com o texto, os estabelecimentos poderão operar com atendimento presencial das 5h às 23h59. Após esse horário, o funcionamento será permitido exclusivamente via delivery. A nova legislação foi publicada no Diário Oficial do Município nesta mesma data e entra em vigor imediatamente.
A medida foi apresentada como uma estratégia de combate à criminalidade e de ordenamento urbano. “Goiânia será a capital mais segura do país”, afirmou Mabel durante a sanção da lei. Segundo ele, a iniciativa busca aliar desenvolvimento urbano à preservação da segurança pública. “Precisamos tomar decisões e fazer o que é bom para a cidade”, completou.
Segurança em foco
Dados da Polícia Militar de Goiás apontam que 43,8% das tentativas e/ou homicídios consumados em 2024 ocorreram em bares ou nas portas de distribuidoras de bebidas. O comandante do Policiamento da Capital, coronel Batista, endossou a medida. “Tenho a certeza de que, em breve, estaremos aqui apresentando aos senhores a redução dos índices de homicídio na capital”, declarou.
O projeto foi apresentado pelo vereador Sargento Novandir, que comemorou a aprovação da proposta. “O prefeito teve coragem. Em gestões passadas, nós tentamos apresentar esse projeto de lei, mas não tivemos apoio. Hoje, o Mabel nos apoiou de forma excelente e, por isso, deu certo”, ressaltou.
Apoio popular e institucional
A nova norma foi bem recebida por parte da população e autoridades. Uma pesquisa citada pela Prefeitura mostra que 73,6% dos goianienses são favoráveis à mudança, e 61,5% já presenciaram comportamentos inadequados próximos a distribuidoras durante a madrugada. Além disso, 45,8% acreditam que a nova lei contribuirá para reduzir o uso de drogas e a violência na cidade.
A promotora de Justiça Alice Freire, da 7ª Promotoria de Justiça de Goiânia, afirmou que a legislação atende a uma demanda da própria sociedade. “Distribuidora não é bar. Ela exerce uma atividade comercial que é a venda e distribuição de bebidas, mas não para consumo no local”, enfatizou. Para ela, a organização dos espaços urbanos é essencial para o sossego e a segurança da população.
Moradores também se manifestaram favoravelmente à medida. “Eu sou a favor desse projeto porque, depois da meia-noite, só vira bagunça. Só vira briga, discussão na rua”, afirmou Maria Divina da Silva, moradora do bairro Jardins do Cerrado.
Com a nova lei, a Prefeitura espera um impacto positivo direto na redução da violência urbana e na qualidade de vida dos moradores. A fiscalização das distribuidoras ficará a cargo dos órgãos municipais em conjunto com as forças de segurança pública.
Foto: Agência Brasil