A Justiça de Goiás determinou a perda do cargo público ocupado pelo delegado Rafhael Neris Barboza. As irregularidades, segundo denúncia, aconteceram na Delegacia da Polícia Civil de Uruaçu, e foram descobertas em novembro de 2018.
Na época da acusação, os depoimentos dos escrivães indicaram que o delegado teria se apropriado indevidamente de cinco celulares, um refrigerador e uma televisão em 2019. Após assumir o comando da delegacia em 2018, Rafhael alegou ter encontrado itens abandonados e uma quantia em dinheiro sem origem conhecida.
No entanto, quando foi transferido para outra cidade, o novo delegado de Uruaçu, Fernando Martins, realizou um inventário e identificou doações inadequadas de objetos ligados a inquéritos em andamento.
Conforme a decisão, o acusado praticou dois crimes de peculato-desvio consumado, que causaram "lesão ao erário", além de manchar a "imagem do funcionalismo público local". Com isso, decidiu que as atitudes do policial não são compatíveis com o exercício da função pública e que ele deveria deixar o cargo.
O caso ganhou repercussão depois que Rafhael investiu R$15 mil de sua conta para reformar as instalações da delegacia de Uruaçu, mas as irregularidades encontradas pelo novo delegado levaram à abertura de inquérito e à condenação por desvio de bens.
Em nota, o delegado Rafhael Barboza afirmou que não se apropriou dos bens e que apenas os doou para pessoas em recuperação, “com único intuito de ajudar”.