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BRASIL

ZIKA

Fiocruz descobre que pernilongo pode transmitir zika

De acordo com a FioCruz, o vírus consegue alcançar a glândula salivar do pernilongo, o que indicaria que o inseto pode ser um dos transmissores do vírus Zika

09/08/2017 às 14h44


POR Izadora Resende

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Cientistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Pernambuco, sequenciaram o genoma do vírus Zika, coletado no organismo de mosquitos do gênero Culex. Com o sequenciamento, foi descoberto que o vírus consegue alcançar a glândula salivar do animal, o que indicaria, segundo a instituição, que o pernilongo pode ser um dos transmissores do vírus Zika.

Os resultados foram publicados nesta quarta-feira (9), na revista Emerging microbes & infections, do grupo Nature. O artigo intitulado “Zika virus replication in the mosquito Culex quinquefasciatus in Brazil” pode ser encontrado na íntegra na internet.

Os mosquitos do gênero Culex foram Colhidos na Região Metropolitana do Recife, já infectados. Então, a equipe do Departamento de Entomologia da instituição conseguiu comprovar em laboratório, que o vírus consegue se replicar dentro do mosquito e chegar até a glândula salivar. Foi fotografado também, pela primeira vez através de microscopia eletrônica,a formação de partículas virais do Zika na glândula do inseto.

Também foi comprovada a presença de partículas do vírus na saliva expelida do Culex, coletadas pelos cientistas. De acordo com a Fiocruz, o artigo “demonstra” a possibilidade de transmissão do vírus Zika por meio do pernilongo em Recfie.

Agora, será analisado “o conjunto de suas características fisiológicas e comportamentais, no ambiente natural, para entender o papel e a importância dessa espécie na transmissão do vírus Zika”, segundo informações prestadas pela instituição em comunicado.

O genoma do zika já havia sido sequenciado em 2016 pelo Departamento de Virologia e Terapia Experimental da Fiocruz Pernambuco, em parceria com pesquisadores da Universidade de Glasgow, mas na ocasião foi usada uma amostra humana. Esse sequenciamento é uma espécie de mapa de cada gene que forma o DNA do vírus. Agora, pela primeira vez no mundo, o mapeamento é feito a partir do mosquito.

Mais informações serão concedidos à imprensa nesta tarde, na sede da Fiocruz Pernambuco, no Recife.

Foto: FioCruz/Divulgação

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