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COLUNISTAS

BRASIL

TECNOLOGIA

As escolas estão preparando os brasileiros para o futuro?

Estudos mostram que cerca de 85% das profissões demandadas em 2030 ainda não existem

09/02/2018 às 19h00


POR Redação

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A evolução rápida da tecnologia está impactando cada vez mais o mercado de trabalho. O sistema educacional continua educando para a era industrial, quando estamos na era da informação, considerada também a quarta revolução industrial, onde criatividade, domínio da tecnologia, trabalho em equipe, resolução de problemas e pensamento lógico se tornam habilidades mais do que essenciais. 

Há uma década, vivemos a era dos telefones inteligentes - os smartphones - e seus aplicativos. Waze, WhatsApp, Uber, redes sociais, e aplicativos de jornais, revistas, bancos e tantos outros passaram a fazer parte do nosso dia a dia. Há uma nova (r)evolução tecnológica em curso. Por isso, a linguagem de programação passa a ser o inglês do século 21. A comparação mostra a importância deste “empoderamento tecnológico”, que permite com que crianças e adolescentes manipulem computadores e celulares não apenas como usuários, mas como criadores de conteúdo. Mas como preparar nossas crianças? O ensino de programação e robótica deveria ser obrigatório nas escolas do país, como aconteceu em outros países como Japão, Coreia do Sul, Finlândia e Alemanha fizeram décadas atrás.

“Estamos a bordo de uma revolução tecnológica silenciosa que está transformando fundamentalmente a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. A saída é promover o ensino criativo e tecnológico desde cedo. As crianças hoje mostram o interesse por tecnologia, robótica e programação antes dos 11 anos. Além disso, poucas escolas particulares e públicas dispõem de metodologias, tecnologias e laboratórios específicos para as crianças, por isso é fundamental incentivarmos o contato correto e monitorado dessas crianças e adolescentes com a tecnologia”, explica Rommel Sena, franqueado da SuperGeeks Goiânia, primeira escola de Tecnologia para crianças e adolescentes do Brasil.

Ainda segundo o executivo da SuperGeeks Goiânia os profissionais do futuro vão precisar ter algumas habilidades específicas, como domínio da tecnologia (linguagem de programação e robótica), de comunicação e negociação e inglês. "O mundo vai ser essencialmente digital. Precisamos nos adaptar e usar a programação como forma de inovação, independente da profissão que formos seguir, isso também inclui as profissões tradicionais, como medicina, direito e contabilidade. Tecnologias como o Watson da IBM já tem impactado estas áreas”, comenta Rommel.

Além disso, estudos mostram que cerca de 85% das profissões demandadas em 2030 ainda não existem. De acordo com McKinsey & Company, empresa de consultoria empresarial americana, no mundo entre 400 milhões e 800 milhões serão afetados pela automação até 2030, a depender do ritmo de avanço tecnológico. Só no Brasil 15,7 milhões de trabalhadores serão afetados pela automação até 2030, principalmente aqueles relacionados a funções administrativas e industriais. 

Rommel Sena destaca também que será preciso aprender a trabalhar lado a lado com robôs colaborativos para aumentar a produtividade. Isso gera espaço para exercer funções mais complexas e criativas. “O profissional não será responsável apenas por exercer uma parte específica, mas por todo um processo produtivo, por isso é fundamental que as crianças e adolescentes se prepararem para essa nova realidade de mercado. Na SuperGeeks, por exemplo, ensinamos a linguagem de programação onde eles podem desenvolver sistemas, aplicativos e games. As crianças e adolescentes tem contato direto com a robótica, realidade aumentada, inteligência artificial e várias linguagens de programação”, explica.

A inteligência artificial (I.A.) inclusive não é algo futurista. Ela já é uma realidade muito mais presente em nossas vidas do que imaginamos. Segundo estudo do Bank Of America Merril Lynch, sistemas dotados de I.A. movimentarão US$ 70 bilhões já nos próximos quatro anos, começando pelo próprio setor bancário, com redução de custos, ganhos de eficiência, automatização de processos e sistemas antifraude. No Brasil uma das plataformas de computação cognitiva que é mais conhecida, o Watson, já tem sido utilizada em várias áreas como Call Centers, atendimento bancário, além do auxílio em hospitais (O Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, utiliza a plataforma de reconhecimento visual no tratamento de câncer e em outras aplicações).

Foto: Divulgação