A Polícia Federal tem até 28 de janeiro para ouvir o presidente Jair Bolsonaro sobre o vazamento de documentos sigilosos de um inquérito envolvendo um ataque hacker no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O prazo foi estabelecido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator de um inquérito sobre a divulgação dos dados sigilosos de uma investigação sobre um ataque ao sistema do Tribunal Superior Eleitoral. No ano passado, Moraes deu 60 dias para a PF realizar o depoimento do presidente.
O despacho de Moraes se deu em um inquérito aberto no STF para apurar a divulgação da investigação sigilosa por parte de Bolsonaro. O presidente divulgou essas informações em suas redes sociais no ano passado, primeiro durante uma live ao lado do deputado Filipe Barros (PSL-PR) e depois publicando a íntegra em sua página no Facebook.
Na transmissão, Bolsonaro e o deputado Filipe Barros comentaram o inquérito sobre o ataque ao TSE, que era sigiloso. Em seguida, o presidente divulgou a íntegra da investigação nas redes sociais.
O TSE divulgou resposta, à época, esclarecendo que o acesso aos sistemas do Tribunal não representou risco à integridade das eleições de 2018, já que, segundo o TSE, o código-fonte dos programas utilizados passa por sucessivas verificações e testes que fazem com que seja possível identificar qualquer alteração ou manipulação.