Pai e filho, os deputados Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) respectivamente, junto com o senador Ivo Cassol (PP-RO), foram flagrados numa conversa com agenciadores de uma rede de prostituição atuante nas regiões nobres do Distrito Federal e no Rio Grande do Sul. O caso está sob investigação da Polícia Cívil de Brasília.
Os agentes destacaram que os parlamentares e seus funcionários não eram os alvos do inquérito, mas apareceram em conversas relevantes com o cafetão. João Wilson Costa Sampaio é suspeito de fazer o agenciamento de garotas de programa e de marcar encontros sexuais em Porto Alegre e Brasília. As gravações estavam sendo monitoradas nos últimos meses, com autorização judicial.
De acordo com a Polícia Civil do DF, o cafetão oferecia até a própria companheira como prosituta. Eles têm dois filhos juntos.
As mulheres serviam como isca para uma aproximação com os parlamentares. Os diálogos interceptados mostram que um dos interesses do suspeito era regulamentar a fosfoetanolamina, conhecida popularmente como "pílula do câncer".
Intimidade
O senador Ivo Cassol demonstra, em um dos áudios, ser íntimo do suspeito e de uma garota de programa, identificada como Gabriela.
No último dia 10 de maio, João Wilson estava no gabinete do senador e telefonou para a jovem. Às 17h34, eles conversaram, e em um dado momento, Cassol pega o telefone.
Segundo informações do texto transcrito no inquérito, na conversa com a garota de programa o parlamentar questiona se ela irá à Brasília, e ela responde que sim. Logo, ele pergunta se “ela virá sozinha ou com mais gente” e insiste para encontra-la pessoalmente.
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