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POLÍTICA

LIDERANÇA

Lançar vários candidatos iria desestimular as lideranças, diz Caiado

Recém-recuperado do acidente que sofreu ao tentar domar uma mula, em outubro deste ano, Ronaldo Caiado contou que as articulações continuam fortes

20/12/2017 às 15h32


POR Redação

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O líder do Democratas no Senado, Ronaldo Caiado, afirmou em entrevista à Rádio 730 na manhã desta terça-feira (20) que o anseio das principais lideranças de oposição do interior do Estado é que a política de conciliação prevaleça nas articulações para as eleições de 2018. Segundo o senador, lançar vários candidatos seria um fator de enorme desestímulo às lideranças goianas.

“O manual da boa política prega a conciliação e a identificação de critérios. Se cada partido lançar seu candidato, o governo vai comemorar. A divisão é exatamente o que o governo quer. Lançar vários candidatos na oposição seria o mesmo que mostrar falta de sensibilidade com nossas lideranças no interior, que anseiam ver um governo que poderá respaldar suas ações. Se não há unidade, há o desestímulo das lideranças locais”, avaliou.

Recém-recuperado do acidente que sofreu ao tentar domar uma mula, em outubro deste ano, Ronaldo Caiado contou que as articulações continuam fortes. “Estamos conversando muito, nos reunindo com lideranças, prefeitos, vereadores, ex-prefeitos, ex-vereadores do Estado todo no sentido de buscar o sentimento das oposições. E tem também aqueles que estão insatisfeitos com os rumos do governo que estamos conversando. Mas não vamos citar nomes porque o governo logo vai atrás com represálias. As oposições estão buscando unidade para termos critérios para escolher uma candidatura única para vencermos as eleições”, disse.

Na entrevista, Ronaldo Caiado voltou a ressaltar a importância do PMDB para Goiás. “Jamais neguei a importância do PMDB. O que estamos discutindo agora não é estrutura partidária, mas quem terá essas credenciais para ter apoio popular. Isso é importante em uma eleição majoritária. Quando há uma coligação, você não diferencia Democratas do PMDB. Todos são transformados numa coligação. Não pode ter a tese separatista”, ressaltou.

O parlamentar aproveitou também para responder às críticas de que não teria se licenciado do Senado para ceder espaço ao seu suplente, o ex-deputado estadual Luiz Carlos do Carmo (PMDB). “Eu nunca poderia prever essa quantidade de complicações que tive após o acidente em 13 de outubro. Lógico que se pudesse prever todas essas complicações, meu suplente teria assumido o período”, disse.

Sobre as últimas pesquisas eleitorais que o apontam como líder na disputa ao governo de Goiás, o senador disse que elas deixam claro o encerramento do ciclo do atual governo. “Sou o pré-candidato com menor rejeição. Isso me sensibiliza mais até do que estar em primeiro lugar para intenção de voto. O que pesquisa mostra hoje? Que chegamos ao final de um ciclo. Acabou. Essa é a mensagem maior que cidadão passa ao ser entrevistado. A chances reais da oposição chegar ao poder é clara. Não podemos errar. Qualquer candidatura alavancada pelo governo já sinaliza naufrágio”, afirmou.

Para Ronaldo Caiado, o atual governo decepcionou os goianos. “O governo deixou muito a desejar. Tenho feito uma radiografia do Estado e a situação é calamitosa. Goiás está fechando o ano com déficit de R$ 2 bilhões. O estado acumula uma dívida de R$ 19,5 bilhões com o Tesouro, bancos, concessões. Já vendeu tudo que tinha. Agora está tirando R$ 800 milhões para pagar folha de funcionários. As obras estão inacabadas. O Estado está todo dilapidado. Eu criei um termo que definir esse grupo que está no poder que formou: a Oligarquia dos Carrapatos”, citou.

Foto: Reprodução