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POLÍTICA

ELEIÇÕES

Cenário é amplamente favorável a mais um mandato para Caiado

Governador já disse que será candidato à reeleição, mas não quer adiantar articulações ou discutir composições, por ora, em razão do foco obrigatório na pandemia

30/04/2021 às 13h00


POR Redação

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Decidido a disputar a reeleição em 2022, o governador Ronaldo Caiado (DEM) colhe hoje os frutos de uma fase favorável em todas as áreas: popularidade crescente nos mais variados segmentos da sociedade, ampliação do seu leque de apoio partidário e uma infinidade de resultados positivos em áreas importantes, tais como as políticas para a Educação, Segurança Pública, Infraestrutura e Saúde, nesse último caso principalmente no combate à pandemia da Covid-19.

Diversos institutos de pesquisas, que realizam levantamentos ano passado, como Paraná, Grupom, Diagnóstico, Directa e Real Time Big Data, mostraram elevada aprovação do governo Ronaldo Caiado, em alguns casos com percentuais acima de 70%, com dados registrados nas 246 cidades goianas.

Um dos destaques apontados nas pesquisas qualitativas se refere ao reconhecimento da população goiana ao trabalho do governador no combate à corrupção, o que projeta a confirmação do seu nome como homem político e gestor “honesto e ético”. E, de fato, essa é a biografia de Caiado, construída à base da intransigência com desvios e irregularidades em qualquer campo, administrativo ou moral.

Com o respaldo de 12 partidos desde as eleições de 2018, quando chegou ao Palácio das Esmeraldas com vitória já no primeiro turno, Caiado hoje tem potencial para conversações com o MDB, Republicanos, Progressistas, PROS, Solidariedade e PDT (o PL, por enquanto, está fora do radar caiadista).

Parece certo o restabelecimento da aliança com o Progressistas, rompida a partir de uma entrevista do presidente estadual da legenda Alexandre Baldy, em que exigiu um posicionamento do governador a favor da candidatura de Arthur Lira à presidência da Câmara e ainda ameaçou com a possibilidade não apoiar a reeleição em 2022, apesar de usufruir de cargos de destaque no governo. O deputado federal Adriano do Baldy, líder do PP, repete a cada dia que o PP continua na base de apoio do governador.

Um trunfo de Caiado: prefeitos desses partidos sinalizam que querem aproximação com o Palácio das Esmeraldas tanto administrativa quanto eleitoralmente, o que, certamente, contribuirá para a aproximação de legendas hoje oposicionistas com o Democratas. Da mesma forma, quanto ao MDB, Republicanos e demais partidos que estão executando a dança de aproximação com o governo.

O debate para formatação de chapa majoritária – governador, vice e senador – ainda não foi iniciado pelo Palácio das Esmeraldas, o que deverá ocorrer a partir de janeiro de 2022, mas os entendimentos para as alianças partidárias, obviamente, já estão em curso.

MDB: reservado para ser novidade de impacto na chapa da reeleição

O governador Ronaldo Caiado joga pesado: ele tem até mesmo a chance de contar com o apoio do MDB para corrigir o que muitos consideram “erro histórico” do partido de Daniel Vilela, que ocorreu com a candidatura a governador do filho de Maguito Vilela em 2018, quando emedebistas romperam o acordo com o DEM construído em 2014 e partiram para uma aventura eleitoral própria.

Nos bastidores, especula-se sobre a possibilidade de lançamento da candidatura de Iris Rezende ou de Daniel Vilela o Senado, retomando a aliança DEM-MDB e de certa forma honrando o legado de conciliação e pacificação política de Maguito.

O Republicanos, do prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, é outro “objeto de desejo” do Palácio das Esmeraldas, com um eventual lançamento de candidatura a vice-governador indicado pelo partido (no caso o atual deputado federal João Campos).

O Solidariedade, que é comandado em Goiás pelo ex-deputado federal Armando Vergílio e pelo filho, deputado federal Lucas Vergílio, já iniciaram conversações com o governador para integrar a administração estadual e selar acordo para o pleito do ano que vem.

O governador também dialoga com Eurípedes Júnior, presidente nacional do PROS e presidente interino do partido em Goiás desde a saída do ex-deputado Samuel Almeida. O PROS tem uma bancada de deputados na Assembleia Legislativa, que já integra o bloco governista.

O PDT, que apoiou a reeleição de Caiado em 2018, vai ser chamado para conversar sobre participação na administração estadual e manter a aliança com o DEM para o próximo pleito eleitoral em Goiás. O partido é comandado pelo ex-prefeito de Trindade, George Morais e sua mulher, deputada federal Flávia Morais.

O Progressistas, que é dirigido em Goiás pelo ex-ministro Alexandre Baldy, não esteve alinhado com o DEM em 2018, quando apoiou a candidatura de Daniel Vilela, mas aderiu ao governo Caiado em 2019, mas vive um momento de atrito com o Palácio das Esmeraldas. Bombeiros, entre eles o prefeito de Anápolis Roberto Naves, que cresceu politicamente após a reeleição, tenta reaproximar o PP do governo e assegurar aliança eleitoral para 2022.

Em resumo: se o cenário político-eleitoral já era bom em 2028 para Ronaldo Caiado e o Democratas, tudo indica que a situação evoluiu e está ainda mais consolidada, o que anima os governistas em relação às eleições do ano que vem.