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VACINA

Vacina russa Sputnik V é 91,6% eficaz contra a covid-19

Resultados preliminares de um estudo clínico de fase 3 foram publicados na revista The Lancet nesta terça-feira (2)

02/02/2021 às 19h30


POR Redação

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A vacina russa Sputnik V foi 91,6% eficaz na prevenção de casos sintomáticos da covid-19, de acordo com resultados revisados ​​por pares de um ensaio clínico em estágio final publicado na revista científica The Lancet nesta terça-feira (2).

Os cientistas disseram que os resultados do teste de Fase 3 - a última etapa de testes em humanos - significam que o mundo tem outra arma eficaz para combater a pandemia mortal e justificam, em certa medida, a decisão de Moscou de lançar a vacina antes que os dados finais sejam divulgados.

Os resultados, coletados pelo Instituto Gamaleya em Moscou, que desenvolveu e testou a vacina, estavam de acordo com os dados de eficácia relatados nos estágios anteriores do ensaio, que está sendo executado em Moscou desde setembro.

"O desenvolvimento da vacina Sputnik V foi criticado pela pressa imprópria e pela ausência de transparência", disse o professor Ian Jones, da Universidade de Reading, e a professora Polly Roy, da Escola de Higiene e Medicina tropical de Londres, ambas na Inglaterra, em um comentário compartilhado pelo The Lancet.

"Mas o resultado relatado aqui é claro e o princípio científico da vacinação é demonstrado", disseram os cientistas, que não participaram do estudo. "Outra vacina pode agora se juntar à luta para reduzir a incidência da covid-19."

 

Os resultados foram baseados em dados de 19.866 voluntários, dos quais um quarto recebeu um placebo, disseram os pesquisadores, liderados por Denis Logunov do Instituto Gamaleya.

Desde o início do ensaio em Moscou, houve 16 casos sintomáticos de covid-19 entre as pessoas que receberam a vacina, e 62 entre o grupo do placebo, de acordo com os cientistas.

Isso mostrou que um esquema de duas doses administradas com 21 dias de intervalo da vacina - que é baseada em dois vetores de adenovírus diferentes - tiveram 91,6% de eficácia contra casos sintomáticos de covid-19.