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COLUNISTAS

BLOG DO JLB | José Luiz Bittencourt

POLÍTICA

Momento Político - 28 De Outubro De 2019

28/10/2019 às 07h00


POR BLOG DO JLB | José Luiz Bittencourt

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REFORMA DA PREVIDÊNCIA É O MAIOR DESAFIO QUE UM GOVERNADOR JÁ ENFRENTOU EM GOIÁS

Nesta semana, chega à Assembleia o projeto de reforma da previdência estadual – que pode ser definido como o maior desafio que um governador já enfrentou em Goiás, em qualquer tempo. Trata-se de um verdadeiro vespeiro, envolvendo direitos e expectativas de milhares e milhares de servidores, por um lado, e a sustentabilidade financeira do Estado, por outro. Antes do governador Ronaldo Caiado, todos os inquilinos do Palácio das Esmeraldas, desde sempre, fugiram desse enfrentamento, deixando que se acumulasse o que hoje se transformou em um déficit anual de quase R$ 3 bilhões, subindo sem parar, com chances de chegar ao dobro em menos de 10 anos. Mexer com isso não é para qualquer um – e Caiado deve estar se sentindo fortalecido o suficiente para se lançar nessa que será uma batalha sangrenta, mesmo porque deputado não gosta de votar contra o funcionalismo – especialmente numa Assembleia em que muitos parlamentares são da carreira. Mas a reforma é item prioritário do “dever de casa”, talvez o mais crucial, e a partir de agora é luta que o governador vai peitar para tentar inscrever o seu nome entre os inquilinos de maior destaque do Palácio das Esmeraldas.

DEBATE SOBRE INCENTIVOS FISCAIS OCORRE EM TODO O PAÍS E NÃO SÓ EM GOIÁS

Em um grande número de Estados, não só em Goiás, ferve neste momento o debate sobre os incentivos fiscais – Tocantins, Santa Catarina, Paraíba, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Pará e até o Amazonas da sacrossanta Zona Franca de Manaus, de importância econômica m undial. A exemplo de Goiás, há CPI também no Mato Grosso, investigando os descaminhos das isenções de ICMS dos últimos anos. Está claro, em todo o país, que não dá mais para ancorar o desenvolvimento regional apenas na distribuição desvairada de regalias tributárias, como aconteceu em Goiás, de onde saem, por exemplos, carros da Hyundai que custam R$ 100 mil reais e recolhem R$ 250 reais de impostos, ou frangos que são vendidos pelo mesmo preço daqueles produzidos por frigoríficos de zonas não incentivadas, embora os daqui sejam isentos de ICMS. Já é hora de dar um basta nessa situação.

HAROLDO CAETANO NÃO PASSA PELO SENADO PARA INTEGRAR O CNMP

Depois de ter o nome do procurador Lauro Machado rejeitado pelo Senado para compor o Conselho Nacional do Ministério Público, o MP de Goiás insiste no erro e acaba de escolher o promotor Haroldo Caetano para concorrer a uma vaga no CNMP. Se passar pelo filtro inicial, que é a aprovação das seções estaduais da instituição, Haroldo Caetano está destinado a levar dos senadores – em sua maioria conservadores - reprovação ainda pior que a de Lauro Machado. Ele assinou manifesto contra o impeachment de Dilma Rousseff (apresentando-se como “jurista), apoiou os blacks blocs, foi a manifestações a favor do PT e, em relação aos próprios colegas, escreveu artigos contra o auxílio alimentação. Seria um ótimo currículo nos tempos da esquerda no poder.

  NOVA POSTURA DE INDEPENDÊNCIA DA ASSEMBLEIA JUSTIFICA A REELEIÇÃO DE LISSAUER

A semana que se inicia será marcada pela consolidação de mais um período para Lissauer Vieira como presidente da Assembleia: ele permanecerá no posto até 31 de janeiro de 2023, um mês a mais que o atual mandato do governador Ronaldo Caiado. É a primeira vez que ocorre uma reeleição dentro da mesma Legislatura e mais surpreendente ainda com a folgada antecipação – o pleito, em condições normais, só ocorreria em meados do ano que vem. Lissauer Vieira encarna a nova postura de independência do Legislativo face ao Executivo, algo inédito na história da Assembleia e uma nova realidade que os agentes políticos estaduais acabaram tendo que digerir, dada a eficiência da manobra comandada pelo deputado de Rio Verde.

 VAGA DE DESEMBARDOR DA OAB-GO DEVE FICAR PARA ALGUÉM LIGADO AO GOVERNO

Começam agora em novembro as inscrições junto à OAB-GO dos advogados interessados em integrar a lista sêxtupla para o preenchimento de uma vaga de desembargador referente ao quinto constitucional. Dois candidatos potenciais são tidos como os mais fortes: o secretário da Casa Civil Anderson Máximo e o secretário de Governo Ernesto Roller, o primeiro procurador do Estado e o segundo advogado de carreira. O atual presidente da Ordem Lúcio Flávio sempre criticou a indicação de nomes ligados ao governismo e, mais ainda isso, fez do compromisso de não repetir essa prática uma das principais bandeiras das suas duas eleições para o comando da OAB-GO. Mas, agora, caminha para repetir um comportamento que condenou com veemência. Ele já tem um irmão nomeado e consta que fez mais indicações à sombra do Palácio das Esmeraldas. Caso típico de faça o que eu falo, não o que faço.

UMA PEDREIRA CHAMADA ANTÔNIO GOMIDE NO CAMINHO DE ROBERTO NAVES

Não é para qualquer um a pedreira que espera o prefeito Roberto Naves no ano que vem: enfrentar nas urnas o maior mito eleitoral da história de Anápolis, maior até que os dois irmãos Santillo (na primeira fase), ou seja, o deputado estadual e ex-prefeito Antônio Gomide – que já administrou a cidade e saiu com 85% de aprovação, índice que pode ser considerado como praticamente uma unanimidade. Até agora, Naves não tem nenhum trunfo: sem partido (deixou o PTB), procura um jeito para se aproximar do governador Ronaldo Caiado, sonhando adquirir alguma força (Caiado é nascido em Anápolis e tem influência política lá). Também não faz uma gestão que possa ser considerada diferenciada, no máximo um feijão com arroz que investe pesado em publicidade – muito além do razoável para uma prefeitura daquele tamanho.

EM RESUMO

  • Fim de ano animado na Assembleia: além do polêmico projeto de reforma da previdência, devem chegar à Casa matérias tão importante quanto, dentro do ajuste que o governo Ronaldo Caiado enfim resolveu enfrentar.

 

  • A comentada candidatura do deputado federal Elias Vaz, pelo PSB, a prefeito de Goiânia, se acontecer, é repetitiva, nem um pouco inovadora e tem sabor de “velha política” – em termos de esquerda, naturalmente.

 

  • Atendendo a requerimento do deputado federal José Nelto, o TCU enviou à Câmara um dossiê detalhado sobre as falhas nos serviços de energia elétrica em Goiás, de 2015, época da antiga Celg, até hoje, hora da Enel.

 

  •  O Popular noticiou que um projeto aprovado, o que liberou os depósitos judiciais, seria alvo de obstrução por parte da oposição. Notícia errada, óbvio. Onde é que já se viu obstruir matéria já transformada em lei?

 

  • O ministro da Economia Paulo Guedes estuda a hipótese de extinção de 300 fundos mantidos pelo governo federal, inclusive o FCO – suspeito de muito pouca eficiência como promotor do desenvolvimento regional.

 

  • Para um amigo, o ex-governador Marconi Perillo deveria deixar de lado a expectativa de voltar à política. “Ninguém sobrevive a 5 operações policiais: Monte Carlo, Lava Jato, Decantação, Cash Delivery e Compadrio”, diz.

 

  • Saiu cálculo atualizado sobre os gastos do governo de Goiás com a folha de pagamento: de cada R$ 100 referentes à Receita Líquida Corrente, R$ 86 vão para quitar os salários dos funcionários públicos ativos e inativos. 

 

  • O longa-metragem “Iris Rezende – Uma Vida em Movimento”, lançado dia 24 último, deixou o prefeito de Goiânia feliz da vida. Com 1:20, o filme começa com Iris criança, fazendo as malas para se mudar para Goiânia.

 

  • O secretário Ernesto Roller e seu assessor Misael Oliveira estão se esforçando no contato com os deputados da base caiadista, buscando recuperar o terreno perdido como articuladores do governo do Estado.