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BLOG DO JLB | José Luiz Bittencourt

POLÍTICA

Momento Político - 26 De Junho De 2019

26/06/2019 às 08h32


POR BLOG DO JLB | José Luiz Bittencourt

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CONFIRMADO: ESTRATÉGIA DE DEFESA DE MARCONI E ZÉ ELITON É GANHAR TEMPO NO JULGAMENTO DAS CONTAS

Ao recorrer ao Judiciário e ganhar a liminar que suspendeu a decisão do Tribunal de Contas do Estado que reprovou as contas governamentais de 2018, Marconi Perillo e Zé Eliton, principalmente o primeiro, confirmam que o caminho escolhido para a defesa de ambos e preservação de seus direitos políticos até a próxima eleição é ganhar tempo. Ambos vão tentar retardar ao máximo o encaminhamento do parecer negativo à Assembleia, onde, pelo menos hoje, o clima é hostil e indica a reprovação definitiva das contas – o que suspende a elegibilidade dos dois por oito anos a partir da data da votação. Parece muito difícil que, obrigado a apreciar novamente o assunto, dessa vez com direito de defesa pleno assegurado a Marconi e Zé, o TCE venha a modificar o seu veredito. As irregularidades, pelo que se sabe, são gritantes e não podem, de maneira alguma, ser ignoradas. Quer dizer: a sugestão do Tribunal à Assembleia pela rejeição do balanço será encaminhada, em algum momento, porém quanto mais demorar, melhor.

FIM DA EXTENSÃO DO EIXO ANHANGUERA É A DECISÃO CORRETA

O fim da extensão do Eixo Anhanguera até Trindade, Goianira e Senador Canedo é medida realista, que aponta para a privatização da Metrobus, daqui para o ano que vem – se o governo do Estado tiver juízo. É fato que serão prejudicados milhares de usuários, forçados a pagar por uma passagem mais cara assim que companhias particulares de transporte coletivo assumirem a linha – que não pode ser mantida com a tarifa cobrada atualmente. O governador Ronaldo Caiado vai receber um turbilhão de críticas, porém, pelo menos nesse caso, está tomando o caminho correto – que é a eliminação dos gastos que oneram o caixa estadual e não são sustentáveis. Não é só o Eixo Anhanguera. Praticamente todos os programas sociais herdados dos governos passados carecem de viabilidade financeira. Caiado deveria acabar a maioria e criar um novo padrão de atendimento assistencialistaa quem precisa, enxuto economicamente. Mesmo enfrentando desgastes.

ALEGO ATIVA E CÂMARA ITINERANTE NÃO PASSAM DE DESPERDÍCIO

A Assembleia Legislativa, na gestão de Lissauer Vieira, e a Câmara de Vereadores de Goiânia, desde quando Anselmo Vieira foi o seu presidente, inventaram programas itinerantes com a suposta justificativa de se dirigir em fins de semana a cidades ou bairros para oferecer serviços públicos, consultas médicas, shows musicais e outros “benefícios” aos moradores de cada região. Claro, torrando uma fortuna em dinheiro público, com a intenção disfarçada de gerar ganhos políticos e eleitorais, aproveitando-se da ignorância e da boa vontade da população atingida. Com aluguel de escritórios, palcos móveis, banheiros químicos, tendas, geradores, mesas e cadeiras, a Assembleia gastará R$ 1,2 milhão em um ano, excluído desses cálculo as despesas com servidores e acessórios. No caso do Câmara Itinerante, o desperdício é maior: mais de R$ 3 milhões anuais, despesa, aliás, que o Ministério Público Estadual considerou abusiva e destinada unicamente a fazer a autopromoção dos vereadores. E protocolou ação na Justiça para acabar com a festa. 

CALVÁRIO JUDICIAL DE MARCONI VAI DURAR MAIS DE 10 ANOS

O volume de denúncias contra o ex-governador Marconi Perillo na Justiça, inclusive a última, de natureza criminal, que trata do recebimento de propinas da Odebrecht, exige um pelotão de advogados de defesa – há trabalho, pelo que se calcula, para pelo menos 20 profissionais, entre os quais um, o conhecido Kakay, de Brasília, cobra sozinho o triplo ou quádruplo de todos os demais, somados, já que é estrela de primeira grandeza da advocacia pátria. Estima-se que Marconi passará os próximos 10 anos da sua vida envolvido com esses processos, mais de 20, todos envolvendo ameaças ao seu patrimônio, já indisponibilizado na sua integralidade, inclusive a parte adquirida antes de ser governador do Estado. É um calvário e tanto para quem, por 20 anos, foi uma espécie de semideus para a política em Goiás.

DEPUTADOS QUE DEFENDEM CAIADO SÃO INEXPERIENTES OU DESPREPARADOS

Não há nenhum destaque entre os oito únicos deputados deputados estaduais que, hoje, arriscam-se a defender o governador Ronaldo Caiado nos debates na Assembleia Legislativa. Quer dizer: eles se esforçam, mas, como alguns são novatos e inexperientes e outros, digamos assim, moles demais, acabam perdendo o confronto diário com a oposição – geralmente mais aguerrida e mais barulhenta em todo e qualquer Parlamento. Fazem o possível para vender o peixe de Caiado, mas sem maiores resultados, Álvaro Guimarães, Bruno Peixoto, Amauri Ribeiro, Eduardo Prado, Humberto Teófilo, Jeferson Rodrigues, Paulo Trabalho e Rafael Gouveia, todos políticos no máximo medianos e bastante limitados em termos de qualidades intelectuais ou poder de retórica. Na média, só sabem dar resposta às críticas ao Palácio das Esmeraldas com ataques às administrações passadas, o que está longe do ideal para uma verdadeira bancada governista.

LIMINAR DO STF ACABOU TRAZENDO PROBLEMAS E NÃO SOLUÇÕES

A liminar do Supremo Tribunal Federal que suspendeu por seis meses o pagamento de parcelas da dívida com a Caixa Federal, Banco do Brasil e BNDES criou um problemão para o governador Ronaldo Caiado. É que, por um erro na concepção e redação da ação pela Procuradoria Geral do Estado, foi também pleiteada a inclusão forçada de Goiás no Programa de Equilíbrio Fiscal, destinado dar fôlego financeiro às unidades federadas, que simplesmente não existe e se encontra em tramitação inicial no Congresso. A PGE retificou a petição, substituindo o PEF pelo Regime de Recuperação Fiscal, cujas exigências são draconianas e envolvem medidas de austeridade para as quais não há clima político, já que dependem da aprovação da Assembleia, onde Caiado não tem margem de segurança, e da colaboração dos demais Poderes, inclusive os que têm o mesmo status de autonomia, como os Tribunais de Contas e o Ministério Público Estadual. Ninguém no governo, por enquanto, sabe como esse desafio será resolvido.

SEGREDO: QUANTO ESTÁ CUSTANDO A NOVA IGREJA DE TRINDADE?

O templo que a Igreja Católica está construindo em Trindade, a pretexto de um novo santuário do Divino Pai Eterno, será o segundo maior do país e o terceiro em termos mundiais. Sob seu teto, poderão ser abrigados 250 mil fieis. Detalhe: o custo é mantido em segredo absoluto. As obras dessa verdadeira pirâmide do Egito estão adiantadas, mas só serão concluídas por volta de 2022.

EM RESUMO

  • O prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha está investindo pesado em shows e em um programa de atendimento direto nos bairros. O objetivo de preparar um colchão de popularidade para a reeleição no ano que vem.

 

  • Esta coluna recebeu fotos de moradores de Posse confirmando: o parque de diversões implantado na cidade pelo ex-governador Zé Eliton está mesmo desativado e já apresenta os primeiros sinais de deterioração.

 

  • Opiniões divididas sobre a cavalgada do governador Ronaldo Caiado na pista onde se realizavam as Cavalhadas de Palmeiras: para uns, o público reagiu com aplausos, enquanto, para outros, o que houve foram vaias.

 

  • Mais impostos: para viabilizar o subsídio à tarifa do Eixo Anhanguera, o prefeito de Trindade Jânio Darrot sugere que seja cobrada uma taxa dos proprietários de automóveis registrados na Grande Goiânia. Ideia infeliz.

 

  • A procuradora-geral da República Raquel Dodge, goiana, está a um passo de ser reconduzida pelo presidente Jair Bolsonaro, apesar de não integrar a lista tríplice eleita pelo Ministério Público Federal há poucos dias.

 

  • O governador Ronaldo Caiado só tem mais dois anos e seis meses de mandato, excluindo-se 2022, que é o último ano e será dominado pelo debate sobre a sua própria sucessão, inclusive se será ou não candidato.

 

  • A pergunta que mais se faz entre os políticos interessados na eleição do ano que vem para prefeito de Goiânia é sobre a possível inelegibilidade de Maguito Vilela, que tem condenações por improbidade em 2ª instância.

 

  • Vanderlan Cardoso está totalmente empenhado na construção da sua imagem como parlamentar voltado para temas da modernidade, inclusive como presidente da Comissão de Ciência & Tecnologia do Senado.

 

  • A tentativa mal sucedida de barrar a emenda que permite a reeleição do presidente Lissauer Vieira trouxe um enorme desgaste para o secretário de governo Ernesto Roller. Ele fica no cargo, mas o seu tamanho diminuiu.