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COLUNISTAS

BLOG DO JLB | José Luiz Bittencourt

POLÍTICA

Momento Político - 24 De Junho De 2019

24/06/2019 às 20h11


POR BLOG DO JLB | José Luiz Bittencourt

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IRIS DEVERIA SABER QUE OBRAS NÃO GARANTEM VITÓRIA NAS URNAS

Todo o raciocínio que leva à candidatura de Iris Rezende à reeleição, no ano que vem, é baseado na espetacular disponibilidade de recursos que conseguiu para investir em obras em Goiânia, as quais seriam suficientes para despertar a gratidão dos cidadãos e resultar no seu sucesso nas urnas. Não é bem assim. Iris deve saber que um governo realizador não implica automaticamente em retorno eleitoral: em 1998, quando estava posicionado como o político que mais havia feito em toda a história do Estado, ele disputou o governo do Estado e foi derrotado por um desconhecido e inexpressivo adversário – o jovem Marconi Perillo, que jamais havia exercido um mandato executivo e não tinha conhecimento algum sobre administração pública. Na época, o eleitor goiano trocou um tocador de obras por uma promessa incerta de futuro. Ou seja: já aconteceu com Iris uma vez e ele deveria aprender a lição, evitando cantar vitória antes da hora – como têm feito seus seguidores mais apaixonados.

MAGUITO CANDIDATO: FALTA ESCLARECER SE É INELEGÍVEL OU NÃO

Em alta no noticiário político, que alimenta a hipótese da sua candidatura a prefeito de Goiânia caso Iris Rezende não se interesse pela reeleição, Maguito Vilela precisa esclarecer as dúvidas que pairam sobre a sua inelegibilidade. É que ele acumula duas condenações em 2ª instância, proferidas por colegiado de juízes (no caso, o Tribunal de Justiça), suficientes para incluí-lo nas restrições da Lei da Ficha Limpa e determinar a impossibilidade de registro de qualquer candidatura a cargo eletivo por oito anos. A amigos, Maguito assegura que apresentou recursos e que, pelo sim, pelo não, estariam afastadas quaisquer vedações ao seu futuro político. Mas a lei é clara: se está condenado em 2ª instância, está inelegível, mesmo no caso de apelações – a exemplo do que aconteceu com o ex-presidente Lula.

PARQUE DE DIVERSÕES DE ZÉ ELITON EM POSSE VIROU SUCATA

O parque de diversões, chamado de Paraíso Encantado, implantado em Posse pelo então governador-tampão Zé Eliton, está fechado e, aos poucos, se transformando em sucata. O governador Ronaldo Caiado, assim que assumiu, cortou o contrato com uma empresa particular que, ao custo de R$ 130 mil mensais, administrava o funcionamento de uma série de brinquedos, tipo roda-gigante, autopista, tobogã e trenzinho.  O complexo custou R$ 5 milhões em investimentos do Tesouro Estadual e foi inaugurado com um show de Almir Sater, que atraiu milhares de pessoas da região, em maio de 2018. Curiosamente, as despesas foram lançadas na conta da então Secretaria de Desenvolvimento, uma evidente distorção, enquanto o parque era propagandeado como o primeiro de uma série que seria implantada no interior goiano. É claro que deu em nada.

BRUNO PEIXOTO, O BOM RAPAZ QUE NÃO TEM VOCAÇÃO PARA LÍDER

O deputado Bruno Peixoto está completamente inviabilizado na função de líder do governo na Assembleia. Ele, que nunca conseguiu se firmar no cargo, acabou afundando em definitivo com a desastrada tentativa de se opor à aprovação da emenda que institui a reeleição do presidente da Casa, dentro da mesma Legislatura, que tem a clara finalidade de prolongar o mandato de Lissauer Vieira. O que se diz, a favor de Bruno Peixoto, é que ele tem temperamento de bom rapaz e, portanto, incompatível com o maquiavelismo e a esperteza que se espera de um líder de governo, posição que exige agressividade e espírito aceso diante dos desafios da vida parlamentar. Não é a sua praia. Tanto que o clima na Assembleia é tão desfavorável a ele quanto, também, dentro do Palácio das Esmeraldas, onde há insatisfação quanto ao trabalho que faz.

ROBERTO NAVES SUBIU NO SALTO E NÃO CONSEGUIU SE DESTACAR

É muito recorrente em Goiás a aparição de políticos que, pontualmente, vencem eleições, mas não conseguem de afirmar no exercício do mandato e acabam desaparecendo. Há quem diga que é o caso do prefeito Roberto Naves, de Anápolis, que surgiu do nada para vencer uma eleição, subiu no salto alto com a vitória e acabou não se afirmando e desperdiçando a oportunidade de consolidar um espaço de liderança política no segundo (ou terceiro, já que Aparecida cresceu em importância) maior colégio eleitoral e maior município do Estado em matéria de grandeza econômica. Além de não ter conseguido marcar a sua administração, até agora, com alguma obra ou projeto de relevância, o prefeito enfrenta a ameaça da candidatura do deputado estadual Antônio Gomide, que já foi administrou a cidade por duas vezes e chegou a alcançar índices de aprovação superiores a 85%, patamar que Roberto Naves nem arranha. Tudo isso é filme já visto. Um volta para o nada de onde veio e o outro sobe mais uma vez ao pódio em que já foi consagrado.

DIFAL É UM IMPOSTO INJUSTO E ILEGAL, QUE CAIADO JÁ CONDENOU

O DIFAL é um imposto nefando criado pelo ex-governador Marconi Perillo em 2017, ilegal (e inconstitucional), que obriga as milhares de empresas beneficiárias do Super Simples, em Goiás, a pagar a suposta diferença de ICMS entre a origem e o destino, muito além do regime tributário a que estão submetidas. É uma aberração. Quando Marconi baixou o decreto instituindo o DIFAL (o que já é uma excrescência, já que impostos só podem ser criados por leis ordinárias), o então senador Caiado reagiu com firmeza. “O golpe agora é no bolso do microempreendedor goiano. Mais um aumento de tributo para os goianos”, disse, na época. O problema é que Caiado, como um político qualquer que não deveria ser, mudou de opinião e enviou à Assembleia, que debate um projeto de revogação do DIFAL, um alentado parecer, em que argumenta pela constitucionalidade desse imposto e ressalta entender que a sua manutenção é essencial para a saúde financeira do Estado. No final das contas, defendendo o que antes condenava.

ROMÁRIO POLICARPO ESTÁ NA MIRA DA CPI DAS UNIVERSIDADES

O presidente da Câmara de Vereadores de Goiânia, Romário Policarpo, é alvo da CPI das Universidades, em andamento desde a Legislatura passada na Assembleia, sob a presidência do deputado Talles Barreto. O moço, quando esteve na presidência do Sindigoiânia, andou escorregando quanto a convênios com instituições particulares para a oferta de cursos superiores aos funcionários públicos municipais.

EM RESUMO

  • A reclamação entre os deputados estaduais e federais de Goiás continua a mesma: o governador Ronaldo Caiado não recebe, não atende telefone, não responde mensagem. E, em contatos pessoais, mostra distância.

 

  • Mesmo indicado pelo ex-governador Marconi Perillo para uma das vice-presidências do PSDB nacional, o deputado federal Célio Silveira segue firme na decisão de sair do partido, assim que se abrir qualquer janela.

 

  • O deputado federal José Nelto anda falando poucas e boas da secretária da Educação Fátima Gavioli. Que, por sua vez, segue mais firme do que nunca por contar com a proteção da primeira dama Gracinha Caiado.

 

  • Fora do noticiário, o ex-deputado Daniel Vilela paga o preço pela imprudência da candidatura a governador, no ano passado, que acabou em fiasco, quando poderia ter sido vice de Ronaldo Caiado ou senador.

 

  • O ex-senador Wilder Morais está torturado pela dúvida: candidata-se ou não a prefeito de Goiânia em 2020? É que o apoio do governador Ronaldo Caiado será de Iris Rezende, se resolver disputar a reeleição, e não dele.