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COLUNISTAS

BLOG DO JLB | José Luiz Bittencourt

POLÍTICA

Momento Político - 19 De Agosto De 2019

19/08/2019 às 07h30


POR BLOG DO JLB | José Luiz Bittencourt

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CAMPUS PARTY EM GOIÂNIA TEM SEU LADO POLÊMICO. E AINDA FALTA DIZER QUANTO VAI CUSTAR PARA O CONTRIBUINTE

A realização em Goiânia de uma edição especial da feita de inovação e tecnologia Campus Party está sendo apresentada como uma conquista pelo governo do Estado. O evento, de fato, chama muita atenção e, apesar de ter 90% do seu foco concentrado em jogos de videogame, oferece alguma fermentação em termos de novos negócios e difusão de conhecimentos. Há altos e baixos. Como é uma promoção privada, a cargo de uma empresa de propriedade da Vivo, que por sua vez é controlada pela Telefónica espanhola, para a maior parte das atrações da Campus Party são vendidos ingressos, nada baratos, entre R$ 200 e 300 reais. Mas o governo de Goiás está sendo apresentado como apoiador e já tem a sua marca estampada em todo o material de divulgação da feira. Quanto isso vai custar? Quem vai pagar? Como foi ou será viabilizada legalmente a transferência de recursos para quitar o patrocínio? Isso ainda não está claro. Quem está devendo esclarecimentos é o secretário de Desenvolvimento & Tecnologia Adriano Rocha.

SOLUÇÃO PARA METROBUS E EIXO ANHANGUERA PARECE FANTASIOSA

A solução encontrada em comum acordo entre o governador Ronaldo Caiado e o prefeito Iris Rezende, para o Eixo Anhanguera e a Metrobus, que seriam “privatizados” em conjunto por R$ 200 milhões, não parece condizente com a realidade. Primeiro, porque o valor da estatal é baixo. Sua frota de 109 ônibus está sucateada, perto do final do prazo de validade de 10 anos. Somente o terreno da garagem, perto do Terminal Padre Pelágio, na saída para Trindade, tem algum valor. Há muitas dívidas. E, depois, pela inviabilidade econômica que cerca o trecho explorado, que vai até Senador Canedo, Trindade e Goianira, às custas de prejuízos cobertos mensalmente por subsídios pagos pelo Estado. Metade das tarifas arrecadadas (e do subsídio) é entregue às empresas alimentadoras. Um mau negócio, portanto, que só funcionou até hoje porque teve o seu rombo coberto com o dinheiro do contribuinte. Não há como afastar a participação do Estado.

BANCADA FEDERAL GOIANA: 3 DEPUTADOS E 17 DEPUTADOS, CADA UM POR SI

A bancada federal de Goiás nunca trabalhou tão desarticulada, na base do cada um por si, como na atual Legislatura do Senado e da Câmara. Os três senadores e os 17 deputados federais goianos chegaram até a articular um movimento para trabalhar unidos quanto aos interesses do Estado e escolheram a deputada Flávia Morais, do PDT, como coordenadora do grupo. Só que, até hoje, fora reuniões esporádicas com o governador Ronalodo Caiado, em Brasília, nada resultou de positivo. É cada um por si, cuidando dos seus interesses e administrando as cotas de emendas orçamentárias, que hoje são de valor elevado e permitem que cada parlamentar federal atenda suas bases municipais com obras e programas sociais. Fora isso, não há nada de importante  que possa ser apontado como resultado do trabalho da bancada por Goiás.

SEM MANDATO, DANIEL VILELA ACABOU PERDENDO A VISIBILIDADE

A falta de um mandato está complicando cada vez mais a vida do ex-deputado federal e atual presidente do diretório estadual do MDB Daniel Vilela, que passa semanas sem ser lembrado pela mídia e com postagens ralas nas suas próprias redes sociais, sem ter o que mostrar ou do que falar. Ele só é citado negativamente, quando as notícias são sobre a crise aberta com a punição dos 3 prefeitos caiadistas (Adib Elias, de Catalão; Paulo do Vale, de RIo Verde; e Fausto Mariano, de Turvânia), que caminha para um desfecho, em Brasília, quando a presidência nacional do partido se manifestará sobre a manutenção ou não da expulsão. Enquanto isso, Daniel Vilela não ganha espaço para aparecer nem mesmo com as costumeiras e pesadas críticas que faz ao governador Ronaldo Caiado, que caíram na monotonia e repetição e não têm repercussão.

PSDB SÓ TERÁ CANDIDATO A PREFEITO DE GOIÂNIA SE MARCONI QUISER

Com dois pré-candidatos já declarados – o deputado estadual Talles Barreto e a vereadora Dra. Cristina –, o presidente estadual do PSDB Jânio Darrot foi obrigado a fazer um compromisso público no sentido de que o partido lançará um nome próprio a prefeito de Goiânia em 2020. Há receio de que, por interferência do ex-governador Marconi Perillo, os tucanos sejam levados a adotar soluções como integrar a chapa que será liderada pelo deputado Francisco Jr., que será apresentado pelo PSD e conta com a simpatia de Marconi (haveria até um compromisso nesse sentido do ex-governador com o ex-deputado Vilmar Rocha, presidente do PSD em Goiás). Vale a pergunta: a palavra de Jânio Darrot é suficiente para garantir um candidato tucano a prefeito ou não? Aposta desta coluna: o PSDB vai fazer o que Marconi quiser. O compromisso assumido por Jânio Darrot é igual a risco n’água. E o ex-governador tende a se esconder, para evitar desgastes, no pleito do ano que vem, o que seria facilitado pela ausência de candidatura própria do seu partido.

EM RESUMO

  • O deputado federal José Nelto votou contra a Lei de Abuso de Autoridade; ”Espero agora que o presidente vete alguns artigos, como a proibição de algemas. Como agentes policiais terão segurança com presos?”, questiona.

 

  • O ex-presidente da Assembleia José Vitti amarga um ostracismo raro na história política de Goiás, esquecido até pelo seu amigo do peito Ronaldo Caiado. Ele cobriu de tatuagens coloridas todo o seu braço esquerdo.

 

  • O ex-deputado federal Jovair Arantes não tem nada contra abrir o PTB aos dissidentes caiadistas que estão, por enquanto, sem espaço no MDB. Ele já conversa com o grupo e topa tudo, até dividir o comando do partido.

 

  • A lentidão do governo do Estado sob Ronaldo Caiado é chocante. Mesmo tendo sido reconhecido erro na abertura d o sigilo fiscal dos contribuintes do ICMS, nada foi feito. Foi preciso a Justiça intervir para suspender o decreto.

 

  • Depois de mais de 20 anos sem faltar um ano sequer à missa final da Romaria do Muquém, o ex-governador Marconi Perillo não apareceu na última, semana passada, nem justificou. E mais: nenhum tucano foi.

 

  • O secretário de Governo Ernesto Roller está à caça de ex-deputados e ex-prefeitos para integrar a sua equipe de articuladores e tentar resolver o que não conseguiu até hoje: montar uma base sólida na Assembleia.

 

  • O PSDB nacional está chegando a um consenso: o ex-presidenciável Aécio Neves será suspenso do partido até que consiga provar inocência nos processos em que é acusado de corrupção. Pode demorar anos e anos.

 

  • De um antigo companheiro de lutas políticas do governador Ronaldo Caiado: “Ele foi acometido por um Alzheimer político, isto é, esqueceu-se completamente de todos os que o ajudaram na campanha do ano passado”.

 

  • O piso nacional dos professores, reajustado desde 1º janeiro, não está sendo pago pelo governo do Estado, que formou uma comissão presidida pela secretária da Educação Fátima Gavioli para decidir se deve cumprir a lei.