CAMPUS PARTY EM GOIÂNIA TEM SEU LADO POLÊMICO. E AINDA FALTA DIZER QUANTO VAI CUSTAR PARA O CONTRIBUINTE
A realização em Goiânia de uma edição especial da feita de inovação e tecnologia Campus Party está sendo apresentada como uma conquista pelo governo do Estado. O evento, de fato, chama muita atenção e, apesar de ter 90% do seu foco concentrado em jogos de videogame, oferece alguma fermentação em termos de novos negócios e difusão de conhecimentos. Há altos e baixos. Como é uma promoção privada, a cargo de uma empresa de propriedade da Vivo, que por sua vez é controlada pela Telefónica espanhola, para a maior parte das atrações da Campus Party são vendidos ingressos, nada baratos, entre R$ 200 e 300 reais. Mas o governo de Goiás está sendo apresentado como apoiador e já tem a sua marca estampada em todo o material de divulgação da feira. Quanto isso vai custar? Quem vai pagar? Como foi ou será viabilizada legalmente a transferência de recursos para quitar o patrocínio? Isso ainda não está claro. Quem está devendo esclarecimentos é o secretário de Desenvolvimento & Tecnologia Adriano Rocha.
SOLUÇÃO PARA METROBUS E EIXO ANHANGUERA PARECE FANTASIOSA
A solução encontrada em comum acordo entre o governador Ronaldo Caiado e o prefeito Iris Rezende, para o Eixo Anhanguera e a Metrobus, que seriam “privatizados” em conjunto por R$ 200 milhões, não parece condizente com a realidade. Primeiro, porque o valor da estatal é baixo. Sua frota de 109 ônibus está sucateada, perto do final do prazo de validade de 10 anos. Somente o terreno da garagem, perto do Terminal Padre Pelágio, na saída para Trindade, tem algum valor. Há muitas dívidas. E, depois, pela inviabilidade econômica que cerca o trecho explorado, que vai até Senador Canedo, Trindade e Goianira, às custas de prejuízos cobertos mensalmente por subsídios pagos pelo Estado. Metade das tarifas arrecadadas (e do subsídio) é entregue às empresas alimentadoras. Um mau negócio, portanto, que só funcionou até hoje porque teve o seu rombo coberto com o dinheiro do contribuinte. Não há como afastar a participação do Estado.
BANCADA FEDERAL GOIANA: 3 DEPUTADOS E 17 DEPUTADOS, CADA UM POR SI
A bancada federal de Goiás nunca trabalhou tão desarticulada, na base do cada um por si, como na atual Legislatura do Senado e da Câmara. Os três senadores e os 17 deputados federais goianos chegaram até a articular um movimento para trabalhar unidos quanto aos interesses do Estado e escolheram a deputada Flávia Morais, do PDT, como coordenadora do grupo. Só que, até hoje, fora reuniões esporádicas com o governador Ronalodo Caiado, em Brasília, nada resultou de positivo. É cada um por si, cuidando dos seus interesses e administrando as cotas de emendas orçamentárias, que hoje são de valor elevado e permitem que cada parlamentar federal atenda suas bases municipais com obras e programas sociais. Fora isso, não há nada de importante que possa ser apontado como resultado do trabalho da bancada por Goiás.
SEM MANDATO, DANIEL VILELA ACABOU PERDENDO A VISIBILIDADE
A falta de um mandato está complicando cada vez mais a vida do ex-deputado federal e atual presidente do diretório estadual do MDB Daniel Vilela, que passa semanas sem ser lembrado pela mídia e com postagens ralas nas suas próprias redes sociais, sem ter o que mostrar ou do que falar. Ele só é citado negativamente, quando as notícias são sobre a crise aberta com a punição dos 3 prefeitos caiadistas (Adib Elias, de Catalão; Paulo do Vale, de RIo Verde; e Fausto Mariano, de Turvânia), que caminha para um desfecho, em Brasília, quando a presidência nacional do partido se manifestará sobre a manutenção ou não da expulsão. Enquanto isso, Daniel Vilela não ganha espaço para aparecer nem mesmo com as costumeiras e pesadas críticas que faz ao governador Ronaldo Caiado, que caíram na monotonia e repetição e não têm repercussão.
PSDB SÓ TERÁ CANDIDATO A PREFEITO DE GOIÂNIA SE MARCONI QUISER
Com dois pré-candidatos já declarados – o deputado estadual Talles Barreto e a vereadora Dra. Cristina –, o presidente estadual do PSDB Jânio Darrot foi obrigado a fazer um compromisso público no sentido de que o partido lançará um nome próprio a prefeito de Goiânia em 2020. Há receio de que, por interferência do ex-governador Marconi Perillo, os tucanos sejam levados a adotar soluções como integrar a chapa que será liderada pelo deputado Francisco Jr., que será apresentado pelo PSD e conta com a simpatia de Marconi (haveria até um compromisso nesse sentido do ex-governador com o ex-deputado Vilmar Rocha, presidente do PSD em Goiás). Vale a pergunta: a palavra de Jânio Darrot é suficiente para garantir um candidato tucano a prefeito ou não? Aposta desta coluna: o PSDB vai fazer o que Marconi quiser. O compromisso assumido por Jânio Darrot é igual a risco n’água. E o ex-governador tende a se esconder, para evitar desgastes, no pleito do ano que vem, o que seria facilitado pela ausência de candidatura própria do seu partido.
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