Logomarca
Nublado
º
min º max º
CapaJornal
Versão Impressa Leia Agora
Sexta-feira. 26/04/2024
Facebook Twitter Instagram
COLUNISTAS

BLOG DO JLB | José Luiz Bittencourt

POLÍTICA

Momento Político - 17 De Junho De 2019

17/06/2019 às 08h57


POR BLOG DO JLB | José Luiz Bittencourt

facebook twitter whatsapp

ADIB E OS DISSIDENTES CAIADISTAS DO MDB TÊM PRAZO ATÉ INÍCIO DE OUTUBRO PARA ESCOLHER NOVO PARTIDO

Os dissidentes caiadistas do MDB, liderados pelo prefeito de Catalão Adib Elias, já tomaram a decisão de deixar o partido – a tempo, especialmente, de garantir seus eventuais projetos eleitorais para 2020 (a exigência de um ano de filiação partidária tem que ser cumprida a partir do início de outubro). Eles cogitaram inicialmente buscar abrigo no Partido Novo, mas esbarraram na reação negativa dos dirigentes da legenda em Goiás, que se consideram comprometidos com a “nova política”, acreditam que é possível crescer no Estado e, daí, acham que seriam prejudicados caso estabelecessem laços com a “velha política” (que é como veem o grupo de Adib). Os dissidentes analisma agora as opções disponíveis, entre elas a incorporação ao DEM do governador Ronaldo Caiado. Mas, por enquanto, não há nenhuma definição.

TELEFONEMAS DE JAYME RINCÓN INCOMODAM OS TUCANOS

O ex-presidente da Agetop Jayme Rincón não desistiu da função de articulador político do PSDB e, segundo alega, de representante do governador Marconi Perilo para tratar de assuntos que têm a ver com os tucanos do Estado. Rincón, depois de participar ativamente da conspiração que elegeu Lissauer Vieira para a presidência da Assembleia – ideia original de Marconi -, passa os dias pendurado ao telefone, alcançando deputados, prefeitos e as lideranças que ainda restam ao partido. O problema é que se trata de uma interferência que incomoda os envolvidos, em especial pelo estilo agressivo e tom impositivo que marca as conversas de Jayme Rincón – causando constrangimentos, uma vez que ele tornou-se uma personagem tóxica da política estadual, depois de duas prisões e vários processos por improbidade, corrupção e recebimento de propinas. Seu último “trabalho” foi a operação para fazer com que os pretendentes à presidência estadual do PSDB – como o ex-prefeito de Catalão Jardel Sebba e o atual prefeito de Goianira Carlão da Fox – desistissem em favor da candidatura do prefeito de Trindade Jânio Darrot, que acabou eleito por unanimidade.

FRANCISCO JR. PODE TER O APOIO DE MARCONI EM GOIÂNIA

O ex-governador Marconi Perillo não esconde a simpatia pelo nome do deputado federal Francisco Jr., do PSD, para a prefeitura de Goiânia, que ele enxerga como um quadro de renovação da política estadual. Essa postura é reflexo dos constantes encontros entre Marconi e o presidente estadual do PSD, Vilmar Rocha, em São Paulo, decorrentes de um estreitamento muito forte das relações entre os dois. Paralelamente, um fato é preciso admitir: não há qualquer interessado na sucessão de Iris Rezende, nem o próprio, se movimentando politicamente com tanta intensidade quanto Francisco Jr, que parece só pensar na sua candidatura. Dia e noite.

NINGUÉM CUMPRE AS CONTRAPARTIDAS DOS INCENTIVOS FISCAIS

A CPI dos Incentivos Fiscais vai avaliar o cumprimento das contrapartidas que deveriam ser oferecidas por 25 grandes empresas beneficiadas, basicamente no quesito geração de empregos e realização de investimentos prometidos. Na verdade, são 600 indústrias funcionando em Goiás que recebem privilégios tributários, mediante contratos assinados com o governo do Estado em que assumem compromissos – mas que jamais foram fiscalizadas quanto as suas responsabilidades. As 25 que serão investigadas pela CPI representam uma pequena amostra, porém importante para desvendar o que está por trás da política de distribuição de isenções de ICMS que correu solta nas últimas décadas. Dá para cravar uma aposta: ninguém está em dia com as suas obrigações. Quando a economista Ana Carla Abrão Costa passou pela Secretaria da Fazenda, ela colocou a lupa em 60 empresas com incentivos e descobriu que todas estavam inadimplentes em matéria de reciprocidade. Na época, o caso foi abafado.

LÚCIA VÂNIA TAMBÉM CONDENA DESVIO DE RECURSOS DO FCO

A ex-senadora Lúcia Vânia cansou-se de aguardar em vão um convite para integrar a equipe do governador Ronaldo Caiado e saiu a campo para criticar a proposta de subtração de recursos do Fundo Constitucional do Centro-Oeste, o FCO, para aplicação em obras do governo do Estado. Ela, que entende do assunto, garantiu que uma Medida Provisória não tem teria alcance jurídico sobre a destinação do dinheiro do fundo: “Para mexer no FCO é preciso passar uma PEC (emenda constitucional) no Congresso e, além disso, seria tirar recursos fundamentais para vários setores da economia e do setor produtivo de Goiás”. 

DÓRIA INSISTE: INVESTIGADOS DEVEM SAIR DO PSDB, INCLUSIVE MARCONI

O maior amigo do ex-governador Marconi Perillo na política nacional, o governador de São Paulo João Dória, continua insistindo na tese de que os suspeitos de práticas de crimes devem tomar a iniciativa de se afastar do PSDB e permitir que o partido se reapresente com uma nova cara para o eleitorado brasileiro. “Todos aqueles sob investigação, confiando na sua inocência, e certos da sua inocência, deveriam pedir licença do PSDB”, reiterou Dória, em uma entrevista há poucos dias. O governador paulista estava se referindo a alguém que é muito mais próximo a ele que o tucano-mor de Goiás, no caso Geraldo Alckmin, que responde a uma única investigação de improbidade. Porém, se serve para Alckmin, serve muito mais para Marconi, que padece sob quase duas dezenas de processos, alguns na área criminal chegando até mesmo a delinear no horizonte a possibilidade de prisão. Tanto que ele acrescentou: “E volta melhor, depois da licença, com grandeza, com firmeza, com posições altivas, como cabe a um grande líder, que é o caso do governador Geraldo Alckmin. E isso se aplica também a outros”. Entre esses “outros” aí, um dos mais destacados é, sem sombra de dúvida… Marconi. 

IRIS DIZ QUE NÃO É CANDIDATO, QUERENDO DIZER QUE É

As últimas declarações de Iris Rezende sobre a sua possível candidatura à reeleição Iris dão a aparente impressão de que ele não está cultivando a ideia. “Tenho 85 anos e tudo na vida tem limite”, disse, aqui sugerindo que não vai disputar a prefeitura em 2020. Só que, em seguida, ele achou um jeito de deixar a porta aberta: “Mas, graças a Deus, tenho saúde e disposição de quem está com 30 anos”, deixando no ar que, sim, pode entrar na parada, por que não? Esse é Iris.