Logomarca
Nublado
º
min º max º
CapaJornal
Versão Impressa Leia Agora
Segunda-feira. 01/07/2024
Facebook Twitter Instagram
COLUNISTAS

BLOG DO JLB | José Luiz Bittencourt

POLÍTICA

Momento Político - 17 De Julho De 2019

17/07/2019 às 09h28


POR BLOG DO JLB | José Luiz Bittencourt

facebook twitter whatsapp

VANDERLAN NÃO APÓIA CAIADO, MAS TAMBÉM NÃO É CONTRA

A atuação do senador Vanderlan Cardoso, do PP, é de completa independência em relação ao governador Ronaldo Caiado, porém não de oposição a qualquer preço. Dois exemplos, um que ficou contra, outro em que está a favor: 1) Vanderlan condena a tentativa de desvio de recursos do FCO para o caixa do governo do Estado e deixa bem claro que, se algum projeto nesse sentido chegar ao Senado, ele votará contra – dentro da sua linha de defesa da iniciativa privada em Goiás e 2) o senador não só defende, como trabalha pela inclusão dos Estados na reforma da previdência, entendendo, como prega Caiado, que a exclusão aprovada pela Câmara é prejudicial para o país. Isso significa que ele não aposta na inviabilização do governo de Goiás, já que discutir a previdência em âmbito estadual implicaria em desgastes inevitáveis para o governador. Vale lembrar que Vanderlan é candidato à sucessão de Caiado em 2022, quando estará no meio do seu mandato senatorial e provavelmente no melhor momento da sua carreira política, se tiver serviço para mostrar depois de quatro anos atuando em Brasília.

WILSON WITZEL QUER LANÇAR BENEDITO TORRES EM GOIÁS EM 2022

O governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, um dos nomes de renovação total que emergiram da eleição passada, está articulando o lançamento de candidaturas que também representem novidades em 2022, na maioria dos Estados, inclusive Goiás. Como é oriundo da área jurídica, por ter sido juiz federal, ele tem conhecimento com muita gente do mesmo setor e, por isso mesmo, contatou o ex-chefe do Ministério Público em Goiás Benedito Torres para discutir a ideia. Um detalhe importante: Benedito Torres se aposenta dentro de 17 meses, a tempo, portanto, de se filiar a um partido político e disputar as próximas eleições, se for o caso. Wilson Witzel é do PSC e, dependendo do sucesso da sua gestão no Rio de Janeiro, poderá se candidatar a presidente da República, daí o seu esforço, desde já, para criar bases estaduais de olho nas suas pretensões futuras.

 25% PARA A EDUCAÇÃO E 12% PARA A SAÚDE SÃO COISA DO PASSADO

As chamadas vinculações constitucionais que o governo de Goiás é obrigado a cumprir quanto aos seus gastos (as duas principais são os 25% para a Educação e os 12% para a Saúde) são uma obrigação herdada de um tempo em que essas áreas demandavam grandes somas de recursos para o seu funcionamento. Hoje, a situação mudou. Não só Goiás, mas nenhum outro Estado (todos são submetidos a essa imposição) consegue manter esse piso de dispêndios, simplesmente por falta de ter onde e como aplicar – em vez de construir escolas, por exemplo, o que se faz hoje é fechá-las, em todo o país, por absoluta inexistência de alunos, resultado da desaceleração do crescimento demográfico. Isso tanto é verdade que o governador Ronaldo Caiado acabou de tomar uma advertência do Tribunal de Contas do Estado: sua gestão, no 1º semestre, chegou apenas a 15% na Educação e a 9% na Saúde e agora ele está obrigado a se virar para cobrir a diferença até o fim do ano, ainda que não se trate de um investimento salutar.

REELEIÇÃO MAIS DIFÍCIL DO ENTORNO DE GOIÂNIA SERÁ A DE ANÁPOLIS

Os prefeitos das três maiores cidades do Entorno de Goiânia – Gustavo Mendanha, de Aparecida; Roberto Naves, de Anápolis; e Divino Lemes, de Senador Canedo – vão disputar a reeleição e desde já há dois favoritos e um em condição ainda indefinida. Ou seja: Gustavo Mendanha e Divino Lemes parecem bem situados administrativamente, sem que se tenha notícia ainda de adversários à altura. Mas Roberto Naves, não. Ele vai ter que escalar uma pedreira íngreme para conseguir mais 4 anos no cargo: seu concorrente deverá ser o deputado estadual Antônio Gomide, do PT, que já teve 2 mandatos em Anápolis e deixou o cargo com uma aprovação de mais de 85% entre bom e ótimo. Há quem diga que será um passeio para o petista, responsável pelas principais obras que chamam a atenção e melhoraram o perfil urbano da cidade.

PRESSÃO DO PSDB PAULISTA PELA EXPULSÃO DE AÉCIO INCOMODA EM GOIÁS

A intensificação da pressão dos tucanos de São Paulo para expulsar do PSDB o deputado federal Aécio Neves é acompanhada com apreensão pelo círculo político do ex-governador Marconi Perillo – que tem, no currículo, as mesmas ocorrências judiciais que estão servindo de argumento contra o seu colega de Minas Gerais. Como se sabe, além do governador João Dória, quem entrou na campanha contra Aécio foi o prefeito da capital paulista Bruno Covas, com uma ameaça que ganhou repercussão: “Ou ele ou eu”. Se der “ele”, Marconi fica tranquila. Porém, se a opção vier a ser “eu”, aí o caldo engrossa. Por isso, foi um alívio para os tucanos de Goiás a intervenção do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso contra a expulsão de quem quer que seja, pelo menos até que se tenham condenações transitadas em julgado.

 ATÉ AGORA, ROLLER ESCAPOU DAS INVESTIGAÇÕES EM FORMOSA

Circulam informação apontando para a iminência de mais uma fase da Operação Gaugamela, que investiga desvios na licitação e pagamento de obras na prefeitura de Formosa na época em que o seu titular era Ernesto Roller. Quatro ações de improbidade administrativa já foram propostas pelo Ministério Público com base em testemunhos e documentos colhidos pela polícia civil, tendo como réus funcionários municipais e donos de empreiteiras envolvidos no escândalo. Surpreendente, Roller, que hoje ocupa a secretaria estadual de Governo, nunca foi apontado como beneficiário das irregularidades, que ocorreram a poucos metros do seu gabinete na Prefeitura de Formosa. Se houver desdobramentos, como se comenta, a aposta é que ele fatalmente será um dos alvos.

EM RESUMO

  • Os últimos números da Secretaria da Economia revelam: a renúncia anual de ICMS, em Goiás, por conta dos incentivos fiscais, alcançou R$ 8 bilhões, drenando, assim, absurdos 40% da arrecadação estadual a cada 12 meses.

 

  • A carta de Iris Rezende defendendo os dissidentes do MDB já foi entregue pelo senador Luiz Carlos do Carmo ao comando nacional do partido, como subsídio para uma intervenção ou o cancelamento das expulsões.

 

  • A Campus Party, no Shopping Passeio das Águas de 4 a 8 de setembro, é um evento de inovação tecnológica que custa caro. O único patrocinador, até agora, é o Governo de Goiás. Quanto? Ainda não se divulgou o valor.

 

  • Críticos da candidatura de Maguito Vilela a prefeito de Goiânia gostam de lembrar que ele pode ser forte em Aparecida, onde foi prefeito por 2 vezes, ou em Jataí, sua terra natal, mas não na capital, onde não fez uma única obra.

 

  • O chororô dos deputados estaduais reclamando da falta de atendimento do governador Ronaldo Caiado cresceu, apesar do recesso parlamentar. Ou seja: a base aliada na Assembleia continuará fragilizada no 2º semestre.

 

  • O senador Vanderlan Cardoso não acredita em mudanças no FCO para destinar um terço dos seus recursos ao governo de Goiás. Lembrando, diz ele, que o Estado nem sequer tem nota para fazer novos empréstimos.

 

  • Dirigida com mão de ferro pelo padre Robson, a Associação dos Filhos do Divino Pai Eterno tem 500 mil fieis na sua lista de contribuição, com valores a partir de R$ 5 reais. E não é submetida a nenhuma fiscalização.

 

  • Muitos poderão objetar que é cedo, mas o presidente da Assembleia Lissauer Vieira foi picado pela mosca azul e só pensa em construir bases para sustentar a sua candidatura ao governo do Estado, em 2022.

 

  • O prefeito Adib Elias cansou-se de esperar a contribuição prometida pelo governador Ronaldo Caiado e começou por conta própria a super-obra do revolucionário arco viário que vai desobstruir o tráfego de Catalão.