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BLOG DO JLB | José Luiz Bittencourt

POLÍTICA

Momento Político - 13 De Janeiro De 2020

13/01/2020 às 10h09


POR BLOG DO JLB | José Luiz Bittencourt

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JÂNIO DARROT AFASTOU-SE DA PRESIDÊNCIA DO PSDB PARA NÃO SER OFANTOCHE QUE MARCONI QUERIA FAZER DELE

Deu no que deu e não poderia dar em outra: o megaempresário e prefeito de Trindade Jânio Darrot acabou se afastando da presidência estadual do PSDB, função a que foi guindado por obra e graça do ex-governador Marconi Perillo. Não há a menor dúvida de que o tucano-mor de Goiás pensou estar designando para dirigir o seu partido um homem da sua estrita confiança, que não ofereceria nenhum risco para o rigoroso controle de que não abre mão de exercer sobre a legenda, inteiramente subordinada aos seus interesses pessoais, entre os quais manter as portas fechadas a qualquer tipo de reciclagem ou renovação. Deu boró. E deu porque Jânio Darrot é um homem de bem, decente e honesto e jamais se encaixaria no papel de marionete à frente de uma verdadeira "máfia", que é a realidade do PSDB hoje em Goiás, pelo menos quanto a panelinha que controla a sigla, sob a liderança de Marconi. Jânio Darrot demorou 6 meses para descobrir que estava sendo usado, que não era presidente de fato e que as decisões que contavam estavam sendo tomadas pelo ex-governador, na surdina, sem sequer a deferência de contar a ele, antes. Se aceitasse, o prefeito de Trindade não passaria de uma minhoca política ou partidária, a serviço de um grupo que perdeu a sintonia com os interesses das goianas e dos goianos e tem hoje uma folha policial/judicial que é exemplo, negativo, para o Brasil. Ainda bem que saiu.

NAPHTALY ALVES VOLTOU, MAS NÃO ACRESCENTA NADA AO MDB

O MDB comemorou a refiliação do ex-governador Naphtaly  Alves, que representaria um ganho que ninguém no partido soube especificar. Na verdade, é zero, já que se trata de alguém que só sabe fazer política à moda antiga. De resto, perguntem a Iris Rezende o que ele pensa a respeito. A culpa pela hecatombe que atingiu o partido em 1998 sempre foi atribuída por Iris a Naphtaly, que estava no governo, na época, como substituto de Maguito Vilela e tomou uma série de medidas equivocadas que ajudou a construir a primeira derrota do velho cacique emedebista.

 GRANDES EMPRESÁRIOS MENTIRAM PARA CAIADO NO FINAL DE 2018

No final de 2018, quando o vitorioso Ronaldo Caiado estava prestes a assumir o governo, ele abriu mão de um projeto, na Assembleia, que alteraria desde aquela época a política de incentivos fiscais, tendo sido convencido por grandes empresários a deixar a ideia de lado em troca de um aumento de 10 para 15% na alíquota do Protege, que acrescentaria R$ 1 bilhão à arrecadação estadual em 2019. Mas tudo não passou de um golpe para enganar o futuro governador: fechado o ano, o balanço da Secretaria de Economia mostra que o incremento foi de apenas R$ 338 milhões, praticamente um terço do aumento prometido. É no que dá confiar em quem só pensa em suas vantagens imediatas e em lucros fáceis, sem nenhum compromisso com o Estado. Que sirva de lição e que essa gente seja obrigada o mais rápido possível a pagar os impostos que deveriam estar pagando como todo e qualquer pequeno, micro e médio empresário.

CÉLIO SILVEIRA JÁ ADMITE A HIPÓTESE DE SER CANDIDATO A PREFEITO

O deputado federal Célio Silveira, do PSDB, já admite a hipótese de se candidatar a prefeito de Luziânia, cargo que já ocupou por duas vezes, com sucesso no 1º mandato, porém terminando muito mal o 2º. Mas a situação política atual da cidade o favorece: seria, para o eleitorado local, uma opção confiável para reorganizar a prefeitura depois do desastre em que está terminando a administração de Cristovão Tormin e também melhor do que jovens inexperientes como Wildes Cambão e Diego Sorgatto. Outra motivação para Célio Silveira é que, na Câmara Federal, ele nunca se sentiu à vontade, sem muita realização pessoal, pelo menos não a que experimentou quando administrou Luziânia.

 QUAL A COMPROVAÇÃO DE QUE MAGUITO SERIA IMBATÍVEL EM GOIÂNIA?

Parece disseminada a ideia de que o ex-prefeito de Aparecida Maguito Vilela seria um candidato imbatível a prefeito de Goiânia caso Iris Rezende venha a desistir (e ele não vai desistir) da reeleição. Mas essa opinião não tem nenhuma comprovação. Não há sequer pesquisas apontando para uma boa posição de Maguito em uma eventual disputa na capital, ao contrário do que existe em relação ao senador Vanderlan Cardoso, esse, sim, um nome com indiscutível aceitação. Para Aparecida, representou, para a população, uma saída de alto nível para a administração da cidade, alguém que desceu das alturas para colocar toda uma expertise consolidada a serviço de uma prefeitura de porte mediano, o que não é o caso de Goiânia, que é gigantesca. Maguito não tem nada especial para creditá-lo junto ao eleitorado goianiense, ao contrário: talvez seja visto como um político ultrapassado, que foi bom para Aparecida, mas não tem hoje altura para responder aos desafios de uma grande metrópole.

PSDB ACABOU EM GOIÁS, POR CULPA DE MARCONI, ZÉ ELITON E JAYME RINCÓN

As declarações do ex-deputado estadual e 1º suplente federal Jean Carlo deflagraram um processo de revisão dentro do PSDB, que até hoje, mais de ano depois da surra nas urnas de 2018, ainda não se propôs uma autocrítica sobre as causas que levaram ao desastre eleitoral. Jean Carlo foi claro: Marconi Perillo, Zé Eliton e Jayme Rincón são os únicos responsáveis pela tragédia que abateu os tucanos. E não poderiam mais estar controlando o partido, como o fazem, em regime de panelinha. Anotem aí, leitora e leitor: o PSDB em Goiás acabou. E não tem a menor chance de se reeguer algum dia.

EM RESUMO

  • A deputada estadual Adriana Accorsi, do PT, deu entrevista revelando “sonhar” com a prefeitura de Goiânia. E daí? O que é que o eleitorado tem a ver com isso? Deveria é ter projetos substanciosos para a capital, isso sim.

 

  • O ex-governador Marconi Perillo está promovendo acertos nos municípios para fechar candidaturas a prefeito pelo PSDB sem dar a mínima para o presidente estadual do partido, Jânio Darrot. Anápolis e Rio Verde são exemplos.

 

  • O presidente da OAB-GO Lúcio Flávio de Paiva baixou a bola e não aparece mais em público para defender a Enel, cliente milionária do seu escritório de advocacia, depois da onda de críticas que sofreu por aceitar esse trabalho.

 

  • O ex-deputado estadual e 1º suplente de deputado federal Jean Carlo não tem mais ambiente no PSDB, partido que critica abertamente, e avalia filiação ao PSD, em razão da proximidade que tem hoje com Francisco Jr.

 

  • O prefeito de Anápolis Roberto Naves vai para as eleições deste ano com as mãos vazias. Ele investiu tudo na ideia, arcaica, por sinal, de implantar mais um distrito industrial no município, que acabou não dando em nada.

 

  • A ex-deputada Eliane Pinheiro é vice-presidente do diretório estadual do PSDB, mas não assumirá com a saída de Jânio Darrot em razão do temor de desgastes diante das suas antigas ligações com o empresário Carlos Cachoeira.

 

  • Correção: O GECCOR, o Grupo Especial de Combate à Corrupção criado pelo governador Ronaldo Caiado, não tem 9, mas 10 operações agendadas para esclarecer casos de desvios de dinheiro público nos governos do PSDB.

 

  • Um dos motivos da renúncia de Jânio Darrot à presidência estadual do PSDB é a falta de dinheiro do partido, que não recebe repasses do fundo partidário como punição por irregularidades na gestão de Giusepe Vecci.

 

  • Enquanto, nas gestões do PMDB o PIB goiano cresceu a uma média anual de  5,7%, depois que o PSDB assumiu esse percentual caiu para menos de 4%. São esses os números do IBGE, que não têm como ser desmentidos.