JÂNIO DARROT AFASTOU-SE DA PRESIDÊNCIA DO PSDB PARA NÃO SER OFANTOCHE QUE MARCONI QUERIA FAZER DELE
Deu no que deu e não poderia dar em outra: o megaempresário e prefeito de Trindade Jânio Darrot acabou se afastando da presidência estadual do PSDB, função a que foi guindado por obra e graça do ex-governador Marconi Perillo. Não há a menor dúvida de que o tucano-mor de Goiás pensou estar designando para dirigir o seu partido um homem da sua estrita confiança, que não ofereceria nenhum risco para o rigoroso controle de que não abre mão de exercer sobre a legenda, inteiramente subordinada aos seus interesses pessoais, entre os quais manter as portas fechadas a qualquer tipo de reciclagem ou renovação. Deu boró. E deu porque Jânio Darrot é um homem de bem, decente e honesto e jamais se encaixaria no papel de marionete à frente de uma verdadeira "máfia", que é a realidade do PSDB hoje em Goiás, pelo menos quanto a panelinha que controla a sigla, sob a liderança de Marconi. Jânio Darrot demorou 6 meses para descobrir que estava sendo usado, que não era presidente de fato e que as decisões que contavam estavam sendo tomadas pelo ex-governador, na surdina, sem sequer a deferência de contar a ele, antes. Se aceitasse, o prefeito de Trindade não passaria de uma minhoca política ou partidária, a serviço de um grupo que perdeu a sintonia com os interesses das goianas e dos goianos e tem hoje uma folha policial/judicial que é exemplo, negativo, para o Brasil. Ainda bem que saiu.
NAPHTALY ALVES VOLTOU, MAS NÃO ACRESCENTA NADA AO MDB
O MDB comemorou a refiliação do ex-governador Naphtaly Alves, que representaria um ganho que ninguém no partido soube especificar. Na verdade, é zero, já que se trata de alguém que só sabe fazer política à moda antiga. De resto, perguntem a Iris Rezende o que ele pensa a respeito. A culpa pela hecatombe que atingiu o partido em 1998 sempre foi atribuída por Iris a Naphtaly, que estava no governo, na época, como substituto de Maguito Vilela e tomou uma série de medidas equivocadas que ajudou a construir a primeira derrota do velho cacique emedebista.
GRANDES EMPRESÁRIOS MENTIRAM PARA CAIADO NO FINAL DE 2018
No final de 2018, quando o vitorioso Ronaldo Caiado estava prestes a assumir o governo, ele abriu mão de um projeto, na Assembleia, que alteraria desde aquela época a política de incentivos fiscais, tendo sido convencido por grandes empresários a deixar a ideia de lado em troca de um aumento de 10 para 15% na alíquota do Protege, que acrescentaria R$ 1 bilhão à arrecadação estadual em 2019. Mas tudo não passou de um golpe para enganar o futuro governador: fechado o ano, o balanço da Secretaria de Economia mostra que o incremento foi de apenas R$ 338 milhões, praticamente um terço do aumento prometido. É no que dá confiar em quem só pensa em suas vantagens imediatas e em lucros fáceis, sem nenhum compromisso com o Estado. Que sirva de lição e que essa gente seja obrigada o mais rápido possível a pagar os impostos que deveriam estar pagando como todo e qualquer pequeno, micro e médio empresário.
CÉLIO SILVEIRA JÁ ADMITE A HIPÓTESE DE SER CANDIDATO A PREFEITO
O deputado federal Célio Silveira, do PSDB, já admite a hipótese de se candidatar a prefeito de Luziânia, cargo que já ocupou por duas vezes, com sucesso no 1º mandato, porém terminando muito mal o 2º. Mas a situação política atual da cidade o favorece: seria, para o eleitorado local, uma opção confiável para reorganizar a prefeitura depois do desastre em que está terminando a administração de Cristovão Tormin e também melhor do que jovens inexperientes como Wildes Cambão e Diego Sorgatto. Outra motivação para Célio Silveira é que, na Câmara Federal, ele nunca se sentiu à vontade, sem muita realização pessoal, pelo menos não a que experimentou quando administrou Luziânia.
QUAL A COMPROVAÇÃO DE QUE MAGUITO SERIA IMBATÍVEL EM GOIÂNIA?
Parece disseminada a ideia de que o ex-prefeito de Aparecida Maguito Vilela seria um candidato imbatível a prefeito de Goiânia caso Iris Rezende venha a desistir (e ele não vai desistir) da reeleição. Mas essa opinião não tem nenhuma comprovação. Não há sequer pesquisas apontando para uma boa posição de Maguito em uma eventual disputa na capital, ao contrário do que existe em relação ao senador Vanderlan Cardoso, esse, sim, um nome com indiscutível aceitação. Para Aparecida, representou, para a população, uma saída de alto nível para a administração da cidade, alguém que desceu das alturas para colocar toda uma expertise consolidada a serviço de uma prefeitura de porte mediano, o que não é o caso de Goiânia, que é gigantesca. Maguito não tem nada especial para creditá-lo junto ao eleitorado goianiense, ao contrário: talvez seja visto como um político ultrapassado, que foi bom para Aparecida, mas não tem hoje altura para responder aos desafios de uma grande metrópole.
PSDB ACABOU EM GOIÁS, POR CULPA DE MARCONI, ZÉ ELITON E JAYME RINCÓN
As declarações do ex-deputado estadual e 1º suplente federal Jean Carlo deflagraram um processo de revisão dentro do PSDB, que até hoje, mais de ano depois da surra nas urnas de 2018, ainda não se propôs uma autocrítica sobre as causas que levaram ao desastre eleitoral. Jean Carlo foi claro: Marconi Perillo, Zé Eliton e Jayme Rincón são os únicos responsáveis pela tragédia que abateu os tucanos. E não poderiam mais estar controlando o partido, como o fazem, em regime de panelinha. Anotem aí, leitora e leitor: o PSDB em Goiás acabou. E não tem a menor chance de se reeguer algum dia.
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