KAJURU É UMA DECEPÇÃO NO SENADO, COM ATUAÇÃO DESASTROSA
Nome de renovação e maior novidade que emergiu das últimas eleições, o senador Jorge Kajuru infelizmente pôs a perder o capital político que ganhou junto com o mandato. Como membro da mais importante câmara legislativa do país, ele tinha tudo para conquistar um merecido destaque e fazer um trabalho à altura da confiança que recebeu do eleitor goiano nas urnas. Aliás, Kajuru começou até bem, sinalizando que seria um parlamentar sério e engajado no debate e busca de solução para os grandes desafios nacionais. Qual o quê: a lua de mel durou pouco e ele se perdeu rapidamente ao gastar o seu precioso tempo no Senado com bobagens e questões as mais exóticas e excêntricas possíveis, sem nenhuma consequência realmente produtiva para o país. Até em renunciar falou. Uma grande e cabeluda decepção. Só bobagens, uma atrás das outras, trazendo como consequência a sua total perda de credibilidade, com uma atuação bisonha e mais parecida com um artista de circo. É uma pena. Além de caracterizar uma traição quanto aos votos que teve e que resultaram em um compromisso que ele descumpriu. Kajuru senador não deu certo. Como vereador, estava muito melhor. Em Brasília, transformou-se em uma chacota ambulante.
EMEDEBISTAS PRÓ-CAIADO DESISTEM DE SE FILIAR AO PARTIDO NOVO
A busca dos dissidentes do MDB, que preferiram apoiar o governador Ronaldo Caiado nas eleições do ano passado em vez de Daniel Vilela, por um novo abrigo partidário, continua em aberto. O grupo, liderado pelo prefeito de Catalão Adib Elias, encerrou as conversas com o Partido Novo, entendendo que essa legenda não tem estrutura em Goiás e não funciona, na verdade, como um verdadeiro partido político – dada a ingenuidade e infantilidade dos seus dirigentes estaduais. Outras hipóteses estão sendo analisadas, especialmente o PSD – e já estão avançadas as tratativas como o presidente do diretório goiano Vilmar Rocha.
GOIÁS PERDERÁ AUTONOMIA ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA COM O RRF
O Regime de Recuperação Fiscal, que parece ser o objetivo do governador Ronaldo Caiado, vai retirar a autonomia administrativa e principalmente financeira do Estado de Goiás. Técnicos do Tesouro Nacional irão se intrometer na gestão da área fazendária e nas deliberações governamentais inclusive quanto a políticas públicas. Na prática, o poder de Caiado será esvaziado, já que a Lei Complementar 159, que institui o RRF, com a finalidade de socorrer Estados em crise, determina a criação de um Conselho de Supervisão para acompanhar o andamento do programa, tornando a União monitora de todas as ações fiscais ou que envolvam recursos do governo de Goiás. No limite, Caiado estará abrindo mão de qualquer posição ou influência quanto ao exercício estratégico da gestão fiscal do seu governo, já que será de responsabilidade do Conselho de Supervisão avaliar e acompanhar o cumprimento das metas estabelecidas no Regime de Recuperação. Pela primeira vez, desde que a Federação foi introduzida com a Constituição de 1891, logo após a proclamação da República, o conceito de autonomia dos entes federados será subvertido em Goiás, dado que o Conselho de Supervisão terá poder de interferir nas decisões da esfera subnacional no período em que o RRF vigorar. Trata-se de um remédio exagerado para os males do paciente e um preço a pagar para consertar um caixa que não está tão mal assim.
APOSENTADORIA: PMs E PRINCIPALMENTE OFICIAIS CONTINUARÃO IMEXÍVEIS
O projeto de reforma da previdência que deverá ser aprovado na semana que vem pela Câmara Federal privilegia os membros das polícias militares, que não mais serão equiparadas aos quadros das Forças Armadas. Na prática, o que as PMs conseguiram foi impedir qualquer mudança nos seus sistemas atuais de aposentadoria, que são altamente privilegiados em relação ao restante do funcionalismo público. Vai ser difícil para o governador Ronaldo Caiado mexer com os benefícios que levam, por exemplo, oficiais da PM goiana a passar para a reserva com menos de 50 anos de idade, às vezes com salários superiores a R$ 30 mil mensais.
EX-SENADOR DE RONDÔNIA NÃO ACREDITA EM FÁTIMA GAVIOLI
O ex-senador Valdir Raupp, de Rondônia, encontrou-se outro dia em Brasília com um deputado federal de Goiás e disse não ter entendido até hoje o convite que Fátima Gavioli recebeu do governador Ronaldo Caiado para ocupar a Secretaria estadual de Educação. Segundo Raupp, ela, quando passou pela mesma pasta no seu Estado, foi um verdadeiro fiasco, gastando todo o tempo enfrentando greves e sem conseguir resolver os problemas do ensino rondoniense – que são bem menores que os goianos, já que, lá, são apenas 52 municípios, contra os 246 daqui. O ex-senador fez ainda uma consideração surpreendente: disse que Gavioli não tem formação como educadora, já que todos os seus estudos foram na área de Psicologia. “Não sei como um político experiente como o Caiado entrou numa fria dessas”, concluiu.
ROLLER OUVIU POUCAS E BOAS NO PLENÁRIO DA ASSEMBLEIA
Na sessão da Assembleia em que o projeto de lei que autoriza a adesão de Goiás ao Regime de Recuperação Fiscal foi aprovado em 2ª votação, o secretário de Governo Ernesto Roller, presente, foi submetido a um grande constrangimento quando o deputado Sebastião Caroço subiu à tribuna para criticar a articulação política do Palácio das Esmeraldas. Caroço falou poucas e boas do trabalho de Roller, que até hoje não conseguiu construir uma base sólida de apoio para o governador Ronaldo Caiado – apesar da distribuição de cargos (cota de R$ 30 mil e mais duas diretorias para os parlamentares que aceitarem votar a favor do governo). Mesmo sabendo-se que existe uma inimizade entre Caroço e o secretário, em razão de picuinhas políticas em Formosa, o discurso do deputado, ouvido em silêncio pelo plenário, gerou impacto pelo compartilhamento do seu conteúdo pela maioria dos parlamentares estaduais.
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