DANIEL VILELA CORRE RISCO DE SER AFASTADO DA PRESIDÊNCIA DO MDB
Reviravolta: o ex-deputado Daniel Vilela corre o risco de ser defenestrado da presidência do diretório estadual do MDB, através de uma intervenção do diretório nacional que colocaria em seu lugar o senador Luiz Carlos do Carmo. Não adianta espernear. Do ponto de vista dos dirigentes partidários em Brasília, nada é mais importante do que o número de cadeiras no Senado e mais especialmente ainda na Câmara. Primeiro, pelo poder de barganha que as bancadas adquirem conforme o seu tamanho nas decisões sobre projetos de importância. Segundo, pelo acesso ao bilionário fundo partidário, que destina dinheiro para as legendas conforme o quantitativo de deputados federais, essa, hoje, a principal preocupação de todas as agremiações. Luiz Carlos do Carmo já comunicou ao presidente nacional do MDB Romero Jucá que, se não receber o comando da legenda em Goiás, buscará imediatamente outra filiação partidária. A decisão sai dos próximos dias e deve atender as exigências do senador.
LÚCIO FLÁVIO AGORA QUER SER PRESIDENTE NACIONAL DA OAB
O atual presidente da Ordem dos Advogados do Brasil-Seção de Goiás, Lúcio Flávio de Paiva, trabalha para se viabilizar para a presidência nacional da OAB – o que o tem levado a viajar pelo país e a passar grande parte do seu tempo em Brasília, onde fica a sede da instituição. Lúcio Flávio está no segundo mandato e acha que tem cacife suficiente para ambicionar um voo mais alto dentro da política classista, depois de, na segunda eleição, ter montado uma diretoria fechada e sem as discordâncias de opinião que tumultuaram o seu primeiro mandato, o que permite a ele, hoje, tocar a gestão sem as crises sucessivas que o envolveram no passado. O desejo de ser presidente nacional decorre do clima tranquilo e da plataforma política que conseguiu implantar em Goiás.
É EXAGERADO O TEMPO QUE CAIADO PASSA EM BRASÍLIA E NO SENADO
É notório o gosto do governador Ronaldo Caiado por Brasília. É lá que ele passa grande parte do seu tempo – e reconheceu isso em uma das entrevistas que deu há poucos dias, quando justificou a sua presença na capital do país como decorrência da necessidade de procurar apoio para o que define como recuperação fiscal do Estado (detalhe: até hoje não conseguiu um tostão). Tudo bem. Mas às vezes a ausência do chefe do Executivo cria um vácuo em Goiás. E, no mais, quando vai para Brasília, Caiado gosta de gastar tempo no Senado, onde durante quatro anos teve uma cadeira e também onde exerceu com maior gosto a sua atividade parlamentar. Um deputado federal chegado a ele o aconselhou a diminuir a assiduidade no plenário da mais alta câmara legislativa do país. Afinal, não é ali que tem mandato, mas no governo goiano. Se viveu dias felizes como senador e agora pena como governador, essa mudança deveria ser encarada com naturalidade e assumida de vez.
JÂNIO DARROT É O CANDIDATO DO PEITO DE MARCONI PARA O PSDB
A candidatura do prefeito de Trindade Jânio Darrot à presidência do PSDB é inteiramente da responsabilidade do ex-governador Marconi Perillo. Mesmo proibido de fazer política pelo contrato de consultoria que tem com a Companhia Siderúrgica Nacional, Marconi entrou em campo para afastar as pretensões do ex-prefeito de Catalão Jardel Sebba e do deputado estadual Talles Barreto, que também estavam de olho no comando estadual do partido. O prefeito de Goianira Carlão da Fox não foi contatado pelo ex-governador para também retirar a candidatura por ser considerado peixe miúdo, sem a menor condição de chegar ao cargo. Jânio Darrot será eleito sem maiores problemas no próximo dia 3 de maio, sexta próxima, como representante do tucano-mor de Goiás e principalmente nome da sua mais absoluta confiança. Marconi quer e assim será.
RICARDO SOAVINSKI NÃO LIMPOU A SANEAGO E AGORA É COBRADO
São grandes as pressões para que o governador Ronaldo Caiado intervenha na Saneago, diante do receio de que venham a se repetir episódios como o da prisão de dois altos funcionários, já na atual gestão, envolvidos em corrupção dentro da empresa desde operações policiais durante o governo passado, mas ainda assim renomeados (ambos haviam sido presos, antecedente que o presidente Ricardo Soavinski ignorou). Além disso, espalha-se que a estatal continua infiltrada por altos assessores ligados às administrações anteriores, a exemplo de Daniel Morais Souza, Diretor Comercial, Ricardo de Sousa Correia, Diretoria de Expansão, herdados das gestões marconistas e mantidos. Nos últimos dias, incomodou a distribuição dentro da Saneago um artigo de Ricardo, publicado pelo Jornal Opção em setembro do ano passado, onde ele defende as gestões de Marconi Perillo como modernas e acusa Ronaldo Caiado de representar o “atraso”. Uma cópia foi parar no Palácio das Esmeraldas.
A INCRÍVEL E FANTÁSTICA FUSÃO DO PSDB COM O DEM E O PSD
A sopa partidária de letrinhas promete novidades para os próximos meses, com profundos reflexos em Goiás. Por proposta do governador de São Paulo João Dória, o PSDB vai mudar de nome e, pior ainda, está avaliando uma fusão com o DEM e o PSD, que essas duas legendas parecem também topar. Dória é o tucano de maior expressão nacional e sua vontade tem peso político indiscutível. No domingo passado, na convenção do DEM paulista, ele apresentou a ideia e foi muito bem recebido. As possibilidades são grandes, dada a declarada e reconhecida identidade entre os dois partidos. Em Goiás, a fusão, se acontecer, terá consequências graves e vai desorganizar a política estadual. Como é que seriam reunidos em uma mesma panela o governador Ronaldo Caiado, o ex-governador Marconi Perillo e o ex-deputado federal Vilmar Rocha? Só no dia de são nunca.
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