A decisão é iminente e deve sair nesta semana, garante Fernando Alonso. McLaren e Renault já não escondem mais que estão perto de celebrar uma outrora improvável aliança a partir da temporada 2018 do Mundial de F1. Mas para que o casamento vá em frente, é preciso que a Honda concorde em se divorciar da escuderia britânica, e que a Toro Rosso aceite receber os contestados motores da fábrica de Sakura pelo menos por um ano. Mas Alain Prost, consultor e embaixador da marca francesa, além de nome histórico da McLaren, onde faturou três dos seus quatro títulos mundiais, avisou: a Renault está pronta para o novo acordo.
“Estamos prontos. Mas primeiro, Toro Rosso, McLaren e Honda precisam estar de acordo”, garantiu o tetracampeão.
Fica no discurso de Éric Boullier, diretor de corridas da McLaren, que já não há a menor vontade de seguir com a Honda: “A McLaren sempre alcançou seus objetivos, e a Honda nunca alcançou os seus”, disparou o engenheiro francês.
A ruptura do acordo McLaren-Honda teria grandes consequências no aspecto financeiro, uma vez que a fábrica japonesa aporta grande quantia. A equipe perderia cerca de € 84 milhões (ou R$ 313 mi), mas o principal objetivo está em retomar a competitividade e o caminho das vitórias e títulos na F1.
Mas tanto Boullier como Zak Brown, diretor-executivo da McLaren, condicionam a aliança com a Renault à aceitação por parte da Toro Rosso.
“A situação é complicada porque não se trata apenas da McLaren. Temos também de considerar o que é melhor para o conjunto da F1”, comentou Boullier. “O cenário ideal é que todos possam sorrir no fim. Mas para chegar a isso, a Toro Rosso vai ter de aceitar. Precisamos saber o que estamos fazendo e até onde vamos, porque agora estamos em um prazo que afeta o projeto do carro do ano que vem”, explicou o dirigente norte-americano.
Assim, ao mesmo tempo em que a cúpula da F1 luta para evitar que a Honda deixe o esporte, o futuro da McLaren está nas mãos da Toro Rosso. Ou seja, tudo vai depender mesmo é da Red Bull.
Foto: Jolyon Palmer/Renault