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COLUNISTAS

ECONOMIA

ENERGIA

Com piora nos indicadores, conta de energia tem reajuste de 6,49% em Goiás

Nos últimos meses, os consumidores têm relatado interrupções frequentes no fornecimento de energia

19/10/2023 às 17h30


POR Redação

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A conta de energia em Goiás vai ficar 6,49% mais cara para consumidores residenciais a partir do próximo domingo (22/10). Isso porque a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, nesta terça-feira (17), o Reajuste Tarifário Anual (RTA) da Equatorial Goiás.

O aumento vem em meio a piora nos indicadores de duração e frequência de quedas de energia no estado. A distribuidora, inclusive, foi autuada pelo Procon Goiás no último dia 5 de outubro por má prestação de serviço.

Reajuste na conta de energia em Goiás

De acordo com a Aneel, o reajuste de 6,49% será válido para residências e pequenos comércios, que representam mais de 86% dos clientes. Para consumidores de baixa tensão o aumento será de 7,08%.

Já para os clientes de alta tensão, que abrange indústrias e grandes comércios, haverá redução de 5,3%. O efeito médio para o consumidor será de 3,54%.

Segundo a agência, entre os fatores que mais impactaram no reajuste, cabe destaque para os custos com atividades relacionadas à distribuição e ao transporte de energia elétrica, além de encargos setoriais.

De acordo com a Equatorial Goiás, a regulamentação em vigor, ao contrário do reajuste anual, a revisão ocorre a cada cinco anos e tem o objetivo de estabelecer o equilíbrio econômico e financeiro da concessão.

“Além da condução do processo, a Agência Reguladora também define as regras da revisão, que são aplicadas para todas as distribuidoras de energia elétrica do país. A última RTP da concessão goiana ocorreu em 2018.”

Piora nos indicadores

Dados da Aneel apontam que os consumidores goianos passaram mais tempo no escuro e tiveram mais interrupções de energia em agosto deste ano.

A Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (DEC) foi de 1,41 horas. Já a Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (FEC) foi de 0,98.

Os índices são piores em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando os indicadores foram de 1,01 de DEC e 0,61 de FEC. À época, a concessão de distribuição de energia no estado pertencia à Enel.

Problemas

Nos últimos meses, os consumidores, especialmente de Goiânia e Região Metropolitana, têm relatado interrupções frequentes no fornecimento de energia.

Entre os dias 1º de agosto e 28 de setembro deste ano, o Procon Goiás registrou 257 denúncias de consumidores contra a empresa.

Em setembro, o presidente Lener Jayme informou que os problemas foram causados pela combinação da rede degradada e a onda de calor, que aumenta a demanda por energia.

Na ocasião, ele também afirmou que a empresa ainda não está preparada para o período chuvoso, mas que os consumidores podem esperar melhora em relação ao ano anterior.

“Nós não conseguimos preparar a rede para o período chuvoso, pois foram mais de 20 anos sem investimentos na rede energética aqui em Goiás, o que é impossível de se resolver em apenas 9 meses. O que eu posso garantir é que a qualidade dos serviços vai ser melhor do que a do ano passado e que 2024 vai ser melhor que 2023, mas dizer que a rede está preparada, isso não é possível afirmar”, alegou à época.  

Segundo a distribuidora, no primeiro semestre deste ano foram investidos cerca de R$ 1,38 bilhão em melhorias no estado.

“A Equatorial Goiás executou um programa de investimentos de aproximadamente R$ 1,38 bilhão somente no primeiro semestre de 2023. Os recursos foram aplicados para evoluir gradativamente na qualidade e confiabilidade do serviço prestado.”