Fim da conciliação
Presidente Jair Bolsonaro (PSL) instituiu, nos últimos dias, o fim da política de conciliação. Ao contrário, está partindo para o ataque. Tem um mérito: tenta demonstrar autoridade. Beira o autoritarismo, mas a ideia é mostrar quem manda e quem tem opinião, mesmo sobre assuntos aparentemente menores. O lado negativo é a aparente supremacia total, aquela conversa de que o governo é forte mesmo e pode tudo. Um episódio simples, como a carona a familiares para um breve voo para acompanhar o casamento do filho futuro embaixador não vira crise, mas cria situações embaraçosas, como a patética coletiva em Goiânia, encerrada de forma ríspida pelo presidente. Que falou, calmamente, sobre o assunto no dia seguinte no Rio. Da mesma forma, a rusga que beira ao pessoal com o atual presidente da OAB gera tensão.
Teste de fogo
O fim do recesso do Judiciário será um teste de fogo para o ministro Sérgio Moro. Pegou mal no meio a tentativa de destruir os diálogos capturados pela Polícia Federal e que já são conhecidos pelas publicações do Intercept, Veja e Folha.
Outra pauta
Glenn Greenwald entrou em processo de vitimização e pode virar símbolo da defesa da liberdade de expressão. Lembrando que pressões internacionais nesses casos costumam surtir efeito. Basta lembrar que o acordo comercial do Mercosul com a União Europeia está travado pela nova política ambiental do governo brasileiro.
Mais pauta
A rebelião de presos em Altamir (PA) mostra que o setor de segurança, que tem Mora como comandante máximo, continua ineficiente no controle dos presídios no Brasil.
Beber água
Com a volta dos trabalhos na Assembleia Legislativa, será conhecido o clima para a discussão da adesão de Goiás à recuperação fiscal do governo federal. Boa parte dos deputados demonstrou disposição em resistir. Será?
Diretor
Na Câmara Municipal de Goiânia, a principal pauta é a revisão do Plano Diretor, que foi entregue à Casa no final do semestre passado, estabelecendo novas normas para a cidade.
Espera
Nos próximos dias, deve ser devolvido o projeto do Código Tributário. Que já corre risco de não ser aprovado a tempo de entrar em vigor no ano que vem.
Aliança à esquerda
Os ex-candidatos à presidência Fernando Haddad (PT) e Guilherme Boulos (SPSOL) se juntaram ao governador Flávio Dino (PCdoB). Não, ainda não é a próxima eleição presidencial. Querem o afastamento do ministro Sérgio Moro.
Goianos gordos
Mais recente pesquisa do Ministério da Saúde, com dados fechados em 2018, mostram que mais de 55% da população brasileira está acima do peso. Em contato com a coluna, o cirurgião bariátrico Leonardo Porto Sebba lembra que este é um efeito colateral da melhoria na qualidade de vida da população brasileira, registrado nos últimos anos. Segundo ele, em Goiás o excesso de peso atinge 54% dos goianos e 46% das goianas.
Neymar livre
O melhor jogador brasileiro ficou livre do inquérito aberto para investigar possível estupro. O resumo da crise: Neymar, sob pressão, se machucou, não participou do título da Copa América, não conseguiu sair do PSG e vai ter que continuar vivendo em Paris.
Frase do dia
“A liberdade não é um luxo dos tempos de bonança; é, sobretudo, o maior elemento da estabilidade das instituições"
(Rui Barbosa)