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COLUNISTAS

PONTO & VÍRGULA | Marcelo Heleno

POLÍTICA

Coluna Ponto & Vírgula - 25 de outubro de 2018

25/10/2018 às 07h00


POR PONTO & VÍRGULA | Marcelo Heleno

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A UM PASSO DA ERA BOLSONARO

Processo sem volta. No final de semana, o capitão deve virar presidente. Tem que agradecer muito, especialmente ao PT. Primeiro, por não ter promovido mudanças mais profundas no país. Não falo de nenhuma ditadura bolivariana, mas sim avançar nos processos políticos e sociais. O PT quis manter uma massa dependente de programas sociais bem sucedidos para, a seu modo manter o seu curral eleitoral. E, claro, com os tucanos de oposição. O excesso de corrupção derrubou o castelo construído e abriu brecha para o surgimento de outras forças políticas. Os partidos tradicionais estão destruídos, porque envolvidos no mesmo tipo de esquema que a população condena. O capitão assumiu a pauta conservadora. Como os outros presidentes, vai tentar imprimir uma marca no seu governo. A tendência é que iniciemos em 2019 um tempo com menos direitos, a julgar pelos assuntos e propostas levantados pelo nosso futuro presidente, que falou, direta ou indiretamente, em impeachment de ministros do STF, liberalização de morte em confrontos envolvendo policiais, fim de regras para licenciamento ambiental, diminuição de áreas indígenas, liberalização do comércio de armas e, o mais grave, considerar o debate como secundário. Espero que não se confunda autoridade com autoritarismo. Nem prevalência com intolerância. Definitivamente, o Brasil não é uma Venezuela. E tem que ser tratado de forma mais altiva.

 

ATAQUE EXPLICADO

A propagando ofensiva de Bolsonaro na última semana acabou sendo justificada: mesmo sem ameaçar, Fernando Haddad diminuiu a diferença. Que deve cair mais ainda até domingo.

 

TEMER EM FIM DE FÉRIAS

Não fosse o indiciamento da PF, ao lado do amigo do peito coronel Lima, o presidente Michel Temer viveu dias tranquilos neste período eleitoral. Foi ignorado solenemente na campanha. Tentou ser candidato e não conseguiu. Tentou fazer um candidato e não teve sucesso. Um governo interino, sem graça e sem grandes números u realizações. Que deu sua parcela de contribuição para transformar o MDB em um partido apenas mediano no próximo Congresso Nacional. Encolheu.

 

TRANSIÇÃO RÁPIDA

Governador eleito, Ronaldo Caiado quer a conclusão do trabalho da equipe de transição ainda em novembro. Tudo a ver com o planejamento já para janeiro. Que inclui possível mexida na estrutura administrativa e adequação do Orçamento aos programas do novo governo. o tempo é curto. Na Alego, a relatoria do Orçamento estará a cargo do deputado Lívio Luciano, auditor fiscal de carreira e que chegou a ser anunciado durante campanha como integrante da equipe de auxiliares de Caiado.

 

SENADOR GOVERNADOR

Enquanto rolava a comemoração do aniversário de Goiânia, Ronaldo Caiado (DEM) trabalhou na aprovação na Comissão Mista do Senado de projeto que estabelece regime fiscal para a indústria automobilística nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Caiado estima em 70 mil o número de empregos que serão mantidos em Goiás com a medida, que segue para votação em plenário.

 

SEM NOME NATURAL

A poeira abaixou e começa a ser montado o tabuleiro da sucessão em Goiânia. o atual prefeito, Íris Rezende (MJDB) não acena e pessoas próximas a eles acham difícil a reeleição. Senador mais votado em outubro e derrotado por Íris no segundo turno, Vanderlan Cardoso (PP) aparece como o nome mais forte no momento para a sucessão. Mas pode optar por ficar em Brasília, de olho em nova disputa pelo Governo de Goiás em 2022. José Vitti (PSDB) e Daniel Vilela (MDB) fracassaram nas urnas e ficam mais distantes. Há espaço para um nome novo. Mas, quem?

 

ROUPA NOVA

Não, não é terno de posse. É um dos mais completos grupos musicais do país, que fecha o Flamboyant In Concert 2018 na próxima terça-feira, 30. Sucesso garantido, já que todos os ingressos estão esgotados em todos os setores.

 

CRUZANDO OS DEDOS

O final de semana será de muita torcida para Goiás, Vila Nova e Atlético, que apostam no acesso à Série A para o ano que vem. Faltam seis jogos para cada equipe e os três goianos dependem somente de seus resultados para chegar lá.

 

PENSANDO BEM

Agora é gastar os últimos momentos para refletir e escolher o melhor candidato a presidente. Ou o menos pior. Sei lá.

 

FRASE DO DIA

“Ter-me-iam bastado um cabo e dois soldados para fechar o Congresso” (Jânio Quadros sobre o autogolpe que não deu certo nos anos 60)