Mais de dez
A balbúrdia na política e o fim das coligações pode levar Goiânia a ter uma inflação de candidatos a prefeito. Claro que estamos a mais de um ano da escolha dos partidos, mas os nomes vão sendo ventilados. O MDB terá candidato. Se for mesmo Íris Rezende à reeleição, com apoio do governo estadual, já que o DEM não tem nome colocado. Se Íris não for, abre possibilidade para Andrey Azeredo, Agenor Mariano, Bruno Peixoto ou Clécio Alves. O PSDB tem os vereadores Anselmo Pereira e Dra. Cristina como opção, mas corre o risco de não ver nenhum deles na sigla no ano que vem. O PT parece morto, mas pode (e deve) lançar candidatura para ocupar espaço. Os deputados Humberto Aidar e Adriana Accorsi são opções. O PSL vai. Hoje seria Major Araújo. O Pros tem tudo para ir. Pode ser o vice-governador Lincoln Tejota. O PSB tem Elias Vaz e Jorge Kajuru como opções. Os deputados Charles Bento, Alisson Lima e Francisco Jr também podem construir suas candidaturas. Vanderlan Cardoso (PP) é uma possibilidade adormecida. As siglas de esquerda (PSOL, PCB e PSTU) apresentam, pelo menos, uma candidatura. E as siglas menores podem bancar candidatura para puxar votos para a Câmara.
Clima
Sabrina Garcez e Lucas Kitão tentam comandar a nova oposição na Câmara Municipal de Goiânia. pedido de impeachment do prefeito Íris Rezende, por atraso nas obras dos CMEIs, pode ser examinado ainda antes do feriado. Teste para eles, para a nova base do prefeito e para o presidente da casa, Romário Policarpo, que pode arquivar o pedido ou deixar a decisão para o plenário.
Caciques
O PSL deve ter o maior recuso do fundo partidário. Os deputados Delega Waldir e Major Victor Hugo vem disputando a liderança da sigla, que deve ter o maior crescimento nas eleições municipais.
Puxão de orelha
Autor do pedido de impeachment do prefeito, o deputado Alisson Lima pode sofrer advertência do seu partido, o PRB, que integra a gestão de Íris.
Mais um
Ex-ministro Alexandre Baldy (PP) anunciando ações contra o senador Jorge Kajuru (PSB), seguindo o exemplo do seu atual chefe, João Dória (PSDB). Baldy aponta 66 crimes que teriam sido cometidos por Kajuru em pronunciamentos contra ele. Mais trabalho para advogados.
Cotem-lhe a cabeça
Com relações rompidas com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), dificilmente o goiano Major Victor Hugo (PSL) continuará na liderança do Governo na Câmara.
Polo negativo
Em audiência pública na Comissão de Minas e Energia da Câmara, em Brasília, a ANEEL confirmou que a Enel Goiás continua como pior distribuidora de energia do país, lugar alcançado em 2012 e que nem privatização deu jeito. A empresa dobrou o lucro no ano passado e diminuiu os investimentos, o que tem causou críticas suprapartidárias da bancada goiana.
Recuos da semana
Voltou o dinheiro para educação, caiu a liberação para comprar fuzil, a classe política já não é tão ruim assim e não tem mais ministério para fazer graça com o Congresso.
Mais um teste
Com a popularidade em queda, o presidente Bolsonaro e seus seguidores vão ter um domingo tenso. O sucesso das manifestações convocadas para apoiar o governo pode reforçar as posições apresentadas até agora. Ou não.
Constatação
A Praça Cívica é do povo. Como o céu é do avião.
Chico é Chico
Hora de esquecer o patrulhamento político e a tal intolerância. Foi Chico Buarque e não Olavo de Carvalho quem ganhou o Prêmio Camões de Literatura, um dos mais conceituados da língua portuguesa. Independente de posições políticas, pontuais ou não, o artista constrói o nome e a carreira, com base no talento e no trabalho. E feliz é o país que tem um artista tão completo e com uma obra densa como Chico Buarque de Hollanda. Branco, de olhos azuis, com dois eles. Ser sensível.