PSL é Bolsonaro
Amar Bolsonaro é a saída que o PSL tem para ganhar musculatura. Com a segunda maior bancada no Congresso, terá dinheiro do fundo partidário. A força da máquina costuma favorecer naturalmente. Caberá às lideranças regionais conduzir bem o processo. E, claro, a Bolsonaro dar discurso aos seus sseguidores.Diferente de Collor, eleito em 1989 pelo nanico PRN, o PSL tem bancada em Brasília e tem participado das articulações do governo. Em Goiás, o presidente é o impulsivo Delegado Waldir, que tem a companhia do moderado Major Victor Hugo. Os dois são so deputados do partido.
Prova de fogo
As eleições municipais serão um termômetro para saber até que ponto vai o desejo de mudança, que vem sendo demonstrado pelo eleitor. Os partidos tradicionais estão em baixa, é verdade. Mas conseguem manter alguns redutos. O PT, que vem perdendo espaços nos grandes centros urbanos, mantém força no Nordeste. O MDB consegue manter uma rede de prefeitos, que pode ser ou não atingida pela onde de mudança. O PSDB cambaleia, mas mantém supremacia em São Paulo, onde ganhou todas as eleições estaduais e tem hoje o comando da maior cidade do país. Foi a partir de Salvador que ACM Neto consegui se manter à frente do DEM, sigla revigorada na era Bolsonaro. Por fim, o PSL tem a chance de se firmar como sigla nacional.
Sem espaço
Doria tentou (e não conseguiu) emplacar já Henrique Meirelles (quase ex-MDB) para disputar a prefeitura paulistana. Resistência vem do atual prefeito Bruno Covas, tucano de pedigree, que se acha candidato natural à reeleição. Vai ter disputa.
Força da mudança
Por aqui, Ronaldo Caiado tem a chance de fincar as bases nas eleições municipais. Diz que terá candidato nos principais colégios eleitorais. Faltam nomes ao DEM em Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis. A saída pode ser em nomes considerados fortes, como o secretário Wilder Moraes em Goiânia ou buscar alianças dentro da base. O mais importante é fazer um bom número de prefeitos.
MDB quer ser grande
O partido quer mostrar que é a principal sigla do Estado. O problema é que segue dividido. Parte apoia Caiado, parte defende projeto independente. Enquanto isso, prefeitos como Íris Rezende e Gustavo Mendanha buscam parcerias com todos os entes. O foco maior é Goiânia, onde Íris travou o processo ao dizer que não pretende disputar a reeleição.
Super representante
Lembrando como opção para Goiânia, Maguito Vilela desconversa. Assim como fez quaeendo começou a ser sondado para disputar Aparecida de Goiânia há dez anos. Recentemente, esteve em Santa Helena para o sepultamento do ex-vereador Duquinha, líder histórico do partido que partiu aos 95 anos. Maguito chegou representando o filho e presidente do partido, Daniel, mais os prefeitos Íris e Gustavo. Maguito sempre tem agregado.
A pedra de Vanderlan
Vencer em Senador Canedo é questão de honra para o senador Vanderlan Cardoso. O problema é que ele conseguiu isso apenas uma vez, depois que deixou de ser prefeito. Com o então deputado Misael Oliveira, que saiu como a pior avaliação da história do município. Depois de ter apanhado dos adversários em quatro campanhas, o atual prefeito Divino Lemes tem a máquina na mão, experiência e o desafio de convencer o novo eleitor de que ele continua sendo a melhor opção.
Bandeira esquecida
Melhoria no transporte deixou de ser bandeira para os prefeitos. Mesmo com Caiado se negando a participar do assunto. Gustavo Mendanha puxou o discurso de melhoria no ano passado, mas acabou atropelado pelo então governador Marconi Perillo. Jânio Darrot preferiu aprovar o aumento e deixar o assunto esfriar. Parece que nenhum prefeito entendeu ainda que pode (e deve) criar um sistema próprio, principalmente que funcione. E que isso pode ser bom para o município e para a população. Senador Canedo e Catalão dão exemplo no serviço de água e esgoto, por exemplo. Por que não tentar?
Por que?
Alexandre de Moraes e Dias Toffoli não percebem que acabou a brincadeira.
Frase do dia
“O primeiro método para estimar a inteligência de um governo é olhar para os homens que tem à sua volta”
(Maquiavel)