POR PONTO & VÍRGULA | Marcelo Heleno
LÍVIO SECRETÁRIO?
O suspense em torno do secretariado de Ronaldo Caiado (DEM) pode entrar na segunda metade de dezembro. Tudo a ver com o resultado do trabalho da equipe de transição e uma escolha mais rigorosa, especialmente nas áreas mais críticas para todo governo. durante a campanha, o deputado Lívio Luciano chegou a ser anunciado, publicamente, como possível auxiliar, em caso de vitória. Que ocorreu. Técnico de carreira da Sefaz, Lívio, atualmente no Podemos, foi saudado pelo conhecimento da estrutura de arrecadação, tendo ajudado Caiado a entender melhor o funcionamento da máquina. Está pavimentando essa indicação com a relatoria de três projetos considerados fundamentais para o governo, na Alego. Com mais de 17 mil votos, é o primeiro suplente da sua coligação.
POUCOS OS CONVIDADOS
Pessoas próximas atribuem à fábrica de boatos as especulações. Garantem que ninguém foi convidado.
RE-APARIÇÃO
Membro da Executiva Nacional do PSDB, o ex-governador Marconi Perillo é aguardado para a reunião de quinta-feira em Brasília. Os tucanos começam a definir os rumos para o futuro, convivendo com o encolhimento da bancada federal, questionamentos da Lava Jato e a perda do status de antagonismo dos petistas.
DANDO TRABALHO
Aceno de trabalho árduo para a turma do Itamaraty, a partir de janeiro. O presidente eleito Jair Bolsonaro já criou problema com China, Venezuela, Argentina, Israel e Cuba, além da Europa toda. Com ajuda dos auxiliares.
ENTREVISTA LUCAS KITÃO
Advogado, Lucas Kitão foi vice-presidente do PSDB Jovem e integrante da Comissão de Direitos Humanos da OAB-GO. Ex-estagiário da Casa, retornou à Câmara Municipal de Goiânia em janeiro de 2017, eleito com 4.499 votos em um PSL pouco concorrido à época. Aos 27 anos, é um dos mais promissores da atual legislatura.
Chegando à metade do mandato, compensa ser vereador em uma cidade como Goiânia?
Compensa sim. Afinal é uma posição nobre, que tem que ter vocação, porque as dificuldades são enormes, ainda em uma Goiânia mal tratada como está a nossa. Estamos fazendo uma política séria, sem tapinhas nas costas, olhando no olho das pessoas e contando a verdade. Talvez por isso estamos na oposição. Preciso ser justo com os meus eleitores e tenho me posicionar de forma coerente.
O que mais te alegrou no mandato até agora? O que mais decepciona?
O que mais me alegra é ter o reconhecimento das pessoas, que é fazer a política séria. Eu não nasci em Goiânia, Goiânia nasceu em mim. E eu tenho essa obrigação de cuidar dela, mesmo encontrando muitas dificuldades. E o que mais me frustra é isso. A prefeitura, que é quem mais deveria cuidar da cidade, às vezes vai deixando ela de mão. O serviço do cidadão não é retornado, essa é a minha maior decepção.
Quando ingressou no PSL, você certamente não imaginava estar no partido de um presidente da República. Mudou alguma coisa pra você dentro do partido?
Quando entrei no PSL foi pensando em colocar em prática as ideias do liberalismo, um Estado menor, uma prefeitura mais enxuta, um serv8iço de qualidade para o cidadão e a gente até ganhou uma oportunidade de mostrar isso para o Brasil. A esperança que eu tenho é essa, de ter um presidente que ouça o partido e que coloque em prática tudo aquilo que a gente vem defendendo. Seus primeiros atos foram diminuir número de ministérios, de prometer enxugamento da máquina e, em troca disso, o cidadão vai ter um serviço melhor. A esperança é que ele traduza em um mandato o recado das urnas.
Qual é o perfil do próximo prefeito a ser eleito em Goiânia em 2020?
O próximo prefeito de Goiânia deve ser digital e não analógico, que deixam de olhar os interesses coletivos para ver interesses pessoais. O eleitor goianiense vai querer uma pessoa moderna, arrojada e que pense muito mais no amanhã do que no ontem.
FRASE DO DIA
“Os homens não moldam o seu destino. O destino produz o homem de cada momento” (Fidel Castro)
