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COLUNISTAS

PONTO & VÍRGULA | Marcelo Heleno

POLÍTICA

Coluna Ponto & Vírgula - 17 De Outubro De 2019

17/10/2019 às 08h51


POR PONTO & VÍRGULA | Marcelo Heleno

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Crise do PSL

A disputa entre Bolsonaro e Bivar pelo comando do PSL é caminho sem volta. É difícil imaginar a turma do presidente indo para outro partido, deixando Bivar livre, leve e solto para tentar manter o crescimento (ou inchaço) da sigla, à base do fundo partidário. Ao que parece, Bolsonaro quis enfraquecer Bivar para assumir as rédeas do PSL. Bivar não aceitou e está reagindo, usando exatamente a estrutura montada por ele e que tem em Bolsonaro o seu maior valor agregado.

Mudança

Até bem pouco tempo atrás, quem definia os rumos do PSL era o grupo de deputados federais. A esse grupo, Luciano Bivar fez um pequeno acréscimo: mais 135 pessoas, indicadas pela direção. Em resumo: é Bivar quem tem o comando do partido do presidente.

 

Em Goiás

Presidente da sigla, Delegado Waldir está entre a cruz e a espada: deve lealdade a Bivar, mas a bancada do partido, onde é líder, tende a seguir o presidente. Sem grande capacidade de articulação, Delegado Waldir tem a liderança ameaçada na bancada e pode ser vítima do foto cruzado dos dirigentes, perdendo o comando em Goiás.

 Sobra

Um dos três deputados estaduais do partido pode ser chamado para comandar o PSL nas eleições municipais do ano que vem.

 Dinheiro em caixa

A tal da caixa, citada por Bolsonaro, pode não ser preta, mas está cheia. Com a maior bancada na Câmara, o valor recebido mensalmente do fundo partidário pelo PSL subiu de R$ 627 mil para mais de R$ 8 milhões mensais.

PT quietinho

Segunda maior bancada, o partido de Lula recebe mais de R$ 7 milhões. Na faixa dos R$ 4 milhões mensais estão PSDB, PSD, PP, MDB e PSB. É dinheiro para a manutenção dos partidos, com os gastos com sedes, viagens, encontros, seminários, funcionários...

 Histórias

O PT se dá ao luxo de pagar salário a Lula para ser presidente de honra. Outras siglas, como o PSOL, pagam jetons a dirigentes. O PROS chegou a comprar avião. E, é claro, o dinheiro pode ser usado em campanhas também.

 Divisão do bolo

Para entrar na divisão, o partido precisou obter 1,5% dos votos válidos para a Câmara dos Deputados no ano passado, com pelo menos 1% em nove unidades da federação. Ou ter conseguido a eleição de nove parlamentares em nove Estados diferentes.

 O Novo

Sem aceitar dinheiro público, o Novo tem direito a mais de R$ 2 milhões mensais. Mas não usa e não devolve. Porque se devolver, será rateado para outras siglas.

 Caiado positivo

Governador Ronaldo Caiado (DEM) volta ao batente depois da cirurgia anunciando visita do presidente Jair Bolsonaro para o mês que vem. De quebra, acertou a dívida do Estado com o transporte escolar, do ano passado. Fechando mais um capítulo da herança maldita.

Teatro federal

O julgamento da prisão em segunda instância começa hoje e vai-se estender pela semana que vem. Pelo esquema do roteirista Dias Toffoli, hoje apenas um resumo do caso e as sustentações orais. Aqueles votos de uma hora e tanto de duração cada ficam para a semana que vem. O STF já julgou três vezes o instrumento, permitindo a prisão após condenação em segunda instância. Mas Toffoli decidiu que o julgamento que vai valer mesmo é este.

 Um mês

Desde que veio topar o bate-boca com Caiado, Marconi Perillo não dá as caras em Goiás.

 Porre de gente boa

Conheci o jornalista Marcos Gomes quando a Câmara Municipal ainda funcionava no Parthenon Center. Jornalista competente e figura humana muito agradável, ele é um dos autores que participam do lançamento coletivo de nova fornada da série Goiânia Em Prosa & Verso, idealizada pela equipe do secretário Kléber Adorno de outras gestões. Marcos teve direito a prefácio assinado pelos professores Álvaro Catelan e  Euripedes Leôncio. Festa para a nova estação, na Praça do Trabalhador. Na terça, dia 22.

Saudosismo

Marcos Gomes me fez lembrar de um tempo em que Goiânia tinha Segunda Aberta, Terça de Arte, Quarta Cultural e a sexta-feira no DCE. Projetos que agitavam culturalmente a cidade e que abriram espaço para muitos artistas em Goiás.

 Fechando a conta

O Brasil tem, hoje, 32 partidos políticos. O mais antigo é o MDB, registrado em junho de 1981. Depois, PTB, PDT, PT e DEM fecham a lista dos cinco mais antigos com registro junto à Justiça Eleitoral. O emergente PSL é 22º, registrado em 1998. O caçula é o Partido da Mulher Brasileira (PMB).

  Por que?

Nem sempre quantidade é sinônimo de qualidade.  

 Frase do dia

“Escolher o adversário às vezes é muito mais importante que escolher o aliado”

 

(Tancredo Neves)