POR PONTO & VÍRGULA | Marcelo Heleno
100 dias de Caiado
A exemplo do presidente Bolsonaro, a coluna promoveu enquete por redes sociais e de transmissão sobre os 100 dias de gestão do governador Ronaldo Caiado. Da mesma forma, existem apaixonados contra e a favor, o que é perfeitamente normal. O tempo é muito curto para implantar a mudança prometida em campanha. Alguns leitores já apontam caminhos positivos já adotados, mas a principal marca continua sendo o pagamento do mês de dezembro dos servidores. Na verdade, uma parcela dos servidores. Mas a questão virou cavalo de batalha. Caiado segue no desafio, de mudar os rumos da política dominada durante vinte anos por outros grupo.
Pra quem gosta
Dois pontos principais são destacados para quem mantém firme a confiança no governador. A primeira é a quebra de esquemas, que vem sendo denunciados, especialmente nos últimos meses. Caiado está na vida pública há quase 40 anos, sem nada de grave a manchar a reputação. O oturo ponto é a vontade de acertar. A eliminação da terceira classe dos PMs, o primeiro resgate integral de campanha também é destacado. E ainda a mudança administrativa, destinando verbas específicas a áreas que sofrem para colocar projetos em prática, como o meio ambiente.
Pra quem não gosta
A não quitação do salário de dezembro é o ponto mais lembrado, como exemplo de desrespeito ao funcionalismo e de uma alegada arrogância, que seria fruto da falta de diálogo do atual governo. A incapacidade de gestão também é colocada pelos internautas que criticam o início de governo.
Vacas magras
As dívidas herdadas são lembradas pelos dois grupos. De um lado, como justificativa para a falta de ações. De outro, como exemplo da falta de criatividade para encontrar essas soluções. A aposta continua sendo na ajuda federal, esperada para fevereiro, que ficou para abril e que, na real, deve vir apenas no início do segundo semestre.
Centro da questão
No levantamento feito por especialistas para o jornal O Globo, a gestão de Caiado foi reprovada em educação e segurança, com o fechamento de escolas, a greve dos professores e a manutenção dos índices de criminalidade, que só devem cair mesmo com um tempo maior de ações. Na saúde, recebeu nota positiva, puxada pela busca de soluções para o Materno Infantil.
Aliás
A solução provisória de colocar uma ala não utilizada do Hugol para atender à pediatria deveria ser efetivada. Tomada como decisão definitiva. Dificilmente, a unidade receberá recursos suficientes para funcionar a todo vapor. Sendo assim, o governo pode (e deve) alterar o projeto inicial e utilizar já toda essa estrutura em prol do máximo de pacientes possível. Construir um novo hospital para as crianças e adolescentes vai demorar uns dois anos. Até equipar e colcoar para funcionar, periga acabar o governo.
Opções do MDB
O debate interno já movimenta o partido para as eleições municipais do ano que vem. Em Goiânia, o plano A é Andrey Azeredo: o B, Bruno Peixoto: o C, Clécio Alves. Todas as outras letras do alfabeto combinam com Íris Rezende. Que vai continuar só observando.
Também não
Apontado como opção viável, talvez o plano M, Maguito Vilela evita o assunto.
Por que?
Alguém leva um coldre vazio para uma sessão legislativa.
Frase do dia
“Política é esperar o cavalo passar”
(Getúlio Vargas)
