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PONTO & VÍRGULA | Marcelo Heleno

Política

Coluna Ponto & Vírgula - 10 de janeiro de 2019

10/01/2019 às 08h33


POR PONTO & VÍRGULA | Marcelo Heleno

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O PAGAMENTO DA DISCÓRDIA

A corda está totalmente esticada. A equipe do governador Ronaldo Caiado tem apontado o caos financeiro enfrentado pelo Estado. Um dos maiores exemplos dessa situação é o pagamento da folha de dezembro. Depois de divergências quanto a valores devidos e deixados, a nova secretária da Fazenda, Cristiane Alkmin insiste na necessidade de adesão ao programa de recuperação fiscal no Tesouro Nacional e apontou pedalada fiscal da gestão anterior. A resposta veio em dois tempos. Primeiro, o ex-governador Marconi Perillo, que procurou defender o seu legado junto ao funcionalismo, deixando claro que a sua responsabilidade em torno do assunto terminaria em abril do ano passado, quando deixou o comando do Governo para naufragar na eleição para o Senado. Algumas horas depois, o seus sucessor, José Eliton, divulgou outra nota, citando argumentos jurídicos e orçamentários para tentar dizer que não fez nada mais do que o normal. O resultado prático é que a missão do Tesouro Nacional chega a Goiânia na segunda, uma semana antes do previsto, para estudar a forma de socorro federal às contas de Goiás. Quanto ao pagamento de dezembro, os sindicatos rejeitaram a proposta de parcelamento em oito vezes e uma solução deve ser anunciada nos próximos dias.

 

EM TEMPO

O funcionalismo tem pago a sua parcela na conta sempre que o comando muda de grupo. Foi assim com Íris Rezende, em 1983, Íris de novo em 1991, Marconi Perillo em 1999 e 2011 e agora com a chegada de Caiado.

 

REFERÊNCIA NACIONAL

Com mais de duas décadas de experiência parlamentar, Caiado vive sua primeira experiência no Executivo e pode se tornar em liderança entre os 27 governadores que assumiram em janeiro. Está alinhado com o governo Bolsonaro na reforma da Previdência e tem chamado a atenção para problemas comuns, como o pagamento de dezembro, o vermelho nas contas públicas e a questão da segurança, que são problemas comuns a todos eles. Caiado, por exemplo, bateu ponto duas vezes na semana em espaços generosos na GloboNews.

 

OUTRO SUCESSOR

Caiado deixou Brasília como a única voz de Goiás que era realmente ouvida no Congresso. Posto, aliás, que está vago. E que não deve ser herdado pelo seu suplente Luiz Carlos do Carmo, que passou para o folclore da Alego por ocupar a tribuna pela primeira vez no final do quarto ano de seu mandato. Entre os novatos, o deputado Elias Vaz e os senadores Jorge Kajuru e Vanderlan Cardoso podem sobressair.

 

OUTRO EXÍLIO

Quando perdeu a eleição em 1998, Íris Rezende usou a propriedade em Guapó como principal refúgio, para lamber feridas e construir a volta, que se concretizaria apenas em 2004 com a eleição para a Prefeitura de Goiânia. Marconi Perillo optou por São Paulo, de onde deve desenvolver ações em nome da nova oposição. A eleição para a prefeitura da capital em 2020 não deve ser a prioridade.

 

EM BAIXA                                                                     

O fortalecimento da candidatura de Rodrigo Maia (DEM-RJ) colocou goianos que sonhavam com a presidência da Câmara em calmaria. O primeiro a sair do páreo foi Delegado Waldir (PSL), que ganhou a liderança na Casa, como reconhecimento pelo trabalho feito até agora. O PRB de João Campos já anunciou o apoio a Maia, caminho que deve ser seguido também pelo PSDB de Célio Silveira.

 

SEGUNDO PLANO

O ânimo não é o mesmo, mas a disposição continua. Íris Rezende deve esperar o final de 2019, com o resultado das primeiras ações de Caiado aqui e Bolsonaro lá, mais a reação do eleitor para começar a mexer o doce para a sua sucessão. O prefeito sempre tem colocado um ponto de interrogação sobre o candidato do MDB. Como sempre acontece quando existe a possibilidade de esse nome ser o dele.

 

EFEITO BOLSONARO?

Pesquisa da ANP mostra que o preço da gasolina caiu. 1% em média, algo em torno de 4 centavos por litro. A queda começou pela refinaria e está chegando, sem pressa e como sempre, ao bolso do consumidor. Pra baixar mesmo, é só reduzir a carga tributária.

 

TEMOR

Governadores tem feito um pressão discreta para que Força Nacional resolva logo a questão dos ataques no Ceará. O temor é de um efeito cascata pelo país, difícil de segurar em um momento de crises.

 

MÚSICA EM ALTA

Considerado como uma prévia do Oscar, o filme biográfico sobre Freddy Mercury foi o grande vencedor do Globo de Ouro. Reconhecimento para uma tendência do cinema mundial. Em tempo de valores culturais pouco convincentes, o cinema tem recorrido a grandes astros do passado, como é o caso do líder do Queen.

 

MILTON & CAETANO

Falando em música, Caetano Veloso, em voz e violão, vai abrir a temporada 2019 no Flamboyant In Concert 2019, um dos projetos mais tradicionais da cidade. Dez dias antes, Milton Nascimento inicia nova turnê, que vai incluir apenas músicas de Clube da Esquina e Clube da Esquina 2, que marcaram época na década de 70. Nada programado para Goiânia. Em Brasília, será no dia 13 de abril.

 

 

FRASE DO DIA

“Goiás vai ser o Estado mais seguro do país. Aqui terá segurança, o Estado será forte no combate à criminalidade” (Ronaldo Caiado)