POR PONTO & VÍRGULA | Marcelo Heleno
Goiânia é 10!
Tem gente apostando já em um recorde de candidatos à prefeitura de Goiânia. Desde a retomada da eleição direta para prefeito de capital, em 1985, o máximo que tivemos foram oito candidatos. O principal motivo é o fim da coligação para a eleição de vereador. Sem esse instrumento, ter candidato pode ser um atrativo a mais para ter sucesso na eleição para a Câmara. Íris Rezende é o candidato natural, como atual prefeito, mas a sua decisão de manter o mistério até o momento das convenções pode estimular o aumento no número de concorrentes.
O maior vencedor
Íris Rezende disputou e venceu três eleições neste período. Está no topo deste ranking, seguido por Nion Albernaz, eleito duas vezes, uma com Íris no PMDB e outra no PSDB.
Dois polos
O PSB, que aparece com Jorge Kajuru e Elias Vaz como opções neste ano, disputou a prefeitura apenas duas vezes: menos de 1% com Ivan Ornelas em 1988, e segundo turno, com Vanderlan Cardoso, no último pleito.
DEM fraco
Apesar da disposição do governo goiano em participar das eleições na capital, o DEM chegou, no máximo, aos 20% com Sandes Jr. Na última tentativa, Raquel Azeredo naufragou com menos de 5% dos votos. A lógica aponta que a candidatura caiadista pode ser a de Íris. Neste caso, o maior trabalho seria indicar o vice.
PSDB fraco
Os tucanos venceram com Nion, em 1996, que já tinha administrado Goiânia uma vez, e perderam com Lúcia Vânia, em 2000. Depois, só ficou no ensaio.
Apetite
Das novas siglas, o PSL e o Pros aparecem com maior apetite. O primeiro, embalado pela vitória de Bolsonaro e pela nova votação do Delegado Waldir. O Pros vem construindo o seu projeto de poder em Goiás: tem hoje o vice-governador, o presidente da Câmara, um deputado com apetite na Alego e o líder do prefeito.
No topo
Delegado Waldir tem a missão, inclusive, de manter intacto o seu prestígio dentro do partido: ele foi o segundo que mais recebeu dinheiro do fundo partidário do PSL na eleição para deputado federal, no ano passado, perdendo apenas para o presidente Bivar.
Ausências
PT e MDB ficaram de fora da eleição para prefeito em Goiânia apenas uma vez cada. Os petistas, quando apoiaram a reeleição de Íris em 2008. E o MDB, quando apoiou a reeleição de Paulo Garcia, em 2012.
Maior tunda
Paulo Garcia e Íris Rezende foram os únicos a vencer uma eleição em primeiro turno. Em 2008, Íris exagerou e teve mais de 74% dos votos válidos.
Sugestão
Governador Ronaldo Caiado está perdendo uma boa oportunidade de acabar com a DCTC. Um órgão que não tem sede, não tem corpo técnico e que se reúne apenas uma vez por ano pra aprovar reajuste de tarifa e fazer um pouco de teatro. Tem-se mostrado desnecessário.
Lançamento
Sebastião de Assis Neto, Marcelo de Jesus e Maria Izabel de Melo lançam livro sobre as novidades do Direito Civil. Com palestra nesta quinta, 9, no auditório da ESA-GO.
Por que?
Junto com a reforma da Previdência e a exigência de manter o trabalhador mais tempo no mercado, o ministro Paulo Guedes poderia mostrar onde vai arrumar emprego para essa galera toda.
Frase do dia
“O preço a pagar pela tua não participação na política é seres governado por quem é inferior”
(Platão)
