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NOTÍCI@PURA | Divino Olávio

POLÍTICA

Coluna Noticia Pura - 09 De Julho De 2019

09/07/2019 às 11h27


POR NOTÍCI@PURA | Divino Olávio

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A adesão ao RRF e o preço político a pagar

Tem sido comum ouvir no meio político indagações e comentários acerca do preço político que o governador Ronaldo Caiado está decidido a pagar, pela adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal do Governo Federal, (RRF). Nota-se que na maior parte das opiniões de entendidos no assunto, a medida deverá implicar em compromissos de adoção de medidas duras e de gosto amargo, como a de reduzir o quantitativo de cargos comissionados, a privatização de estatais dos setores financeiro, gás, saneamento e de energia, redução de incentivos fiscais, enfim, um elenco de medidas que vão aliviar o sufoco financeiro do Estado momentaneamente mas que também que causam desgastes. E os benefícios são temporários, como a suspensão do pagamento das parcelas das dívidas para com a União por certo período, além de autorização da Secretaria do Tesouro Nacional, para a contratação de novos empréstimos.

Preço político é alto e único

Embora a adesão ao RRF implique em compromissos de adotar medidas duras pelo Estado, como o enxugamento de gastos e redução do valor da folha. O remédio a ser prescrito será amargo para muita gente, mas não parece haver outro nesse momento. Porque sem a obtenção de dinheiro novo para sanear a grave situação fiscal vivida hoje pelo Estado, a crise pode até piorar nos próximos meses, segundo avaliações de técnicos do governo. Além de receber um Estado completamente devastado com dívidas a perder de vista, receitas comprometidas e folha nas alturas, inclusive com a de dezembro sem pagar, o governador Ronaldo Caiado ainda teve a infelicidade de não conseguir eleger o presidente da Assembleia Legislativa, fato que não ocorria em Goiás há 60 anos. E por consequência desse episódio, ainda passou a sofrer outras derrotas em temas importantes no Legislativo, como a aprovação contra a sua vontade do “Orçamento Impositivo” e a não aprovação de restrições ao uso do Passe Livre a estudantes, no transporte coletivo, por exemplo.

Engolindo sapos

Acostumado a não “levar desaforos para a casa” durante os cinco mandatos na Câmara e quatro anos no Senado – que o digam o ex-deputado Gartoinho (PRP-RJ) e senador Eduardo Braga (MDB-AM), Ronaldo Caiado, enquanto governador, tem “engolido sapos”, principalmente para conseguir aprovar seus projetos na Casa.  A alguns dos poucos privilegiados que já tiveram o prazer de experimentar “marmelada cascão com queijo frescal” e usufruir da hospitalidade dos novos anfitriões no Palácio das Esmeraldas, Caiado já teria aberto o coração algumas vezes e desabafado: “Estou sendo chantageado na Assembleia”, teria lamentado a um correligionário, numa noite de lua cheia, em abril.  Aliás, abril desse ano já havia sido apregoado previamente pelos astrólogos como um “mês agitado e de muita energia, fosse para colocar planos em prática ou dar um basta em hábitos e situações que lhe estivessem fazendo algum mal.”

Pegar pelo chifre

Portanto, voltando à adesão de Goiás ao programa Regime de Recuperação Fiscal ante a quebradeira do Estado, que assumiu há seis meses e da falta de alternativas melhores, o governador Ronaldo Caiado parece mesmo disposto e determinado a enfrentar as exigências do Governo Federal, aderindo ao programa. “É pegar o bom pelo chifre”, como se diz para as bandas dos rios Tesoura e Crixás. É agilizar o processo da adesão ao programa e as providências para a contratação dos empréstimos, para começar a executar as obras do Plano de governo, como dar sequência na implantação das 17 policlínicas prometidas na campanha, tapar os buracos das rodovias antes que as chuvas cheguem e garantir melhor segurança e atendimento à saúde da população. Deve ser o pensamento de Caiado no momento.  

Melhor escolha

E entre o risco de ter que continuar “engolindo sapos” por quatro anos caso não consiga tornar o seu governo rico em realizações, e aderir ao RRF mesmo que para isso tenha que ceder a duras exigências e obter autorização para contrair os empréstimos, é melhor ficar com a segunda opção.

Melhoras futuras

Tão logo Caiado faça espalhar obras Estado afora, o povo se sentir seguro e bem atendido na saúde, certamente a imagem do governo melhorará muito. Com isso pode ser que o democrata passe a contar com abundância de apoio parlamentar, para apoiar sem restrição todos os seus projetos.

Líder forte e governo fraco

Embora considerado um líder político de prestígio reconhecido até em nível nacional, entre todos os governadores de Goiás eleitos nos últimos 37 anos, Ronaldo Caiado é o que se apresenta com o maior grau de dependência em relação à Assembleia Legislativa, nesse período. Pelo menos em tese, esse fator acaba por prejudicá-lo na execução do Plano de governo, porque nem todas as matérias que ele enviar ao Legislativo serão aprovadas pelos deputados. Caiado é o sexto governador eleito após o ciclo de governadores nomeados do regime militar. Os demais foram Iris Rezende eleito em 1982 e 1990; Henrique Santillo, em 1986; Maguito Vilela, em 1994, Marconi Perillo, em 1998, 2002, 2010 e 2014 e Alcides Rodrigues, em 2006.

Compondo com a oposição

Em relação a Iris Rezende, tanto no 1º governo quanto no 2º mandato ele teve total respaldo dos deputados na Assembleia. Embora em 90 a sua base não tenha conseguido eleger número suficiente de parlamentares para deliberar matéria que dependia de quorum qualificado, Iris compôs com alguns partidos de oposição para atingir a maioria que necessitava na Assembleia. O Dr. Alcides Rodrigues (PPR) foi um dos eleitos pela oposição naquele ano, que participaram da composição com o governo do peemedebista, na época.

De Santillo a Marconi

Henrique Santillo, em 86 também não teve dificuldades com a Assembleia, o mesmo acontecendo com Maguito Vilela, em 94. Desde sua primeira eleição em 98, Marconi Perillo também contou com o apoio de folgada maioria, idem com o Dr. Alcides Rodrigues, em 2006. Ou seja, todos eles tiveram folgada maioria no Legislativo.

Menos custos, mais benefícios

O processo de licitação para a realização de 12 eventos do projeto “Alego Ativa” ficou em R$ 490 mil e teve a participação de 13 empresas. Ampliado na gestão do deputado Lissauer Vieira e feito em parceria com várias entidades, o projeto leva cursos de qualificação de mão de obra e outros serviços sociais ao interior do Estado. Segundo a coordenação, as duas primeiras edições do projeto, em Acreúna e São Simão, contaram com a participação de 4 mil pessoas. A próxima será em Luziânia, região do Entorno de Brasília, em agosto.

O padre, a mulher e a dentadura

Uma senhorinha acompanhada da netinha, de cinco anos, chorava copiosamente na Praça da Matriz em Trindade, quando foi abordada por um padre que passava pelo local. “Mas o que houve, por acaso a senhora foi agredida?”, indagou o religioso, cheio de compaixão. “Não era dinheiro padre, mas as minhas coisas que estavam dentro da bolsa”, explicou a mulher numa mistura de lágrimas e soluços. “Mas onde já se viu tremenda maldade, roubar a bolsa com os pertences de uma pobre senhora!”, exaltou o religioso, querendo saber na sequência o que havia de tanto valor na bolsa, para provocar tamanho desespero. “Tinha um pente, um espelhinho e minha dentadura”, respondeu a senhorinha ainda em pranto. Nesse momento o sacerdote confessou que não se conteve e liberou um prazeroso kkkkkk... A única coisa que conseguiu dizer mais para a mulher naquele momento foi externar a opinião de que havia boas chances de o ladrão lhe devolver a bolsa com todos os pertences, por falta de utilidade do produto do roubo para ele. Essa história foi contata pelo próprio sacerdote, logo após o encerramento da Missa das 11:00 na Igreja Matriz de Trindade, nesse domingo. A gargalhada dos fiéis foi geral.