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NOTÍCI@PURA | Divino Olávio

POLÍTICA

Coluna Notícia Pura - 29 de janeiro de 2019

29/01/2019 às 14h32


POR NOTÍCI@PURA | Divino Olávio

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RELAÇÃO POLÍTICA ENTRE GOVERNO E BASE VAI À “PROVA DOS NOVE”

A relação política entre o governo de Ronaldo Caiado e sua base na Assembleia Legislativa será colocada à prova pela primeira vez, na próxima sexta-feira, dia 1º de fevereiro, na eleição da nova mesa diretoria da Casa. E para o secretário e articulador político do governo, Ernesto Roler, será o seu “batismo de fogo” na função, se ele obtiver êxito na construção do consenso em torno do nome apoiado por Caiado, parabéns, mas se não conseguir, o resultado da eleição lhe terá sido um alerta para que esteja cada vez mais atento aos movimentos dos parlamentares da base de apoio do governo. Pois nesse campo, uma pequena insatisfação hoje, se não for acompanhada e bem administrada, pode se transformar num problema de grande repercussão política para o governo. E não há como negar contrariedades junto aos parlamentares da base do novo governo, com a postura que o novo governador vem adotando em relação a eles. Acostumados aos “mimos” de Marconi Perillo nesses últimos 20 anos, eles ainda não se acostumaram ao estilo ‘cawboy’ do novo inquilino do Palácio das Esmeraldas. Marconi os convidava sempre para reuniões de trocas de ideias e jantares em palácio. Telefonava e mandava mensagens de aniversário, sobre a saúde de quem foi hospitalizado se colocado à disposição; mandava flores para as aniversariantes e gestantes que iam para a maternidade pra darem a luz, em muitos casos, dizem até que as suas flores chegavam antes das flores dos maridos.

 

BASE RACHA E ELEIÇÃO PODE TER DUAS CHAPAS

 Todas as evidências indicam que haverá disputa na base do governo, pela presidência da Assembleia. O governador Ronaldo Caiado apoia abertamente um pretendente, Álvaro Guimarães (DEM). Entretanto, há um grupo de descontentes liderados pelos também democratas, Iso Moreira e Dr. Antônio, que já conta com o apoio superior a 14 deputados, segundo estimativas dos democratas e um terceiro, liderado pelo deputado Lissauer Vieira (PSB) que tem o apoio de Humberto Aidar (MDB), Cláudio Meireles (PR), dentre outros. A tendência, segundo admitem alguns, é de haver o afunilamento desses dois grupos numa única chapa. O deputado Lissauer Vieira aparece bem cotado como candidato a presidente nesse momento.  

 

TEMPERAMENTO DE CAIADO NÃO VAI MUDAR EM RAZÃO DO CARGO

Que ninguém espere por mudança de temperamento do Dr. Ronaldo Caiado, apenas em razão do cargo de governador para o qual foi eleito a exercer nos próximos quatro anos. Dizem os estudiosos da área que várias mudanças são passíveis de ocorrer no ser humano, outras não, e o temperamento, por exemplo, pertence ao segundo grupo. Você até consegue se educar a ter melhor autocontrole, mas quando chega a determinado limite, explode. Portanto, o Ronaldo Caiado que começou a elevar o tom numa discussão com deputados de oposição há poucos na Assembleia Legislativa, é aquele o mesmo Caiado do estilo paz e amor da campanha de 2018, e o mesmo das explosões contra o deputado Garotinho (PP-RJ) e com o senador Eduardo Braga (MDB-AM), ambos com vídeos fartamente disponíveis nas redes. E se será em tom “paz e amor”, ou “chapa quente”, tudo depende dos ingredientes do momento. E em se tratando do agora governador Ronaldo Caiado, esses momentos de alta tensão não chegam a ser novidade para os goianos, não é mesmo? Mas da mesma forma que o temperamento forte é uma característica dele [Caiado], a honestidade ao extremo também é característica sua ao longo dos seus 69 anos de vida. Faz política há 32 anos sem nunca se contaminar sequer por uma pequena mancha, mesmo transitando numa atividade que tem sido marcada por tantos escândalos. Atravessou o “mensalão” e a lava jato, para ficar apenas nos dois maiores escândalos de corrupção da história do País e do mundo, sem que o seu nome fosse sequer mencionado em qualquer listinha. Seus adversários procuraram com ‘lupas e lanternas’ nas mãos pra ver se viam o seu nome em alguma listinha da lava jato, ou quem sabe de amigos de amigos de ‘sócios do clubão’, para criar as condições de mostrar aos eleitores que o Caiado não era tão diferente dos outros assim, tentar passar a ideia de que no meio político todo mundo é mais ou menos parecido. Mas nada de achar o nome Caiado nas tais listas.

 

ERROS DO PRÓPRIO GOVERNO

Mas se de um lado os adversários não conseguiram encontrar uma agulha para apontar para criticar em Ronaldo Caiado, durante toda a campanha, o mesmo não se pode dizer algumas ações de setores do próprio governo, nessas suas primeiras semanas. Além do cipoal e latadas de espinhos arranha-gatos, deixados para dificultar a sua vida, dívidas monstruosas, uma folha por pagar e administração desorganizada, segundo o atual governo, alguns setores do próprio governo se encarregaram de dificultar um pouco mais as coisas.

 

PRIMEIRAS QUEDAS

Nas três primeiras semanas de vida do governo, caíram  o secretário de Comunicação e o primeiro presidente nomeado para a Agetop. Não se questiona a competência técnica a secretária da Economia, Cristiane Schmidt, que só pelo fato de ter sido sugerida pelo ministro Paulo Guedes (Economia), já nos faz crer se tratar de grande competência. Contudo, ela não demonstrou possuir a mesma habilidade nos microfones, nas entrevistas para os veículos de comunicação. Doutora Cristiane poderia ter evitado o tom beligerante usado em algumas entrevistas, ao se referir à famigerada folha de dezembro, com direito a parcelamentos por aí vai.

 

OS MOTIVOS

 E há deputados contrariados também com o fato de ainda não terem sido convidados a levar suas listas de nomeações. Enquanto isso, alguns reclamam de nomes que serviram aos governos anteriores em cargos importantes e que, segundo eles, estão sendo mantidos no atual governo. Chegam a aponta-los em listas de whatsapp. Lamentam, ainda que por enquanto não o façam publicamente, da grande quantidade de forasteiros na composição do primeiro escalão do governo do democrata.

 

MODELO FEDERAL

A impressão que se tem é que o governador Ronaldo Caiado está seguindo em Goiás o modelo semelhante ao adotado pelo presidente Jair Bolsonaro, no Governo Federal, em alguns aspectos. Se no plano federal o Ministério da Fazenda passou a ser chamado de Ministério da Economia, no estadual a Secretaria da Fazenda muda para Secretaria de Economia, com a partir da aprovação do projeto de reforma administrativa pela Assembleia Legislativa. Bolsonaro também montou a equipe de governo sem interferência dos partidos políticos, que apenas acompanharam a tudo de olhos bem abertos, porém, pela primeira vez na história recente do Brasil, sem reclamar. Ainda não se sabe por quanto tempo o presidente Bolsonaro conseguirá sustentar esse modelo e até quando o governador Ronaldo Caiado manterá na equipe essa constelação de astros e estrelas prestando serviços aos goianos. A menos que todos consigam produzir ótimos resultados para a população, em suas respectivas áreas.

 

DE OUTROS ESTADOS

No plano estadual, Caiado também montou sua equipe de primeiro escalão, como se estivesse montando um Ministério, ou seja, com cada qual procedente de um Estado diferente, com praticamente sem as presenças de goianos entre os principais postos. E aqui como lá, sem reclamações públicas por enquanto. A ausência de reclamações, contudo, não significa que a classe política esteja satisfeita, muito pelo contrário, com base no que se percebe conversando com dirigentes partidários e líderes com e mandatos da base caiadista no dia a dia, fica a impressão que a maioria anda como que entalada com “sapo na garganta”, pela opção do governador por montar a maior parte do 1º escalão do governo com forasteiros.  

 

BASE RACHOU

 Todas as evidências indicam que haverá disputa pela presidência da Assembleia na base do governo, na Casa. O governador Ronaldo Caiado tem preferência e apoia abertamente um pretendentes, Álvaro Guimarães (DEM). Entretanto, há um grupo de descontentes liderados principalmente pelos também democratas, Iso Moreira e Dr. Antônio, que já contam com o apoio superior a 14 deputados, segundo estimativas dos democratas e um terceiro, liderado pelo deputado Lissauer Vieira (PSB) e que conta com o apoio de Humberto Aidar (MDB), Cláudio Meireles (PR), dentre outros. A tendência, segundo admitem alguns é de haver o afunilamento desses dois grupos em torno de uma única chapa. O deputado Lissauer Vieira aparece bem cotado para encabeçar a chapa.

 

 

CAIADO E AS CASCAVÉIS

A levar em conta alguns movimentos adotados nesses últimos três meses, o governador Ronaldo Caiado parece decidiu a esmagar a “cobra cascavel” que andou lhe picando pelo menos nesses últimos dez anos, na política de Goiás. Sabedor desde a adolescência campeando nos campos das fazendas de sua família, nos municípios de Crixás e Americano do Brasil, da ameaça que representa o veneno dessas peçonhentas sem aspas, tanto para animais quanto para humanos, Caiado deve ter aprendido que não dá para brincar com esse bicho.

 

JÔNATHAS PRESIDENTE DO PSDB

Em que pese haver três ou quatro pretendentes ao posto de presidente do Diretório Estadual do PSDB, uma destacada fonte do partido informou a essa coluna que o nome da preferência do ex-governador Marconi Perillo, para o posto é o advogado Jônathas Silva (foto). Ex-secretário de Segurança Pública no seu segundo governo, Jônathas é homem da sua absoluta confiança de Marconi, para cumprir as missões.