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COLUNISTAS

NOTÍCI@PURA | Divino Olávio

POLÍTICA

Coluna Noticia Pura - 23 De Outubro De 2019

23/10/2019 às 10h25


POR NOTÍCI@PURA | Divino Olávio

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GESTÃO DE MABEL NA FIEG É CRITICADA

O presidente da Federação das Indústrias de Goiás (FIEG), Sandro Mabel, foi, sem dúvida, um agente de destaque no processo de desenvolvimento do Estado, com a história da Indústria de Bolachas Mabel, em Aparecida de Goiânia. Beneficiada pelo Fomentar, programa de incentivos fiscais instituído no 1º governo de Iris Rezende (1983 – 1986) – governo esse, concluído pelo então vice-governador, Onofre Quinam. Como empresário, Mabel era considerado moderno, homem de grande visão no contexto empresarial do Estado na década de 80; que pensava não apenas em crescer a empresa e ganhar dinheiro, mas também pela preocupação com a qualidade de vida dos funcionários. Construiu até uma vila com centenas de casas que eram destinadas à habitação dos empregados, praticamente a custo zero. Como político, foi um lutador incansável na busca de recursos para a duplicação das rodovias BR-060, trecho Goiânia-Brasília e Goiânia-Rio Verde, dentre outras. Foi um dos deputados que mais conseguiam canalizar recursos federais para o Estado. Como político, Sandro Mabel deixou reallizações importantes para Goiás.

No entanto, a sua condução à frente da FIEG tem chamado bastante a atenção ultimamente, não por novas ideias e métodos modernos, para a categoria, como aqueles que ele defendia lá na década de 80. Hoje, se destaca por uma postura considerada excessivamente agressiva nos ataques desferidos contra a CPI dos Incentivos Fiscais na Assembleia Legislativa, principalmente em relação ao relator da comissão, deputado Humberto Aidar (MDB). Na ânsia de defender os interesses das grandes empresas beneficiárias dos incentivos fiscais há anos, contratados com o Estado, o comandante da FIEG opta por uma conduta diferente de outros dirigentes em situações semelhantes. Em vez de apresentar relatórios, com dados acerca da contribuição das empresas beneficiárias dos programas de incentivos, para contrapor os dados apresentados pelo relator da CPI, como o número de empregos gerados, Sandro Mabel chegou a falar até em fazer greve de fome e acusou o relator, Humberto Aidar, sem nenhum fundamento, de radicalizar contra as empresas. Acusa o relator de adotar posição inflexível, por visar suposta futura indicação sua para vaga de conselheiro no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Ora, tudo isso não parece plausível e em nada contribui com o setor empresarial, que, através de Mabel, deixa claro que foge de uma prestação de contas sobre a contribuição dada ao desenvolvimento estadual com os impostos recolhidos ao tesouro estadual e a quantidade de empregos gerados, conforme clausulas contratuais relativas aos incentivos fiscais.

ESSA É NOVIDADE

Em coro com os empresários na defesa da manutenção dos seus privilégios na forma como vinha ocorrendo, um dirigente sindical de Catalão saiu apresentando argumentos para justificar a continuidade dos benefícios fiscais, o principal deles a manutenção dos empregos. O que esse sindicalista talvez não tenha percebido é que, se houvesse o recolhimento de uma parte maior dos impostos, poderiam sobrar recursos para beneficiar outras categorias que também geram riquezas e muitos empregos, como as pequenas, médias e microempresas.

 GREVE DE FOME

Em tempo: já houve uma famosa greve de fome em Goiás, bem sucedida, pelo ainda deputado federal por Goiás, Siqueira Campos (PDS), em protesto pela criação do Estado de Tocantins, uma luta antiga não de Siqueira apenas, mas de todas as lideranças da então Região Norte de Goiás. Deu certo: Siqueira se postou na entrada lateral do Tribunal de Justiça, onde permaneceu por uns dias. Mas pela defesa das grandes empresas beneficiárias dos incentivos fiscais, não existe mobilização por parte da população de nenhuma região do Estado. Talvez por esse motivo, uma eventual greve de fome do presidente da FIEG, pelos motivos alegados, não vá além de uma situação ridícula e deplorável. 

PERILLO NEGA CANDIDATURA

Em nota enviada na quinta-feira pela assessoria do ex-governador Marconi Perillo, nega pretensão de concorrer na eleição de 2020, em Goiânia. “O ex-governador Marconi Perillo nega qualquer possibilidade de se candidatar a vereador em Goiânia, ou outro cargo eletivo em 2020”.

MAGUITO DIZ QUE SERÁ CANDIDATO

 O ex-prefeito de Aparecida, Maguito Vilela, disse há poucos dias numa roda de amigos, que será o candidato do MDB à Prefeitura em Goiânia. Segundo ele, o prefeito Iris Rezende não quer disputar nova eleição. A revelação foi na festa de casamento de uma filha do ex-deputado Pedro Chaves, há duas semanas, na qual Iris Rezende não compareceu.

 CALIL DE VICE

Maguito, segundo um dos presentes na festa, ainda teria manifestado a intenção de trabalhar para que o vice seja o deputado Lucas Calil (PSD). Alertado para a impossibilidade, dado ao risco que ele correrá de perder o mandato, se mudar de partido, Maguito disse não ver dificuldade para superar o obstáculo. “Eu tenho como resolver isso”, teria dito o ex-prefeito, ao finalizar a conversa, dando a entender que pode pedir para o presidente estadual do PSD, Vilmar Rocha, não questionar na Justiça a eventual migração para outra sigla, para ser o seu vice.

SÓ EM 2020

Já o prefeito Iris Rezende reafirmou durante entrevista ao Programa Roda de Entrevistas, da TBC, que só irá tratar do assunto eleição lá pelos meses de junho e julho de 2020, época das definições de candidaturas e das convenções partidárias. Mas de repente, quem sabe Iris não resolveu abrir exceção para o ex-prefeito de Aparecida, anunciando agora sua decisão.  

 E AGORA, DOUTOR?

E o deputado Delegado Waldir brigou, brigou dentro do PSL, até perder mesmo de vez o cargo de líder da bancada do partido, na Câmara. Mas fazer o quê?

DOR DE CABEÇA

O deputado Delegado Waldir pode ter arrumado uma encrenca daquelas de difícil saída, ao se referir ao presidente Jair Bolsonaro numa gravação, como “vagabundo”. A Advocacia Geral da União (AGU) já entrou no caso e deve propor ação contra o parlamentar, que no mínimo será solicitado a  apresentar as provas que fundamentem a referência ao presidente. É muito difícil, pra não dizer impossível, não haver consequências judiciais para quem ousar se referir ao Presidente da República como “vagabundo”. Independentemente da quantidade de votos obtidos pelo agente, na última eleição.

SUGESTÃO DO LEITOR

Um leitor enviou nota à coluna, sugerindo ao ex-governador Marconi Perillo, disputar a Prefeitura de Goiânia, para dar ao prefeito Iris Rezende à oportunidade de “ir à forra, ganhando uma e, de quebra, ainda selaria a paz no PSDB da capital”.

 SEM RAZÃO

 A situação de divergências no PSDB de Goiás, hoje, faz lembrar àquele velho ditado, segundo o qual “Em casa que não tem pão, todos brigam e ninguém tem razão”. Adaptando para o contexto da política, basta substituir a palavra “pão” por “votos”.