POR NOTÍCI@PURA | Divino Olávio
Marconi, Otoniel e Justiça e a Justiça, em dois momentos
A Justiça estadual decretou ontem o bloqueio de R$ 553.098,680 do ex-governador Marconi Perillo (PSDB), a pedido do Ministério Público Estadual. A fundamentação da decisão concedida liminarmente é a de maquiar dados de recursos da saúde, bem como a de não aplicação do percentual mínimo constitucional de 12% da arrecadação tributária na área.De certa forma, a decisão nos remete a outra decisão judicial ocorrida há exatos 20 anos, que teve como consequência um problema de saúde irrecuperável noutra pessoa e muito sofrimento a uma família inteira. Naturalmente que foi acidental o que não o torna menos grave e nem o faz menos sofrível ou menos doloroso principalmente para a família.
Eu me refiro à voz de prisão dada por um delegado da Polícia Federal, logo após colher o depoimento do ex-secretário do ex-secretário de governo, Otoniel Machado, no apartamento desse último, no Setor Oeste, no comecinho do primeiro governo de Marconi Perillo, em 1999, no chamado “caso Caixego”. Era uma investigação que apurava suposta participação de advogados num esquema pelo qual eles teriam recebido parte de fundos provenientes de acertos trabalhistas de funcionários do extinto banco, que havia sofrido intervenção do Banco Central. Médico, o doutor Otoniel Machado foi ouvido na investigação, porque havia sido até pouco tempo atrás, secretário de governo, cargo no qual exercia a função de coordenador político do governo do seu irmão, Iris Rezende (MDB) e no qual já havia sido gravado pela Polícia Federal, com autorização judicial. Quando o delegado agendou com ele para que o depoimento fosse tomado no apartamento do próprio inquirido, o delegado já levou consigo uma ordem judicial para prendê-lo. O delegado, no entanto, teve o cuidado de deixar essa parte da missão para cumprir após a tomada do depoimento. Otoniel sentiu-se mal na hora, ao entrar em estado de choque, sendo levado às pressas para o hospital e nunca mais recuperou o estado normal de consciência.
Lissauer deve sair do PSB e disputar Câmara Federal
Cometem engano aqueles que por ventura estejam pensando que o deputado Lissauer Vieira (PSB) será candidato a prefeito de Rio Verde, em 2020. O seu projeto é a Câmara Federal, em 2022, segundo um destacado político da região Sudoeste e amigo do atual presidente da Assembleia Legislativa. O que falta definir a respeito da candidatura, segundo ele, é o partido pelo qual parlamentar irá concorrer. Para esse político, não há como o deputado Lissauer continuar no mesmo partido no qual agora estão filiados o senador Jorge Kajuru e o deputado Elias Vaz. “São pontos de vista muito diferentes na forma de ver o mundo, seria como tentar misturar óleo e água em um mesmo copo, impossível”.
Trajetória e partidos
Gaúcho de Coronel Bicaco, Lissauer Vieira se elegeu para o seu primeiro mandato em 2014, pelo PSD, com 29.676 votos. Entrou para o PSB em março de 2016, após um “pit stop” de apenas cinco meses no Partido da Rede. Sua saída do PSD em 2015 foi motivada por desentendimentos com o então prefeito de Rio Verde, Juraci Martins (MDB) com o ex-deputado federal, Heuler Cruvinel, hoje no PP, ambos sem mandato atualmente. Pelo que se sabe, Lissauer continua na mais alta estima da direção do PSD, especialmente o ex-deputado Vilmar Rocha.
Darrot e Jônathas polarizam no PSDB
No rol de pretendentes ao posto de presidente do Diretório Estadual do PSDB, dois nomes ganharam força na corrida até à Convenção de renovação do diretório, prevista para ocorrer em maio. São eles: o prefeito de Trindade, Janio Darrot, e o ex-secretário de Segurança Pública, professor Jônathas Silva. Esse último, pela identidade com a história do partido desde a sua fundação, sendo ele um dos seus fundadores em Goiás. Suas ligações na política estadual eram principalmente com o ex-governador Henrique Santillo, de onde tiveram origem suas ligações com Marconi Perillo, que permanecem até os dias de hoje. Cumprindo hoje o seu segundo mandato de prefeito em Trindade, Janio Darrot, é o maior empregador no município e o seu nome é grande destaque atualmente, como opção para para dirigir o Diretório estadual do PSDB, a partir de maio.
Deputado doará auxílio mudança
Em entrevista ontem ao site Diário de Goiás, o deputado Amauri Ribeiro (DEM) declarou a intenção de não fazer o uso do “auxílio mudança”, que pode alcançar até o valor do salário do deputado, R$ 25 mil. A verba, como o próprio nome diz, se destina a custear as despesas de mudanças dos deputados que acabaram de assumir mandato. Mais conhecido na Assembleia até agora como o “deputado do chapéu”, pelo uso inseparável do equipamento, o deputado Amauri manifestou a decisão de doar o recurso do “auxílio mudança”, por considerar a medida melhor indicada a deixar o dinheiro na Assembleia. Ele, contudo, não disse a quem pretende fazer a doação.
MDB e PSDB: aliados
Não chega a ser uma novidade a tese defendida pelo ex-governador Maguito Vilela (MDB), de formação de aliança entre o seu partido e o PSDB de Marconi Perillo, para reforçarem as posições de ambos na oposição ao governo de Ronaldo Caiado (DEM). Na verdade, MDB e PSDB se aliaram, de fato, já a partir da campanha de 2018. Tanto que não houve ataques da campanha do candidato a governador Daniel Vilela à campanha tucana, em nenhum momento. Prova disso foi que as pesquisas feitas durante a campanha mostravam que Daniel e Zé Eliton, candidato do PSDB, disputavam o mesmo eleitorado e que apenas Ronaldo Caiado era reconhecido pelos eleitores como candidato de oposição.
Indefinição em Hidrolândia
Longe ainda de uma definição, três nomes vêm se despontando na disputa pela Prefeitura de Hidrolândia, 2020. O vice-prefeito Casimiro Neto (DEM), o vereador José Délio, o mais votado na eleição passada, e o empresário Bruno do Posto. Dos três, Cassimiro aparentemente é o que vem sendo apontado por muitos como a grande surpresa da política da cidade.
Apoios
A provável candidatura de Cassimiro, em Hidrolândia, caminha para ser apoiada por um vasto leque de lideranças políticas do Estado, tais como o deputado federal Glaustin da Fokus, do governador Ronaldo Caiado e o vice, Líncoln Tejota, além do senador Wilder Morais. A dúvida na cidade, por enquanto, é saber qual candidato receberá o apoio do prefeito Paulo Resende, Paulinho (PSDB).
