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COLUNISTAS

NOTÍCI@PURA | Divino Olávio

POLÍTICA

Coluna Noticia Pura - 19 de Fevereiro de 2019

19/02/2019 às 09h20


POR NOTÍCI@PURA | Divino Olávio

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Paulo Guedes promete abrir os cofres para Goiás; Caiado é só felicidade

Mesmo podendo ser comparada essa coluna a um grão de areia na Praia de Copacabana, ante à enormidade de estruturas de comunicação de Goiás, Notíci@pura já publicou pelo menos umas três notas em edições diferentes, ao longo dos últimos 60 dias, com enfoque no sentido de que o “choro” do governador Ronaldo Caiado nos gabinetes de Brasília não seria em vão. Independentemente da situação das finanças do Estado ser calamitosa, ou não, que o seu amigo Paulo Guedes, todo poderoso ministro da Economia do governo Bolsonaro, lhe abriria os cofres e as “torneiras”, para ajudá-lo com o dinheiro que ele tanto precisa para investir durante os quatro anos do seu governo. E não deu outra, Paulo Guedes prometeu ontem ao governador enviar um projeto de lei ao Congresso em breve, um projeto de socorro financeiro aos Estados que passam por situação financeira de “calamidade”, independentemente da nota dada pelo Tesouro Nacional. O projeto deverá ser anunciado em detalhes durante uma reunião com os governadores, a ser realizada nos próximos dias em Brasília. Mas o que essa coluna reitera como das vezes anteriores, é que com a expressiva liderança de Caiado em nível nacional, o apoio dado à candidatura de Bolsonaro no 2º turno, a amizade com a equipe econômica e o suporte dos presidentes das duas casas do Congresso, ambos do seu partido, o  DEM, o governador Caiado conta com uma situação política tão favorável que nenhum outro governador de Goiás teve igual privilégio nos últimos 40 anos. É só trabalhar politicamente as demandas do Estado, que elas certamente serão todas atendidas.

Bom começo

Nos dois contatos que tiveram recentemente, um almoço no Palácio das Esmeraldas e na sessão de abertura dos trabalhos legislativos, sexta-feira, 15/2, o tom nas conversas entre o governador Ronaldo Caiado (DEM) e o presidente da Assembleia, deputado Lissauer Vieira (PSB), foi bastante conciliador e de total disposição de diálogo de ambas as partes. Foi um bom “quebra gelo” após a traumática eleição de presidente da Casa, ali ocorrida no último dia primeiro.

Tempero político

Mas a grande expectativa fica por conta do jantar que o governador pretende oferecer logo mais à noite, no palácio, para os 41 deputados. Será pena que não haverá a presença de jornalistas além dos assessores de imprensa, para registrarem o tempero político do jantar. Mas de qualquer maneira, tudo levar a crer que será um clima de cordialidades e de conversas amenas. Até porque normalmente não se fala de assuntos pesados ou indigestos na hora das refeições. Mas ficam abertas as portas para novos contatos que deverão acontecer na sequência.

Mais conciliador

É inegável que o governo do Dr. Ronaldo Caiado poderia ter evitado alguns desgastes se tivesse optado por um tom mais conciliador com os servidores nos primeiros 45 dias do ano, notadamente em relação aos professores e aos policiais, e dedicado um pouco mais de atenção aos deputados da sua própria base, na Assembleia Legislativa. Se já é difícil  para o governo explicar a insistência em continuar priorizando o pagamento de folhas desse ano e parcelar a de dezembro, imaginem para os servidores entenderem.

Inéditas experiências

O governador Ronaldo Caiado vive, atualmente, duas experiências inéditas em seus 30 anos de vida pública, a do exercício de cargo executivo e na situação. Caiado sempre foi parlamentar e sempre na oposição, em nível estadual. A exceção foi um curto período no primeiro governo do tucano Marconi Perillo (1999 – 2002), assim mesmo nunca foi um apoio incondicional, sem direito a crítica, embora o tivesse apoiado na eleição de 98. Foram cinco eleições à Câmara Federal e um de senador, pela aliança DEM-MDB, em 2014. Concorreu sem sucesso à Presidência da República, em 1989 pelo PSD e ao governo do Estado pelo PFL, em 1994.

Sem lupa

Dispensa-se o uso de lupa para identificar nas entrevistas do Dr. Ronaldo Caiado a sua falta de jeito, em determinadas circunstâncias, em se posicionar agora como político de situação, já que agora é o chefe do Executivo Estadual. Afinal de contas, foram 30 anos no Legislativo e na oposição. A mudança repentina de posições leva um tempo para a adaptação.

Dedos cruzados

Tem gente no governo rogando aos Céus para que as investigações da operação “Gaugamela”, que apura desvios de recursos públicos em licitações e contratos em Formosa, não ampliem muito o leque de envolvidos incluindo pessoas cujo suposto envolvimento, caso ocorra, pode causar dor de cabeça em importante área do governo.

Sucessão em Trindade em 2020 promete ser disputada

A quase dois anos das eleições municipais de 2020, o tema já desperta interesse em todas as rodas políticas entre os partidos em Trindade. Vários partidos já se movimentam visando se fortalecer com vista ao pleito que elegerá o sucessor do prefeito Janio Darrot (PSDB). O PDT trabalha o nome do ex-prefeito, George Morais; o PSD, o de Waldivino Chaves; o PSDB cogita lançar o atual vice, Gleysson Cabriny; o MDB, Ricardo Fortunato.  Já o DEM, segundo o presidente municipal do partido, Alexandre Compleite (foto), por enquanto tem o deputado Dr. Antônio e o seu próprio nome, mas não descarta a possibilidade de o deputado Amaury Ribeiro concorrer no município. Alexandre disse à coluna que convidou o vice Gleysson Cabriny a se filiar no partido e aguarda uma resposta positiva.

 

Semelhanças entre Mourão e Aureliano

A figura simpática do vice-presidente da República, general da reserva Hamilton Mourão, homem bem preparado, que vem conquistando a simpatia dos brasileiros a cada manifestação sobre assuntos diversos, lembra outro vice  igualmente bem preparado: o mineiro de Três Pontas, Aureliano Chaves, que foi vice de João Batista Figueiredo, último do ciclo dos generais eleitos presidente no regime militar de 64, no período (1979 – 1985). Até a capacidade do general Mourão (foto) em despertar ciúmes no núcleo mais próximo do atual presidente, mesmo que de forma involuntária, lembra o semblante sempre carregado do general Figueiredo, a cada nota de Aureliano que saiu na imprensa na época, palpitando sobre algum assunto político. 

Rompimento

Ex-governador de Minas, Aureliano Chaves era pré-candidato do PDS à sucessão de Figueiredo, que por sua vez apoiava o ex-ministro Mário Andreaza, que perdeu a indicação na Convenção do PDS para o ex-governador Paulo Maluf (SP). Aureliano rompeu e saiu do PDS e se aliou com o ex-senador Marco Maciel (PE) e o deputado goiano, Vilmar Rocha, no movimento que culminou na criação do Partido da Frente Liberal (PFL).