POR NOTÍCI@PURA | Divino Olávio
Dona Iris se recupera de crise alérgica
Acometida por uma forte crise alérgica, a primeira-dama de Goiânia, dona Iris de Araújo, não tem sido mais vista na cidade desde o final da campanha eleitoral do ano passado. Segundo um membro da família, dona Iris vem se submetendo a tratamento em São Paulo. E quando está em Goiânia, passa a maior parte do tempo em casa. Ainda segundo o familiar, não é a primeira vez que dona Iris de Araújo é acometida por crise alérgica, no entanto, dessa vez veio de forma bem mais acentuada que das vezes anteriores. O primeiro grande evento em que a ausência da primeira-dama foi bastante observada foi o culto de agradecimentos pelos 60 anos de vida pública do prefeito Iris Rezende, realizado na Igreja Cristã Evangélica em dezembro de 2018. Conforme relatou um auxiliar do prefeito que se achava presente ao ato, as centenas de pessoas presentes ficaram preocupadas, quando o pastor que presidia o culto fez uma oração rogando-lhe as bênçãos pela recuperação de uma cirurgia.
Trajetória
Dona de oratória empolgante ao discursar nos comícios e reuniões das campanhas do antigo PMDB, pela forma direta com que abordava os temas, era comum a ocorrência de expectadores irem às lágrimas ao vê-la discursar. Casada com Iris Rezende desde a época que o prefeito começou a disputar mandatos nas eleições, dona Iris teve passagem marcante na carreira política de Iris Rezende, tanto nos bons quanto nos maus momentos, ela foi sempre a esposa e a companheira dedicada. Viveram grandes momentos nos embates eleitorais como duas eleições de governador (em 1982 e 1990), uma eleição de senador, além de quatro para prefeito de Goiânia, dentre outros cargos. Mas teve momentos difíceis também, como o da cassação do primeiro mandato de prefeito, conquistado na década de 60.
Na história
Natural de Três Lagoas (MS), dona Iris de Araújo colocou os pés na poeira e no barro das periferias da capital e de cada cidade do interior, participando das campanhas políticas de Iris Rezende. Em 1994 foi convidada pelo então candidato do PMDB à Presidência da República, Orestes Quércia, para compor a vice e em 1998 foi eleita 1ª suplente de senadora de Maguito Vilela, tendo assumido em dois momentos, em 2003 e 2006. Também nesse ano, dona Iris de Araújo foi eleita a mais votada de Goiás para a Câmara Federal, e reeleita novamente a mais votada em 2010. Em 2018, dona Iris só não conquistou novo mandato para a Câmara Federal, por causa do fraco desempenho do partido, tanto para na eleição de governador quanto para deputado federal. Pela primeira vez na história do MDB em Goiás, o partido não elegeu nenhum deputado federal.
Zunzunzum
Circula um zunzunzum nos meios políticos e jurídico da capital, desde sexta-feira, de que uma autoridade goiana estaria com uma sentença de prisão preventiva, dormindo na gaveta de um magistrado de segunda instância, aguardando, possivelmente, apenas o pós-páscoa para ser publicada.
Caiado na espera
De um lado, o prefeito Iris Rezende, perto de ter acesso a uma montanha de dinheiro suficiente pra “pelar pouco”, como já disse um ex-prefeito da capital. De outro o governador Ronaldo Caiado (DEM) na busca incessante de um caminho para a obtenção dos meios para sair da dureza enfrentada nos seus primeiros meses do governo, ainda sem condição de quitar a folha de dezembro dos servidores. O democrata aguarda o momento de receber a mesma boa notícia do Governo Federal, ou seja, a autorização para contrair novos empréstimos para o Estado.
Prorrogação ou “mandato tampão”
Prorrogação de mandatos dos atuais prefeitos por dois anos, ou eleição para mandato tampão de dois anos, para coincidir com as eleições presidencial e estaduais, em 2022? Prorrogação não é uma medida muito simpática no meio político. A última ocorrida foi a da chamada “Emenda Anísio de Sousa”, que prorrogou os mandatos de prefeitos e vereadores de novembro de 1980 para novembro de 1982. Proposta de prorrogação agrada, naturalmente, aqueles que terão os mandatos prorrogados mas desagrada a maior parte da classe política e os eleitores que estão ávidos para substituírem os maus administradores. A emenda foi proposta pelo então deputado federal Anísio de Sousa (Arena-GO). Anísio era natural da cidade de Pirenópolis.
Onde anda?
Por onde anda o ex-deputado Jovair Arantes (PTB) que foi vereador e vice-prefeito de Goiânia, e deputado federal por vários mandatos? Jovair sofreu sua primeira derrota na tentativa de se reeleger para mais um mandato, em 2018.
Discrepâncias
Eis uma informação que os deputados estaduais da base do governo Caiado não podem saber, em hipótese alguma. Enquanto eles ganharam o direito de indicar nomes para ser nomeados no atual governo, no limite de até R$ 30 mil, em uma próspera cidade vizinha da capital, os vereadores aliados do prefeito têm direito a $ 60 mil cada, em nomeações. E esse valor não é de agora, já faz algum tempo.
Mercado inflacionado
Com essa discrepância de valores entre os dois casos, conclui-se que ou os deputados estão recebendo pouco, ou a cidade vizinha está inflacionando o “mercado” de apoios, ao disponibilizar valores muito altos pelo apoio a seus vereadores.
Tecnoshow
A realização da Tecnoshow em Rio Verde semana passada acabou levando as atenções de praticamente e boa parte da movimentação da área pública para a cidade. Os órgãos públicos na capital passaram a maior parte do tempo nesses dias, bem mais vazios que o de costume. Pontos para o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Lissauer Vieira, autor da propositura de transferência da capital para Rio Verde nessa semana.
