Logomarca
Nublado
º
min º max º
CapaJornal
Versão Impressa Leia Agora
Domingo. 30/06/2024
Facebook Twitter Instagram
COLUNISTAS

NOTÍCI@PURA | Divino Olávio

Política

Coluna Notícia Pura - 08 de janeiro de 2019

08/01/2019 às 08h51


POR NOTÍCI@PURA | Divino Olávio

facebook twitter whatsapp

O QUE HÁ POR TRAZ DOS PROTESTOS PELO ADIAMENTO DO PAGAMENTO DE DEZEMBRO

Os servidores públicos estaduais que protestam contra a decisão do governo atual, de priorizar o pagamento da folha de janeiro ao de dezembro, têm razão. Afinal de contas, não é nada agradável ficar sem dinheiro nessa época, depois dos gastos com as festas de fim de ano, as viagens de férias com a meninada programadas há meses. Entretanto, não é a primeira vez que esse fato acontece em Goiás. Uma das outras vezes anteriores foi em um dos governos do tucano Marconi Perillo; na passagem do governo de Ary Valadão (PDS), para o de Iris Rezende (PMDB) em março de 83, além de um resto de folha no início do segundo governo de Iris, em 91. Não é crível que no caso atual, o governador Ronaldo Caiado (DEM) permitirá que esse assunto se arraste indefinidamente por muito tempo necessário. Não deve ir além do tempo necessário para a mobilização dos recursos para essa providência. É compreensível até mesmo a tentativa de boa parte dos partidos da oposição encontrarem algum motivo para se animarem, depois da humilhante derrota sofrida nas urnas há dois meses. Afinal de contas, não é de se duvidar de que gente na recém-nascida oposição com “sangue no olho” e estilingue na mão, ensaiando as primeiras pedradas no novo governo. Não dá para duvidar da existência nem da torcida de gente da própria situação torcendo para que haja desgaste da imagem do novo governo, fruto de insatisfação com alguma coisa, como por exemplo, os critérios adotados para justificar a vinda de tanta gente de fora, na montagem da equipe do governo do democrata. Tem gente muito insatisfeita por não ter sido chamada, ainda, a indicar nomes para serem nomeados nos escalões intermediários da administração.  E não dá para duvidar também que, com tantos assessores do velho “tempo novo” sendo exonerados dos cargos nos quais receberam polpudos salários por até 20 anos, estejam entoando o coro nas redes sociais, contra o governo o novo governo, o que é perfeitamente normal que aconteça.  

 

O PAGAMENTO

Voltando à folha de dezembro, não existe a menor dúvida de que esse assunto sairá de pauta logo, logo, assim que houver a efetivação do pagamento. O governo não negou hora nenhuma a intenção de pagar, assim que os recursos estiverem disponíveis no caixa do Tesouro.

 

NOVAS POLÊMICAS

Mas a quitação da folha de dezembro assim que houver disponibilidade, não significa que outras polêmicas não surgirão nesse governo. Notíci@pura já antevê que uma delas, embora o grande público não perceba no primeiro momento, será na relação com a mídia, ou parte dela. É pouco provável que haja patrocínios oficiais ao grande número de veículos de comunicação de baixa ou quase nenhuma expressão no meio social. Alguns impressos, outros, digitais.

 

HISTÓRICO MOSTRA BOA RELAÇÃO ENTRE CAIADO E IMPRENSA

 Diferentemente de outros governantes, muito sensíveis a críticas de natureza política e administrativa, o governador Ronaldo Caiado parece não ter maiores preocupações com isso. Sua única preocupação nesse sentido demonstrada ao longo dessas últimas três décadas, que ele entrou para a atividade política, é com relação à atribuição de fatos não verdadeiros, que possam levá-lo a se sentir atingido na sua honra.

 

DUAS AÇÕES

Até hoje, foram apenas duas ações e uma interpelação, nessas últimas três décadas: uma contra o escritor Fernando Morais e o publicitário Gabriel Zellmeister, iniciada em 2005 no Tribunal de Justiça do Estado, cuja decisão foi confirmada pelo STJ, em 2011. A outra foi contra o Portal “Correio Brasil”, em 2014. Fernando Morais e Gabriel Zellmeister foram condenados ao pagamento de R$ 500 mil, R$ 250 mil cada, em ação por Danos Morais, por lhe atribuírem à defesa da “esterilização de mulheres nordestinas”, em 1989.

 

ATRIBUIÇÃO NEGADA

No caso da ação contra Fernando Morais, a frase motivadora saiu publicada no livro  “Na toca dos Leões”, de sua autoria, que conta a história da agência de publicidade W/Brasil, pela Editora Planeta, que também foi condenada a pagar indenização no valor de R$ 1 milhão ao democrata. Em relação ao Correio Brasil, a motivação foi a publicação de reportagem envolvendo o então senador Ronaldo Caiado e um suposto esquema de lavagem de dinheiro, fato negado pela Polícia Federal e Procuradoria da República. No caso do jornalista goiano, como ele não confirmou a afirmação divulgada no veículo de comunicação onde o profissional trabalhava, não chegou a se transformar em ação.    

 

VISITANTES ILUSTRES

Após receber a visita de surpresa do deputado Rodrigo Maia (DEM) sábado passado, não será surpresa se dentre os próximos comensais do governador Ronaldo Caiado, no Palácio das Esmeraldas, para experimentarem o tradicional arroz com pequi, com direito à não menos famosa ambrosia, sejam o presidente Jair Bolsonaro e o ministro Paulo Guedes (Economia).

 

A MORDIDA DO SENADOR

Quando se trata de servir almoço a visitantes cariocas no Palácio das Esmeraldas, recomenda-se ao anfitrião tomar o máximo de cuidado, para evitar o que ocorreu há alguns anos quando da vinda do ex-senador Saturnino Braga. Tentado a devorar alguns pequis num bem preparado arroz com açafrão, o ilustre visitante acabou enchendo a boca e espinhos, depois de uma caprichada mordida no fruto, como se quisesse destruir também o caroço do fruto, circundado pelos seus milhares de espinhos. Moral da história: o ilustre visitante teve que ser levado às pressas a um hospital na capital, para se aliviar do desconforto causado pelos famigerados espinhos. Dizem que após o procedimento, o então senador Saturnino foi direto para aeroporto Santa Genoveva, onde embarcou para Brasília, falando horrores do nosso pequi.  

 

IRIS DECIDIDO

O prefeito Iris Rezende está realmente decidido a não disputar a reeleição, em 2020, segundo impressões de auxiliares que convivem com ele quase que diariamente, no Paço Municipal. E o principal motivo para isso, segundo esses frequentadores do gabinete do emedebista, foi a derrota sofrida pela primeira-dama da capital, dona Iris Araújo, na tentativa de se eleger deputada federal. Iris, conforme impressão de um deles, teria se abalado com o fato de os goianienses não reconhecerem o seu trabalho de vários anos trabalhando pela cidade.