Logomarca
Nublado
º
min º max º
CapaJornal
Versão Impressa Leia Agora
Quarta-feira. 24/04/2024
Facebook Twitter Instagram
COLUNISTAS

NOTÍCI@PURA | Divino Olávio

POLÍTICA

Coluna Noticia Pura - 07 De Novembro De 2019

07/11/2019 às 09h37


POR NOTÍCI@PURA | Divino Olávio

facebook twitter whatsapp

Autorização para venda de ações da Saneago consolida boa relação entre Executivo e Alego

A aprovação por 26 votos a nove do projeto que autoriza a venda de até 49% das ações da Saneago, nessa terça-feira na Assembleia Legislativa, reflete mais uma vez o bom momento vivido na relação entre o governo de Ronaldo Caiado e o Legislativo. Depois dos solavancos havidos entre eles no primeiro semestre, quando o governo viveu também o seu pior momento, com as dificuldades fiscais e a folha por ser paga, herdadas do governo anterior, o governo Caiado consegue estabelecer uma articulação bem sucedida na Assembleia, passando a contar com folgada maioria para aprovar os seus projetos. Do total de 41 deputados no Legislativo, o governador já chegou a receber o apoio de 31 em votação de matérias do interesse do seu governo. E a tendência daqui pra frente é de ser mantida, podendo até ampliar o apoio ao seu governo no Legislativo, à medida que intensificar o ritmo das ações administrativas, como a execução de obras do plano de governo, com a entrada de mais recursos para investimentos.

Mais dinheiro, fé e reeleição

Conforme essa coluna já analisou por vezes durante o primeiro semestre, enganam-se os que por ventura pensem que Ronaldo Caiado não fará bom governo.  E já começaram a entrar recursos no caixa do Tesouro estadual, que têm tido importância relevante no processo de normalização das finanças estaduais, como os quase R$ 2 bilhões dos depósitos judiciais e a suspensão do pagamento de parcelas da dívida para com a União, por meio liminar obtida no STF. Com a vinda em breve dos recursos provenientes do leilão do Pré-Sal, que embora não tenha alcançado o êxito esperado e a venda das ações da Saneago, tendência é a de já começarão a sobrar recursos para investimentos.  E quanto maior for o volume de recursos entrando no caixa do Estado, maior também será a crença no Legislativo de que Caiado fará um governo realizador. E governo realizador equivale a acreditar na reeleição, em 2022.

 Indicação inviabilizada

A elevação das tensões na relação entre o deputado Cláudio Meirelles (PTC) e o governador Ronaldo Caiado (DEM) praticamente inviabilizou a indicação do deputado para a vaga de conselheiro no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), sonho bastante acalentado pelo parlamentar nesses últimos anos. Cláudio chegou a fazer um acordo com os demais parlamentares, por ocasião da eleição da mesa diretora da Assembleia no início do ano, pelo qual ele seria indicado pela Casa para a primeira vaga de conselheiro que surgisse no TCM. Entretanto, o fator com o qual ele contava é que para ser indicado conselheiro, não bastaria o apoio apenas dos deputados. Parece que ele se esqueceu do peso da influência  do governador na Corte, onde pode influenciar tanto na abertura da vaga ou pedindo à sua bancada na Alego para votar ou não votar em determinado nome. Cláudio Meirelles experimentou há poucos dias, digamos assim, o gosto amargo desse “veneno”, ao tentar se reeleger para a primeira Secretaria da Casa.

 Dificuldades para 2022

Há entendimentos na Alego no sentido de que a permanecer o atual clima de tensão entre o deputado Cláudio Meirelles e Caiado, o parlamentar passa a correr o risco de não se reeleger em 2022, dependendo do desempenho dos prefeitos da sua base, nas eleições de 2020. Basta para que isso, segundo a preocupação de um deputado, que ocorra algum tipo de interferência do governador junto aos prefeitos que o apoiam, investindo em outras candidaturas, sem contar a sinalização no sentido de receber a adesão de alguns deles. “E com base em experiências já ocorridas ao longo das últimas décadas, a gente sabe como essas coisas acontecem”, alertou.

 Alto risco

O deputado Cláudio Meirelles tem se saído bem nos embates em governos anteriores, tendo conseguido se reeleger, mesmo mantendo relação conflituosa com os governadores. Foi assim com Alcides Rodrigues e Marconi Perillo, em alguns momentos. Mas não dá para achar que será sempre assim, pois o risco de dar errado numa hora dessas é alto.  

 Triste espetáculo

 Líder da bancada do Podemos na Câmara Federal, o deputado José Nelto classificou de “triste espetáculo” a briga pública que vem sendo travada entre o PSL e o Palácio do Planalto. Pelo menos se fosse uma briga por ideias, na defesa do interesse público, ainda poderia haver alguma compreensão, mas trata-se na verdade, segundo José Nelto, de “uma briga pelos milhões de reais do Fundo Partidário e Fundo Eleitoral”. “Estão protagonizando um péssimo exemplo para o País, o exemplo de como não se deve fazer política.”

Extinção de fundos

 Para evitar que futuras brigas de partidos políticos por dinheiro de fundos Partidário e Eleitoral, o deputado José Nelto defende como melhor remédio a extinção de ambos. “Sou contra destinar recursos públicos para partidos políticos, enquanto falta dinheiro para a Saúde, Educação e Segurança Pública; dinheiro público tem que ser gasto em projetos de interesse da sociedade e não para financiar campanhas de políticos inescrupulosos”, criticou.

 Lissauer com Caiado  

Reeleito presidente da Assembleia Legislativa há uma semana pela unanimidade dos 41 parlamentares, o deputado Lissauer Vieira (PSB) tem feito declarações de apoio ao governador Ronaldo Caiado na Casa. Embora tenha sido eleito para os primeiros dois anos do mandato atual, numa conjunção de deputados da oposição e parte da situação, Lissauer Vieira, no entanto, não adotou postura de oposição ao governo Caiado em nenhum momento.

 Liderança em Rio Verde

Ao se garantir presidente da Assembleia durante os quatro anos desse mandato, o deputado Lissauer Vieira já conseguiu também outra posição política importante na sua carreira, que é a de maior líder político de sua cidade de Rio Verde na atualidade. O município é um dos principais polos industriais do Estado e, consequentemente, politicamente forte. Essa é a opinião de alguns empresários e políticos do município, ouvidos pela coluna.  Mas como não há outro nome suficientemente competitivo do ponto de vista eleitoral, para competir com alguma chance de sucesso na disputa com o atual prefeito, Paulo do Vale (sem partido), o deputado Lissauer já admitiu apoiar a reeleição do prefeito. Seu projeto para 2022, como já declarou recentemente, é a candidatura a deputado federal.

 Futuro

Quanto a voos maiores no futuro a serem alçados por Lissauer Vieira, vai depender da sua capacidade de saber aproveitar as posições que conquistou nesse ano, de aglutinar e de convivência no meio político estadual.  E claro, também de suas ideias e projetos que defenderá para o Estado, que ajudarão a lhe dar consistência para se credenciar junto à população.

 Leitores questionam

Alguns leitores da coluna enviaram mensagem questionando a nota publicada na edição anterior, abordando a possibilidade de o ex-governador Marconi Perillo disputar eleição de vereador em Goiânia, em 2020, para reforçar a presença de maior bancada do seu partido, o PSDB, no Legislativo municipal. Segundo esses leitores, ao acabar com as coligações para a eleição proporcional, acabou também a possibilidade de um candidato bom de votos ‘arrastar’ outros candidatos no seu partido.

Advogado tira dúvida

O advogado e professor de Direito Eleitoral da UFG e Universo, Arivaldo Araújo, vê certa confusão no entendimento no questionamento dos leitores, veja.  “Na verdade, o voto proporcional não tem correlação com a coligação. O que acabou [com a nova Legislação Eleitoral] foram as coligações. Agora, o quociente eleitoral e partidário é feito dentro da legenda e pronto. Um candidato com muito voto sobe o quociente partidário, de consequência, pode 'puxar' outros candidatos. Essa 'puxada' é que ficou meio limitada. Para evitar o 'efeito Tiririca', só ocupa vaga o candidato que obtiver [um mínimo de] 10% do quociente eleitoral.”

Iris elogia ações da CGM na economia de recursos

O chefe da Controladoria Geral de Goiânia, Juliano Bezerra, vem se destacando como grande revelação na equipe do prefeito Iris Rezende, ao implantar métodos e programas que têm resultado em economia para a administração. Durante o evento de lançamento do Programa Time Brasil, no último dia 29, Iris Rezende fez um balanço dos benefícios produzidos pela Controladoria, no período entre 2017 a julho desse ano, como “órgão protetor dos recursos públicos e guardião da eficiência” da administração.  Um dos mais jovens membros da equipe do prefeito, Juliano Bezerra (foto) vem desenvolvendo importantes ações à frente do órgão de Controle Interno do município, o que levou o prefeito Iris Rezende a reconhecer publicamente a importância do seu trabalho na economia de gastos, durante esses quase dois anos. Mato-grossense, Juliano é advogado e filiado no MDB formado em Goiânia, onde reside há mais de 20 anos.