Logomarca
Nublado
º
min º max º
CapaJornal
Versão Impressa Leia Agora
Domingo. 30/06/2024
Facebook Twitter Instagram
COLUNISTAS

NOTÍCI@PURA | Divino Olávio

POLÍTICA

Coluna Notíci@ Pura - 04 de dezembro de 2018

04/12/2018 às 10h22


POR NOTÍCI@PURA | Divino Olávio

facebook twitter whatsapp

ENTREVISTA COM FRANCISCO TAVARES/CIENTISTA POLÍTICO UFG

 “É INEVITÁVEL A REVERSÃO DOS INCENTIVOS FISCAIS”

Para o professor doutor de Sociologia, a situação de penúria fiscal de Goiás não se resolverá apenas com corte medidas de gasto. “A reversão dos incentivos fiscais é inevitável”, afirma o professor, acrescentando ainda não acreditar que a medida leve muitas empresas a deixarem o Estado por esse motivo.  

Qual a melhor saída para Goiás em relação aos incentivos fiscais, mantê-los, como defende a Adial,  ou suspendê-los?

Francisco Tavares – Primeiramente, é preciso constatar que há farta documentação sobre o caráter prejudicial, em longo prazo, da busca por investimentos mediante concessão de vantagens fiscais. Em última análise, empreendedores nacionais e transnacionais tomam decisões quanto à inversões em uma localidade e, só então, pressionam os respectivos governos em busca de exonerações, ou regimes tributários privilegiados.

 As empresas vão embora para outros Estados, caso sejam suspensos os incentivos?

Francisco Tavares – A partir desta premissa, suficientemente demonstrada pela sociologia fiscal, nota-se que a fuga de investimentos em razão da supressão de favores fiscais não costuma ser significativa e não há razões para acreditar-se que seria diferente no Estado de Goiás.

É possível sanar a crise fiscal do Estado com medidas de contenção de gastos?

Francisco Tavares – A penúria fiscal enfrentada pelo Estado não pode ser sanada apenas por meio de cortes de gastos, sobretudo porque o volume de despesas não discricionárias, somado ao gasto necessário para serviços públicos essenciais, como saúde, educação e segurança pública, já compõem uma dimensão elevada o bastante para que a saída da crise fiscal pressuponha, muito além de aprimoramento na gestão, cortes de gastos e obtenção de crédito, um indispensável acréscimo nas receitas. Assim, a reversão dos incentivos fiscais é inevitável.

 

AÍ TEM

Esse ministro Alexandre Baldy parece ter tomado gosto pela política. Prestes deixar o cargo aceitou convite do governador eleito João Dória (PSDB-SP), para ser seu secretário de Trânsito. Com isso, de certa forma, passam a serem dois anapolinos na equipe de Dória. Além de Baldy, que embora não seja natural de lá, possui empresa e residência na cidade, e o ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

 

ATENÇÃO REDOBRADA

Não seria o caso de um terceiro político anapolino já no “radar” de algum adversário? Muita gente ficaria no mínimo mais atenta, se possuísse esse perfil, para não ser surpreendida com o surgimento repentino, quem sabe, de algum “coelho desse mato”. 

 

APROXIMAÇÃO

Segundo informação de bastidores em Aparecida, existem conversas de um possível afastamento do prefeito Léo Mendanha, dos Vilelas – Maguito  e Daniel – todos do MDB. Léo busca se aproximar do novo governo estadual, via Adib Elias, prefeito de Catalão, e provável candidato a presidente estadual do MDB, em fevereiro.

 

INVESTIMENTOS

A aproximação com o governo do Estado por parte de Léo Mendanha, a exemplo de todos os prefeitos, visa acima obter o apoio do governo estadual no município. São obras iniciadas, investimentos em projetos de desenvolvimento econômico da região, com geração de emprego e renda.

 

RETRIBUIÇÃO QUITADA

Léo Mendanha foi eleito com o apoia do então prefeito Maguito Vilela em 2016. Mas a se confirmar a decisão de buscar aproximação com o futuro governo de Caiado, via Adib Elias, é possível que ele esteja convencido de que retribuiu o apoio de dois anos atrás, apoiando Daniel nesse ano, para governador.

 

OUTROS

Além de Léo Mendanha, dezenas de outros prefeitos do MDB já procuraram Adib Elias, para dizerem que o apoiam para presidente do MDB na Convenção, que deverá ocorrer em fevereiro. E se alinhar com Adib para presidir o Diretório do MDB, hoje, é sinônimo de aproximação do futuro governo.

 

NOMES

Os goianos deverão conhecer até o fim dessa semana os nomes dos primeiros secretários do governo de Ronaldo Caiado.

 

DIFICULDADES

Não é difícil deduzir algumas dificuldades pelas quais o governador eleito, Ronaldo Caiado, deve estar enfrentando para encontrar alguns dos melhores técnicos do País, em suas respectivas áreas de atuação, a aceitarem convite a assumir secretarias em Goiás. O motivo é o baixo salário pago pelo Estado a essa categoria de servidores públicos.

 

GESTO SIMPÁTICO

Simpático o gesto do governador eleito perante a população, o de recomendar ao Cerimonial das solenidades de sua posse e do vice-governador, Líncoln Tejota, no dia 1º de janeiro, para incluir a participação em uma Missa na Catedral Metropolitana. O gesto cria identidade entre o governante e o povo, cuja grande maioria acredita em Deus.  

 

CENAS RARAS

Os brasileiros têm presenciado ultimamente alguns acontecimentos no meio político, um tanto diferentes dos que eram acostumados a ver até dias atrás. O presidente eleito, Jair Bolsonaro, anunciar dois ou três dias após sua eleição a doação ao Hospital da Santa Casa de Juiz de Fora, a doação das sobras de sua campanha, cerca de R$ 1,5 milhão. Quando foi que alguém viu algum político propor doar sobras de campanha para ajudar instituição de caridade?

 

PONTE AÉREA

Também não tem era imagem muito rara a de Presidente da República eleito, embarcando na ponte aérea no Rio, pra vir a São Paulo ver o jogo do seu time no domingo, o Palmeiras, com direito a erguer a taça e dar aquele abraço no técnico Felipão.  Isso, sem contar se espírito comportamento de torcedor, beijando a camisa e “traçando” um sanduba que, a julgar pela animação presidencial das sucessivas mordidas mostradas na TV, estava simplesmente delicioso.

 

NOMES

Iris Rezende, Maguito Vilela ou Dona Iris são nomes do MDB mais lembrados, hoje, para a eleição de prefeito na Capital, em 2020. Francisco Júnior ou Vilmar Rocha são as opções pelo PSD; a deputada delegada Adriana Accorsi é o nome mais elogiado pelo PT; no PR, o Delegado Waldir não tem concorrente e o deputado Fábio Sousa, pelo PSDB, caso ele permaneça nesse partido até lá.

 

ALTERNATIVAS

Sem mandato nos próximos anos, o ainda deputado Daniel Vilela (MDB) tem as seguintes opções para as eleições de 2020: sair candidato a vereador em Goiânia ou Aparecida; disputar a prefeitura de Jataí ou mesmo de vereador, visto que Humberto Machado já manifestou interesse em concorrer ao posto novamente.  

 

DERROTADO PELO PARTIDO

Atuante e coerente durante todo o seu mandato, o deputado Fábio de Sousa (PSDB) só perdeu a reeleição porque decidiu continuar no PSDB. Se tivesse mudado para uma sigla com menos desgaste teria sido reeleito, tranquilamente. Mas é um bom nome para Goiânia.

 

BAIXOS SALÁRIOS

Uma das principais dificuldades de Caiado em trazer técnicos da maior competência, em suas respectivas áreas para Goiás, é por conta dos baixos salários pagos pelo Estado. Convida-se o cidadão, a conversa vai bem até a hora que o indivíduo pergunta quanto vai ganhar. Ao saber que fica com menos de R$ 20 mil já descontados o Imposto de Renda, ele conclui que não dá para ele manter o padrão de vida da família, a que já está habituado.

 

OLINTO COMEMORA 86 ANOS

O advogado Olinto Jesus Meirelles comemorou com boa saúde, no último dia 24, os seus 86 anos, cercado por familiares e um grupo de amigos. O evento aconteceu no sítio Água Clara, de sua propriedade, no município de Nerópolis.  Dr. Olinto estava acompanhado da esposa, Biracy Meirelles, e na ocasião recebeu as visitas do presidente da Associação Goiana de Imprensa (AGI), Valterli Guedes e o conselheiro, Albertino Roque, com suas respectivas esposas, Dila e Carmem, que abriram os parabéns (veja foto Olinto Meirelles ladeado por Valterli à esquerda e Dila à direita). Além de reconhecidamente um dos mais brilhantes advogados na área do Direito Eleitoral, há mais de 30 anos, Olinto foi também deputado estadual pela antiga UDN, lacerdista cassado pelo regime militar, o qual apoiava. 

 

Foto: UFG/Jornal Online