COM OS MUTIRÕES, GOVERNO CAIADO MERGULHA DEFINITIVAMENTE EM MODO REELEIÇÃO PARA 2022
O anúncio de que o governo do Estado lança em novembro um amplo programa de mutirões, na região metropolitana e nos maiores municípios, mostra que a reeleição entrou para valer no radar do governador Ronaldo Caiado. Não há mais meias palavras. Os mutirões vão apenas reforçar uma tendência que já está em andamento, com Caiado viajando incansavelmente pelos quatro cantos do território goiano para anunciar e entregar obras, além de uma miríade de programas sociais – a maioria de uma criatividade exemplar para o resto do país, como o Banco de Alimentos, composto por uma cesta de produtos desidratados e processados para garantir um nível nutricional adequado para a população carente. Tudo isso é resultado da recuperação da situação fiscal do Estado, que o governador, com denodo, levou a bom êxito através do corte de despesas, da eliminação de benefícios tributários e da racionalização administrativa, desfrutando hoje de uma disponibilidade de caixa inédita na história – que permite a ele a ampliação dos investimentos de toda natureza, não só em obras, mas também na maior rede de cobertura humanitária jamais vista em Goiás.
PROJETO NACIONAL DE HENRIQUE MEIRELLES PARECE AINDA ESTAR DE PÉ
Os ataques do ministro da Economia Paulo Guedes ao seu antecessor e atual secretário de Fazenda de São Paulo Henrique Meirelles têm a aparência de uma ação preventiva que pode, sim, sugerir que existe por trás da movimentação de Meirelles um projeto político mais amplo que uma candidatura ao Senado por Goiás – provavelmente figurar em uma chapa presidencial de oposição ao presidente Jair Bolsonaro. Uma das cogitações seria a vice-presidência na chapa de Lula, com o objetivo de dar ao mercado a necessária tranquilidade quanto aos rumos do país em caso de vitória. Algo assim tiraria o ex-ministro da eleição em Goiás e reduziria a disputa pela vaga senatorial na chapa do governador Ronaldo Caiado aos deputados federais Delegado Valdir e João Campos, além do ex-ministro e presidente estadual do PP Alexandre Baldy, isso se esse último não for colhido por surpresas decorrentes da filiação de Bolsonaro ao partido e seu remanejamento para o grupo mais próximo do presidente no Estado.
A REALIDADE PARALELA DE GUSTAVO MENDANHA: RECONSTRUIR GOIÁS
O prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha dá sinais de que está vivendo em um mundo paralelo, onde ele talvez tenha o staqtus de “mito” que ele garante que é a jornalistas e interlocutores. Em Cristalina, em uma reunião de gatos pingados, anunciou que o seu propósito, como pré-candidato a governador, é a “reconstrução” de Goiás. E falou com isso com cara séria. Vejam bem, leitoras e leitores. Estamos vivendo em um Estado que necessita ser “reconstruído”, embora ninguém soubesse disso e seja difícil entender onde está a terra arrasada que exige esse esforço de reerguimento preconizado por Mendanha. Mais: pregou a extensão do modelo administrativo de Aparecida ao governo de Goiás, tranquilamente o maior erro que candidatos do passado, como Vanderlan Cardoso, cometeram ao tentar levar suas experiências municipais de gestão a um nível de grandeza como o do Estado. Quem quer morar em uma grande Aparecida? E a gestão de Mendanha é uma verdadeira lástima, sem marca, sem identidade, sem um único programa social, sem vagas nos CMEIs para quase 30 mil crianças, com mais de 60 bairros não asfaltados e, depois da pandemia, assolado pela fome, que atinge 40 mil pessoas vulneráveis registradas no CadÚnico do governo federal. O município está abandonado à própria sorte.
CPI QUEBROU O SIGILO E ACHOU PROVAS CONTRA O GOIANO JOSÉ ALVES FILHO
Conforme aguardado, o empresário José Alves Filho, dono do laboratório Vitamedic, em Anápolis, foi indiciado no relatório da CPI da Pandemia, no Senado Federal, pelo crime de ““epidemia com resultado em mortes”. A Vitamedic foi uma das maiores fabricantes do kit Covid-19 durante a pandemia e faturou cerca de R$ 750 milhões, segundo a CPI, investindo em propaganda e em boas relações com o governo federal. O kit é composto por ivermectina, cloroquina e hidroxicloroquina medicamentos inócuos para tratar a doença – distribuído em massa, por exemplo, pelo então prefeito de Trindade Jânio Darrot. Restrito a valores modestos, antes da chegada do coronavírus, o faturamento do laboratório com esses três remédios subiu disparou durante a pandemia. A CPI quebrou o sigilo bancário de José Alves Filho, no contexto das denúncias sobre um propinoduto que chegaria ao Palácio do Planalto, e concluiu que havia provas para o seu indiciamento. O empresário, entre outros negócios, também é dono da Faculdade Alpha.
AOS INTERESSADOS: 2022 É BEM DIFERENTE DE 1998, AVISA VILMAR ROCHA
O presidente estadual do PSD Vilmar Rocha não vê semelhança entre a candidatura do prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha e a surpreendente vitória do governador Marconi Perillo em 1998. “Mendanha nem sequer tem um partido”, lembra Vilmar, enquanto Marconi contou naquela época, com uma frente partidária maior que a do adversário Iris Rezende, tinha o apoio de cinco deputados federais de peso (ele mesmo, Vilmar; Lúcia Vânia; Ronaldo Caiado; Pedrinho Abrão; e Roberto Balestra), o respaldo de cinco ex-governadores (Henrique Santillo; Mauro Borges; Otávio Lage; Ary Valadão; e Leonino Caiado) e, mesmo não sendo apoiado ostensivamente por Fernando Henrique Cardoso, o PSDB era o partido do presidente, com vários ministros, entre eles o poderoso Sérgio Mota, das Comunicações, atuando declaradamente a favor de Marconi. De resto, a campanha no rádio e na TV teve o dobro do tempo da coligação de Iris. Mendanha, em comparação com tudo isso, não tem absolutamente nada.
CASOS DE CORRUPÇÃO NA EX-AGETOP SÃO TÃO RECORRENTES QUE RINCÓN NEM RESPONDE
As denúncias de irregularidades na antiga ex-Agetop parecem não ter fim jamais. Mesmo antes da posse do governador Ronaldo Caiado, operações policiais já se sucediam na agência, que, nos últimos dois, frequentou quase que mensalmente o noticiário policial pelo que ocorreu lá nos dois últimos mandatos do governador Marconi Perillo e da presidência de Jaime Rincon. Este, nem se preocupa mais em emitir as extensas notas que sempre gostou de redigir em defesa dos seus atos. Consta também que Rincón não está mais morando em Goiânia, tendo se mudado para o seu famoso apartamento nos Jardins, em São Paulo, aliás perto do prédio onde reside o ex-governador Marconi Perillo.
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