ROLLER ENFRENTA O DIFÍCIL DESAFIO DE ELEGER ÁLVARO GUIMARÃES
Secretário de Governo e ex-prefeito de Formosa (cargo que ocupou por apenas 2 anos, renunciando ao mandato para integrar o governo Ronaldo Caiado), Ernesto Roller ocupou rapidamente o espaços de articulação política da nova gestão e tem agora como principal desafio a eleição para presidente da Assembleia. Como se sabe, o candidato da preferência do Palácio das Esmeraldas é Álvaro Guimarães, que, no entanto, enfrenta uma forte contestação depois de mostrar inaptidão para a negociação com os deputados estaduais para garantir os votos necessários e também por deixar vazar compromissos que manteriam a influência do ex-governador Marconi Perillo na esfera do Legislativo. Não vai ser fácil eleger Álvaro, depois que pelo menos 24 parlamentares estaduais mostraram interesse em formar um bloco e colocar um representante na presidência do Poder, com a missão de redistribuir as benesses da Casa exclusivamente entre os seus membros e não mais a Marconi e a ex-presidentes aliados.
MANIFESTAÇÃO DO PT GOIANO SOBRE A CRISE FISCAL TEVE 10 LINHAS
Resumido a um deputado federal (Rubens Otoni) e dois estaduais (Adriana Accorsi e Antônio Gomide), a luz do PT parece ter se apagado em Goiás. Nem sequer reuniões periódicas o partido faz mais, abandonando o velho costume do assembleísmo que vigorava desde décadas passadas. No debate sobre a crise fiscal, estimulado pelo governador Ronaldo Caiado, que os petistas enxergam como adversário radical, nenhum desses parlamentares se manifestou. É verdade que Rubens Otoni deu uma entrevista sobre o decreto de calamidade financeira ao Jornal Opção, mas com declarações que exigiram apenas 10 linhas para serem reproduzidas. Foi só.
REDE ITEGO É SUPERDIMENSIONADA, ACHA O NOVO SECRETÁRIO
O titular da Secretaria de Desenvolvimento e Inovação - SEDI, pasta criada pela reforma administrativa, ainda não definiu o foco da sua atuação, mas já adiantou que considera excessivo o número (28) de institutos tecnológicos, como também o quantitativo (60) de colégios tecnológicos existentes em Goiás. Os governos do Tempo Novo, na visão do empresário Adriano Rocha Lima, exageraram no superdimensionamento da chamada Rede Itego, que seria encarregada de levar o ensino profissionalizante aos trabalhadores goianos. Essa tarefa, como vem repetindo o governador Ronaldo Caiado, será agora entregue em boa parte ao Sistema S, onde instituições como o Sesi, o Senai, o Senac e o Sebrae têm tradição na área e dispõem de estruturas montadas para atuar nesse campo da educação técnica. A Rede Itego deve ser desmobilizada, pelo menos em parte.
CONFIRA OS NOVOS NOMES PARA A PRESIDÊNCIA DA ASSEMBLEIA
Os bastidores da Assembleia, como previsto, estão fervendo com as manobras e articulações com vistas a eleição do novo presidente da Casa. Em jogo, um valioso butim formado por diretorias com salários privilegiados, contratos milionários para a prestação de serviços e a nomeação de milhares de funcionários comissionados. Como, até hoje, o ex-governador Marconi Perillo e alguns ex-presidentes mantêm o controle de fatias de poder dentro da Assembleia, a maioria dos deputados inclina-se por uma ruptura que devolva a eles mesmos o proveito das benesses e vantagens embutidas na estrutura administrativa da Casa e não a fatores externos. Com isso, caiu a cotação da candidatura de Álvaro Guimarães, o preferido do governador Ronaldo Caiado, e subiu a de alternativas como Lissauer Vieira, Claudio Meirelles, Humberto Aidar, Dr. Antônio e Isso Moreira.
TCE IRRITADO COM AS CRÍTICAS DO GOVERNO, MP E DEPUTADOS
É latente e vem vindo aí uma cris, envolvendo a responsabilidade do Tribunal de Contas do Estado com a aprovação das contas dos governos passados – que, vê-se agora, não tinham a menor condições de receber parecer favorável, dada a difícil situação em que o governador Ronaldo Caiado recebeu a gestão. Há notícias de que o presidente do TCE, conselheiro Celmar Rech, tem manifestado irritação com as menções negativas que têm sido à Corte por membros dos Ministério Público Federal (Hélio Telho) e Estadual (Fernando Krebs). Deputados estaduais também reclamam, a exemplo de Jeferson Rodrigues, que declarou ter votado a favor de prestações de contas do ex-governador Marconi Perillo baseado na aprovação do TCE, com as famosas ressalvas – que, descobriu-se agora, não têm sustentação jurídica. Ou as contas estão corretas ou não estão.
ATÉ ONDE CAIADO PODE IR SEM A RECUPERAÇÃO FISCAL
De todas as medidas previstas pelo Regime de Recuperação Fiscal, apenas duas não podem ser adotadas por conta própria pelos Estados que o almejam: a suspensão do pagamento das parcelas da dívida e a contratação de empréstimos. Fora isso, tudo o que o RRF prevê está ao alcance de qualquer governador, desde que tenha vontade política para fazer: cortar despesas de cabo a rabo, promover a concessão de serviços públicos, fazer privatizações, suspender concursos, proibir aumentos salariais, reformar a previdência do funcionalismo, radicalizar o teto de gastos, efetuar leilões de pagamentos e o principal de tudo, que é fechar o ralo dos incentivos fiscais, este maior o dreno que consome a receita dos Estados.
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